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Tropeada nos Aparados da Serra

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É ao redor do fogo num verdadeiro convite a prosa e ao aconchego que o gaúcho recebe os visitantes com uma roda de chimarrão

Os Campos de Cima da Serra Gaúcha têm um dos melhores destinos do Brasil para uma tropeada. Nesta região, as mulas tradicionalmente foram os principais meios de transporte de mercadorias entre os Campos de Cima da Serra e o litoral de Santa Catarina.

Antonio Lopes, fazendeiro da região, resolveu resgatar as tradições de sua família e aumentou sua tropa de muares, comprando alguns Pega em MG. Junto com a Cavalgadas Brasil, Antonio organizou um roteiro com suas mulas pela região, passando por extensas áreas de campo, cachoeiras e Canions.

Foto: Fernando Dias

A região é bastante isolada, senão precisássemos retornar para as fazendas aonde nos hospedamos no final do dia, poderíamos seguir por campos ondulados dias seguidos sem encontrar nenhum sinal de civilização.

Nas refeições, como manda a tradição gaúcha, não faltam os churrascos de fogo de chão, com a típica ovelha da região. O clima é na maioria do ano, frio, com uma cerração que ocorre na maior parte do ano. Também conhecida pelo nome de ‘nada’ ou ‘viração’, aparece de repente e, rapidamente, faz desaparecer tudo, a um passo de distância, cobrindo e descobrindo os cânions e campos.

Foto: Fernando Dias

Todo o percurso da Tropeada nos Aparados da Serra tem como paisagem campos ondulados, que se estendem a centenas de metros de altitude, interrompida repentinamente por paredões rochosos impressionantes.

Uma das mais fascinantes paisagens brasileiras, resultado do encontro das Serras Geral e do Mar, essa região é famosa por seus gigantescos cânions que possuem até 1000 metros de profundidade e formam um corredor de rochedos desde o Nordeste gaúcho até Santa Catarina.

Foto: Fernando Dias

O último dia é especial, a descida da Serra do Pilão, pelo antigo Caminho das Tropas para Araranguá e Torres. No meio da descida tem o Morro do Realengo, com um campo muito bonito, com vários cânions.

O Morro do Realengo é muito procurado por aventureiros, é um local histórico, símbolo do município. A programação termina com a chegada na vila Nova Roma, município de Morro Grande, Santa Catarina.

Por Paulo Junqueira Arantes
www.cavalgadasbrasil.com.br

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Cavalgadas Brasil retrata romaria feminina de São Roque (SP)

Em comemoração ao Dia da Mulher, Paulo Junqueira do Cavalgadas Brasil abre espaço para Anne Louise Vinson reportar uma cavalgada exclusiva para mulheres que participou na cidade

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Em comemoração ao Dia da Mulher, Paulo Junqueira do Cavalgadas Brasil abre espaço para Anne Luiuse Vinson reportar uma cavalgada exclusiva para mulheres que participou na cidade

São Roque é o Santo Peregrino!

São Roque (SP) é conhecida como Terra do Vinho e da alcachofra, chegando a receber mais de 20mil visitantes por final de semana. Mas, a cidade também tem uma grande tradição com cavalos e uma enorme religiosidade. Romaria a cavalo é algo cultural e está na veia dos são roquenses, afinal São Roque é o Santo Peregrino!

Cavalgadas Brasil retrata uma romaria feminina de São Roque (SP)
Romaria é exclusiva para mulheres

As principais romarias da cidade vão para o Santuário de Pirapora do Bom Jesus (SP) e para o Santuário de Aparecida do Norte (SP). Cada bairro da cidade, cada grupo de amigos, faz a sua.

Já em sua 9ª edição, aconteceu essa semana a Romaria das Cavaleiras de Santa Francisca Romana. Ela foi idealizada para comemorar o Dia das Mulheres e fortalecer os laços de amizade entre as cavaleiras de toda a região. A romaria tem foco na religiosidade, no culto a Nossa Senhora Aparecida e a Santa Francisca Romana. De origem italiana, ela foi canonizada em 1608, e dedicou a sua vida a caridade e ajuda ao próximo.

Cavalgadas Brasil retrata romaria feminina de São Roque (SP)
Idealizadoras da romaria

Suas idealizadoras, Aline Lombard e Elena Arosio, passam o ano fazendo eventos, missas e passeios a cavalo, para arrecadarem verbas para esta romaria, que hoje conta com mais de 300 cavaleiras da região e inspirou outras cidades a também fazerem a sua.

A cor rosa predomina na romaria, muitas das mulheres vão de camisetes, polos e bonés rosas, assim como os cavalos usam mantas e cabrestos rosas e as charreteiras, capricham na decoração. A música sertaneja corre solta, cada charrete com sua caixa de som e várias cavaleiras com suas caixinhas, uma cacofonia musical!

ECavalgadas Brasil retrata romaria feminina de São Roque (SP)
E o rosa é a cor predominante do evento

“São as águas de março, fechando o verão”

Como a romaria ocorre em março não é surpresa a chuva, pelo contrário, é quase de praxe mas, as mulheres não tem medo, são todas doces, mas não são de açúcar, então, bora vestir as capas e seguir caminho!

Uma das regras dessa romaria é que não pode haver homens montados, mas vemos eles descarregando os cavalos, selando, engatando as charretes e fazendo apoio.

Cavalgadas Brasil retrata romaria feminina de São Roque (SP)
Anne Louise Vinson

Depois de 15km de trajeto, todos os apoios estão com o acampamento montado, discos de arado no fogo, bebidas geladas, música alta, caminhões e trailers enfileirados, e eles, os cowboys, preparando a comida para as cavaleiras.

A chegada da romaria ao Santuário de Pirapora do Bom Jesus sempre é com muita emoção e conta com a benção do padre a todas que fizeram a peregrinação.

A noite corre jantar tropeiro em fogão a lenha e muita moda de viola…. Domingo as 9h30 tem a missa das romeiras e retorno a São Roque!

Por: Anne Luiuse Vinson, amazona

Colaboração: Cavalgadas Brasil

Fotos: Reprodução / Arquivo pessoal / Anne Luiuse Vinson

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Cavalgada no sudoeste da China: O chá chinês e os cavalos tibetanos

Continuando sua cavalgada pela China e Tibet, nesta semana Paulo Junqueira retrata a estrada do Tea Horse

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Cavalgada no sudoeste da China O chá chinês e os cavalos tibetanos (5)

A antiga estrada Tea Horse teve origem no comércio de chá e cavalos na fronteira sudoeste da China antiga. Começou nas Dinastias Tang (618 – 907) e era uma seção da antiga Rota da Seda. Para manter seu império, a China precisava de cavalos, que os tibetanos tinham em quantidade.

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Felizmente para os chineses, eles tinham algo que os tibetanos também queriam. Em um país frio, o chá quente era uma dádiva e como não podiam cultivar as ervas nas altas altitudes do Tibete, a China tinha a moeda de troca ideal para obter seus cavalos.                             

Cavalgada no sudoeste da China: O chá chinês e os cavalos tibetanos

              

Uma das trilhas mais altas e duras da Ásia, a Antiga Rota do Cavalo e do Chá, era extremamente difícil e perigosa, subia dos vales da China, atravessava o platô tibetano coberto de neve, cruzava os gelados rios Yangtze, Mekong e Salween, atravessava 78 montanhas, sendo quatro com mais de cinco mil metros e finalmente chegava na sagrada cidade tibetana de Lhasa, cobrindo cerca de 2.350 km.

Cavalgada no sudoeste da China: O chá chinês e os cavalos tibetanos

25 mil cavalos por ano

A rota era tão importante, que era controlada pelo governo chinês (o preço de um cavalo era determinado pela agência oficial de chá e cavalo de Sichuan – um cavalo valia 130 libras de chá).

Cavalgada no sudoeste da China: O chá chinês e os cavalos tibetanos

No Tibete, a rota era repleta de mosteiros, alguns dos quais se tornaram muito poderosos devido à sua influência no comércio de chá. Em seu apogeu, no século XIII dC, a Rota do Cavalo do Chá movimentava 25 mil cavalos por ano e milhões de quilos de chá. Centenas de milhares de carregadores percorreram essa trilha por um milênio. O comércio foi interrompido quando os comunistas assumiram a China.

Cavalgada no sudoeste da China: O chá chinês e os cavalos tibetanos

O premiado explorador canadense Jeff Fuchs, foi o primeiro ocidental a viajar e documentar (no livro The Ancient Tea Horse Rode) toda a extensão da antiga Rota do Chá e do Cavalo; uma jornada que durou mais de sete meses e percorreu mais de cinco mil quilômetros por Yunnan, Sichuan, Tibete, Nepal e Índia.

Cavalgada no sudoeste da China: O chá chinês e os cavalos tibetanos

Hoje em dia, a orgulhosa cultura equina dos nômades tibetanos está gradualmente desaparecendo. 

Por: Paulo Junqueira Arantes
Cavaleiro profissional e diretor da agência Cavalgadas Brasil

Foto: Divulgação Cavalgadas Brasil / Harris & Ewing Photographer

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Cavalgada no sudoeste da China: conhecendo o verdadeiro Tibete

Paulo Junqueira, em sua coluna desta semana, retrata uma cavalgada surpreendente que realizou no país, onde enfrentou condições climáticas extremas

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Cavalgada no sudoeste da China conhecendo o verdadeiro Tibete

Uma cavalgada incomum para cavaleiros experientes e aventureiros preparados para enfrentar condições básicas em áreas remotas de grande altitude. Uma oportunidade de descobrir o verdadeiro Tibete antes que desapareça.

A cavalgada começa em Danba ou Rongmi, uma região culturalmente única, com características chinesas e tibetanas. Saindo de 2.400m atinge 4.400m. No caminho lagos deslumbrantes, fontes termais e hospedagem em um convento. No final da cavalgada o grupo segue para o Shamalong Horse Festival para testemunhar as bênçãos dos cavalos, seguidas de corridas.

Cavalgada no sudoeste da China conhecendo o verdadeiro Tibete

Tibete e cavalos

O Tibete é um daqueles lugares que eu sempre quis visitar. Os cavalos são importantes na vida tibetana, grande parte do Tibete é rural e a vida tradicional é nômade. Existem grandes áreas de pastagens ótimas para cavalos.

Por todo o Himalaia tem bandeiras de oração tibetanas tremulando na brisa, e um dos símbolos mais comuns nelas é o “Cavalo do Vento” – uma mítica criatura tibetana que carrega orações da terra para o céu, com a velocidade do vento e a força de um cavalo.

Cavalgada no sudoeste da China conhecendo o verdadeiro Tibete

Este poderoso símbolo antigo resume a importância dos cavalos na cultura tibetana. Os tibetanos criavam seletivamente seus cavalos para produzir animais pequenos, resistentes e seguros, bem adaptados ao ar rarefeito do planalto tibetano. Esses cavalos são considerados únicos porque foram criados isolados ao longo dos séculos.

Na década 1990, o explorador francês Michel Peissel descobriu que haviam algumas raças de cavalos só encontradas no Tibete e sem qualquer traço de outras raças antigas.

Dez séculos de budismo com sua política de não matar deixaram no Tibete uma herança de abundância de vida selvagem incomum. Junto com iaques selvagens, antílopes, veados, ursos e leopardos-das-neves está o kiang, a maior espécie conhecida de burro selvagem.                           

Hoje, a cultura equina do Tibete vive na forma de festivais anuais de cavalos. Pessoas e cavalos se reúnem para mostrar habilidades acrobáticas e competir e um desses Festivais fazem parte do encerramento da cavalgada.

Por: Paulo Junqueira Arantes
Cavaleiro profissional e diretor da agência Cavalgadas Brasil

Foto: Divulgação Cavalgadas Brasil / Harris & Ewing Photographer

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Conheça a história do Long Rider Ian D. Robinson

Em sua coluna desta semana, Paulo Junqueira, do Cavalgadas Brasil, retrata a história deste cavaleiro que cruzou a Mongólia e o Tibet a cavalo

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Ian D. Robinson cruzou a Mongólia
A Mongólia está no limite do mapa. Uma terra de cavalos, paisagens ilimitadas, xamãs, hospitalidade nômade e uma cultura antiga que tem no cavalo sua base. A primeira Long Ride de Ian D. Robinson foi em 1992, quando atravessou a Mongólia, numa viagem a cavalo de cerca 3.000 kms, que durou sete meses. Com 24 anos se tornou o primeiro ocidental a cruzar a Mongólia sozinho a cavalo.

Conheça a história do Long Rider Ian D. Robinson
Ian D. Robinson

Ao final da viagem, ele escreveu o livror “Gantsara – Cruzando Sozinho a Mongólia”, que conta a história fascinante, e as vezes hilária de sua incrível jornada.

Conheça a história do Long Rider Ian D. Robinson

Ele conta suas dificuldades para encontrar guias, cavalos e lugares seguros para dormir, em alguns dos ambientes mais selvagens e inóspitos do mundo. Uma história é repleta de carinho e respeito pelas pessoas que encontrou pelo caminho.

Conheça a história do Long Rider Ian D. Robinson

“You Must Die Once”

Quando o jovem neozelandês Ian D. Robinson se converteu ao budismo, seu conselheiro espiritual foi o lama Khensur Thabkey Rinpoche, que fugiu do Tibete após a invasão chinesa. Em 2002, com a morte de seu lama, Ian fez uma promessa de entregar suas cinzas a Gang Rinpoche, a montanha mais sagrada do Tibete, o sagrado Monte Kailash.

Conheça a história do Long Rider Ian D. Robinson

Na tradição da peregrinação, ele deveria ir sozinho a cavalo por alguns dos terrenos mais difíceis do mundo. Ele teria que atravessar partes do Tibete que estavam fechadas para os ocidentais e teria que viajar ilegalmente.

Conheça a história do Long Rider Ian D. Robinson

Sua jornada épica terminou em desastre – depois de fugir da polícia, ele acabou sendo pego e colocado em prisão domiciliar, mas conseguiu escapar e continuar sua jornada. Quando ele foi recapturado, ele foi deportado – mas voltou para uma segunda tentativa dois anos depois.

Conheça a história do Long Rider Ian D. Robinson

Ele acampou sozinho nos vales das altas montanhas, sofrendo extremos de altitude, frio, isolamento e em constante conflito com as autoridades chinesas, um teste de resistência, para o corpo e a mente; mas desta vez, conseguiu completar sua jornada de 3.500 kms.

Conheça a história do Long Rider Ian D. Robinson

Ao fugir das autoridades, ele encontrou o calor e a hospitalidade permanente do povo tibetano, com algumas exceções.

Conheça a história do Long Rider Ian D. Robinson

Ee também escreveu um livro dessa jornada -“You Must Die Once”, uma leitura inspiradora.

Por: Paulo Junqueira Arantes
Cavaleiro profissional e diretor da agência Cavalgadas Brasil

Foto: Divulgação Cavalgadas Brasil / Harris & Ewing Photographer

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Índio americano Red Fox James viaja 4,8 mil km a cavalo

Jornada realizada de 1914 a 1915 foi retratada por Paulo Junqueira em sua coluna do Cavalgadas Brasil desta semana

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Índio americano Red Fox James viaja 4,8 mil km a cavalo

Red Fox James foi um índio americano que em março de 1914 começou uma jornada a cavalo de aproximadamente 4.828 quilômetros da Reserva Indígena Crow, no sul de Montana, até Washington, D.C.

Ele fez essa longa viagem de nove meses em um cavalo chamado Montana. “A viagem foi feita com o propósito de criar interesse em uma proposta para estabelecer um feriado nacional em comemoração ao índio norte-americano”, informou o Billings Weekly Gazette, logo após Red Fox James completar a viagem.

Red Fox James nasceu por volta de 1890 na Blood Indian Reserve No. 148 no que é hoje a província canadense de Alberta.  Durante sua viagem de longa distância Red Fox James viajou principalmente pela Lincoln Highway.  Sua jornada atraiu cobertura da imprensa em todo o país. O Greensboro Daily News na Carolina do Norte, por exemplo, apresentou uma foto de primeira página de Red Fox James e seu cavalo durante sua escala em Omaha, Nebraska, em agosto. Esta foto mostrava os dois ao lado de um automóvel que transportava o prefeito da cidade, James Dahlman.

Enquanto caminhava lenta mas firmemente para o leste, Red Fox James falou em muitas comunidades no caminho sobre as necessidades e culturas dos nativos americanos e carregava consigo uma carta de apoio do governador Sam V. Stewart de Montana para um American Indian Day. Ao longo de sua jornada para a capital do país obteve endossos semelhantes de 23 outros governos estaduais.

Red Fox James chegou a Washington, D.C., em dezembro de 1915 e visitou a Casa Branca, onde o senador Thomas J. Walsh de Montana o apresentou ao presidente Woodrow Wilson. Red Fox James deu a Wilson todos os documentos que promoviam a convocação para o American Indian Day.              

Embora esse feriado nacional comemorando os nativos americanos não tenha sido estabelecido na época, alguns estados criaram suas próprias versões desse dia. O primeiro desses estados foi Nova York, que começou a celebrar oficialmente o Dia do Índio Americano em 1916.

Por: Paulo Junqueira Arantes
Cavaleiro profissional e diretor da agência Cavalgadas Brasil

Foto: Divulgação Cavalgadas Brasil / Harris & Ewing Photographer

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Long Riders Guild – um presente aos amantes do cavalo

Paulo Junqueira, do Cavalgadas Brasil, escreve esta semana sobre a entidade. “Ser um Long Rider é mais do que apenas uma questão de quilômetros, é uma questão de honra, dignidade e comportamento”

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Long Riders Guild - um presente aos amantes do cavalo

Começo o ano escrevendo sobre a Long Riders’ Guild que é a primeira associação internacional de exploradores equestres do mundo. É uma organização apenas para convidados, criada em 1994 para representar homens e mulheres de todas as nações que percorreram mais de 1.000 milhas (1609 kms) contínuas em uma única jornada equestre.  Tenho a honra de ser um dos Membros da Associação junto com mais alguns brasileiros (Pedro Aguiar, Filipe Masetti Leite, Sebastião Malheiro e José Henrique Catejon).

São homens e mulheres com ideias semelhantes combinando esforços para preservar uma herança e disponibilizar um fórum internacional para discutir o amor mútuo por cavalos e viagens.

Com membros em mais de quarenta países, reúne grandes exploradores equestres, como Hadji Shamsuddin, do Afeganistão, que cavalgou mil milhas numa zona de guerra; Jean-Louis Gouraud, da França, que cavalgou 3 mil milhas de Paris a Moscou; Claudia Gottet, da Suíça, que cavalgou 8 mil milhas da Arábia aos Alpes; Adnan Azzam, da Síria, que cavalgou 10 mil milhas de Madri a Meca; Vladimir Fissenko, da Rússia e o brasileiro Filipe Masetti Leite que cavalgaram do extremo sul da Patagônia até o topo do Alasca, além do brasileiro Pedro Aguiar que fez várias Longas Jornadas pelo Brasil.

Porque os registros da humanidade são imperfeitos e a memória da humanidade instável, neste século cavalgamos em busca não apenas de aventura, mas também de conhecimento.

Com mais de três mil páginas, e continuamente crescendo, o site não aceita nenhum tipo de publicidade, é um recurso confiável visitado por milhões de pessoas de todo o mundo.  

A Long Riders Guild é um presente para amantes de cavalos e viagens. Ela tem o objetivo de garantir que nossa herança de conhecimento sobre viagens equestres esteja disponível para as gerações futuras. Histórias, lendas e conhecimentos armazenados no site representam o maior repositório de informações sobre viagens equestres reunidas na história da humanidade!

O braço editorial do Guild, Horse Travel Books é fonte de sabedoria de exploração equestre, oferecendo mais de cem títulos em seis idiomas, com aventuras de exploradores equestres em todos os continentes, incluindo a Antártida.

No meio da tecnologia de alta velocidade da era espacial, os Long Riders são viajantes equestres, aventureiros e exploradores apaixonados que procuram conhecer o mundo montados em um cavalo. 

Embora tenhamos origem em muitos países, como grupo, não representamos nenhuma nação específica ou raça de cavalo. Somos companheiros de sela cujo idioma internacional é “cavalo”. Acreditamos que a melhor definição de um Long Rider deve ser coragem, determinação na presença de dificuldades e respeito por nossos cavalos.

Reconhecemos os perigos que podem ocorrer em uma viagem equestre, tanto para o cavalo quanto para o cavaleiro. Não é aceita qualquer expedição que conscientemente submeta suas montarias a sofrimentos desnecessários.

Embora nossos membros tenham estabelecido vários de recordes mundiais durante o curso de suas viagens equestres, os Long Riders não tem obsessão por quilometragem, a Associação encoraja seus membros a empreender uma jornada equestre transformadora, que explora não apenas o mundo, mas também suas próprias almas.

Tenho o prazer de ser amigo de um dos fundadores da Long Riders Guild, o CuChullaine O’Reilly que passou trinta anos estudando técnicas de viagem equestre em todos os continentes. Ele é uma lenda viva e tem vários livros publicados.

Um dos propósitos da Associação é fomentar as jornadas equestres ao redor do mundo e ajudar aqueles que desejam realiza-las. Filipe Masetti Leite sempre declara em suas entrevistas da importância fundamental do apoio recebido de membros da Guilda como CuChullaine e Pedro Aguiar.

Ser um Long Rider é mais do que apenas uma questão de quilômetros, é uma questão de honra, dignidade e comportamento.

Por: Paulo Junqueira Arantes
Long Rider e cavaleiro profissional e diretor da agência Cavalgadas Brasil

Foto: Divulgação

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Safari da Grande Migração no Quênia – última parte  

Nesta semana, na coluna Cavalgadas Brasil, Paulo Junqueira finaliza sua série de reportagem sobre a surpreendente cavalgada que realizou no Quênia, um passeio cheio de emoção, conforto e muitos animais selvagens

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Safari a cavalo – última parte

A África sempre teve um lugar especial no meu coração e é difícil colocar em palavras como me sinto quando estou lá no meio de um lugar cercado por tanta vida selvagem. É alimento para a alma!                                     

Quando estava planejando esse safári a cavalo no Masai Mara, minha mente se enchia de expectativas, relembrando experiências e momentos passados que tive o privilégio de fazer parte em outros safáris no continente.  

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Depois de dois dias no acampamento rodeado por belas acácias, o terceiro dia foi de mudança de acampamento e como a distância seria longa nosso guia avisou que teríamos que fazer vários longos galopes, alguns mais rápidos. Eu apenas confiei que Bardanay (meu cavalo) não tropeçaria se eu mantivesse meu equilíbrio e meu foco bem à frente.  

Boa parte do terreno era plano e sem muitos obstáculos ou animais, com exceção a alguns trechos aonde membros da tribo Masai pastoreavam seu gado. Foram muitas horas em que vimos como nossos cavalos são resistentes, fortes e firmes. Chegamos cansados, mas felizes em nosso novo acampamento, que já oferecia bem mais conforto que o primeiro. 

Esse segundo acampamento tem uma localização estratégica e foi o preferido da maioria de nosso grupo. Por ser um grupo fechado, nossa programação era flexível, sendo ajustada a medida do interesse do grupo. Além de cavalgar, no dia seguinte fizemos alguns safaris em Land Rover que permitiram avistamentos muito interessantes.  

Diariamente, sair do acampamento com a expectativa do desconhecido é uma sensação incrível e no quinto dia tive um dos dias de safari a cavalo mais bonitos que já fiz na vida.  

Estávamos numa bela área aberta e avistamos mais de uma centena de girafas espalhadas pelos campos. Tinha de todos os tamanhos, desde os grandes machos até mamães com girafinhas bem pequenas. Aquele grupo enorme se movendo lentamente mais parecia um filme em câmara lenta. Foi espetacular!  

Como se isso não bastasse, no final da tarde chegamos numa árvore frondosa no meio de um campo aberto e, uma bela surpresa nos aguardava, um jantar apreciando o pôr do sol. É impressionante a qualidade e o requinte que conseguiram oferecer num lugar remoto como aquele.  

O acampamento nas duas últimas noites foi num lodge luxuoso estrategicamente situado à beira do rio Mara, com vista para uma curva do rio que sempre tem muitos hipopótamos. Fazer as refeições com essa vista foi algo muito especial. Os hipopótamos, no entanto, são maus vizinhos matinais porque acordam muito cedo e começam a fazer seus ruídos altos.  

O Mara é uma área incrivelmente diversa, com muito a oferecer! Acordar e ouvir os hipopótamos no rio, o som distante dos leões chamando e os pássaros começando a cantar quando começa um novo dia é definitivamente uma das sensações desse lugar. 

Tenho o privilégio de todos os anos explorar muitos destinos. Cada um deles oferece algo diferente. Eu me sinto abençoado por de estar na posição de conhecer tantas novas culturas e ter novas experiências.  

Por: Paulo Junqueira Arantes
Cavaleiro profissional e Diretor da agência Cavalgadas Brasil

Foto: Divulgação

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Safari da Grande Migração no Quênia – 3ª parte

Continuando a série de reportagem sobre o Safari no Quênia, nesta semana, na coluna Cavalgadas Brasil, Paulo Junqueira comenta sobre os passeios a cavalo em meio à natureza selvagem

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Chegamos no Masai Mara Safari no Quênia em um avião de 14 passageiros. O lugar parecia um set de filmagem. Até onde eu podia ver, haviam campos de grama onde vários rebanhos de animais selvagens estavam espalhados. Enquanto descíamos, vi uma moto percorrer a pista de pouso para “limpar a pista” (afugentar alguns animais que estavam lá). Na curta viagem da pista de pouso para o nosso primeiro acampamento já vimos girafa, gazela Thompson e zebras.

Simba no safari

Em nosso primeiro dia de safári, tínhamos acabado de atravessar um riacho e saído de uma ravina para um terreno plano aberto; eu estava no meio do grupo e o Simon nosso guia, estava um pouco à frente, quando ouvi a palavra SIMBA! Olhei para os arbustos a nossa esquerda e um leão estava passando a poucos metros de distância.

Foi muito interessante ver que os cavalos não tiveram nenhuma reação que nos colocasse em perigo e nosso guia manteve o controle da situação rapidamente. Essa situação confirmou a informação que a maioria dos animais no Masai Mara respeita seres humanos e os leões chegam a temer pessoas no Mara (mas não necessariamente em outras partes da África) porque durante muito tempo foram caçados pelas tribos Massai com suas lanças.

Embora a caça tenha sido proibida no Quênia em 1977, os leões não estão isentos de preocupação porque os Masais podem ataca-los para se defender e a seu gado. O resultado é que eles ainda são mortos por pessoas e, portanto, cautelosos com os humanos.

A maior ameaça para nós a cavalo, nesta ordem, são elefantes, búfalos e hipopótamos. No entanto, o hipopótamo só vai atacar se você o surpreender, ou ficar entre eles e suas lagoas ou se ele perceber uma ameaça aos seus filhotes.

Os elefantes podem atacar se chegarmos muito perto e os búfalos são criaturas rabugentas. Por isso os guias são cautelosos e recebemos instruções de segurança de como proceder em caso de qualquer necessidade.

Como o Simon já tinha explicado, normalmente, os animais podem nos ouvir chegando e se afastam para uma distância confortável. Como “arma” ele usa um chicote e se for necessário intimidar algum animal, produz com ele um som muito semelhante ao de um tiro.

Safari no Land Rover

Depois desse “encontro”, continuamos nosso safári a cavalo e vimos muitos gnus, algumas zebras e girafas, e também alguns Masai cuidando de gado e cabras, o gado tem sinos que dão trilha sonora à paisagem.

Depois retornamos ao acampamento e saímos num Land Rover para procurar aquele leão e poder vê-lo de perto em segurança.

Os animais do Mara estão habituados aos veículos de safári que estão em seu ambiente há muito tempo. Imagino que eles os vejam como parte do ecossistema, então chegamos a 2,5 metros dos leões e eles mal piscaram. Cheetah andou a menos de 1,0 metro de nosso veículo.

Os binóculos que trouxe foram muito úteis no safári que fizemos todos os dias nos veículos de safári. Eles acomodam 7 pessoas, incluindo o motorista. Está configurado para que todos tenham uma visão privilegiada. A melhor parte é que o teto se abre e é confortável sentar em cima com uma vista 360 graus. Uma localização estratégica para observar e fotografar animais, além disso, é divertido.

Por: Paulo Junqueira Arantes
Cavaleiro profissional e Diretor da agência Cavalgadas Brasil

Foto: Divulgação

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Safari da Grande Migração no Quênia – 2ª parte

Continuando a série de reportagem sobre o Safari no Quênia, nesta semana, na coluna Cavalgadas Brasil, Paulo Junqueira comenta sobre as hospedagens e os guias dessa grande aventura a cavalo

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Safari da Grande Migração no Quênia - 2ª parte

A oportunidade de ver e interagir com animais selvagens a cavalo é emocionante. No Masai Mara, Quênia, enormes manadas de gnus, zebras e muitas girafas se estendem até onde a vista alcança. A oportunidade de conhecer os Maasai, tribo nativa cuja cultura é muito rica também é algo que fascina.

Os acampamentos

Nesse safári optei por uma combinação de hospedagem em bases móveis e fixas (normalmente são moveis ou fixas). Passamos as duas primeiras noites em um acampamento móvel que é surpreendentemente bom.

As barracas são espaçosas com camas com todo conforto. A comida é muito boa e o serviço excelente, a equipe está sempre pronta para atender todas nossas necessidades.  Cada barraca tem um funcionário responsável por todo serviço, todas as manhãs ele traz água quente para nós lavarmos o rosto em uma bacia do lado de fora da barraca, que também está pronta quando voltamos da cavalgada.

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Nossas roupas podem ser lavadas a cada dois dias. Depois de cada cavalgada, ele limpa nossas botas e toda noite coloca uma bolsa de água quente em nossa cama para aquecê-la.  À noite, cada barraca recebe um lampião (daquele tipo antigo) que queima a noite toda na frente da barraca.

O banheiro é dividido em 2 tendas, uma privativa de cada barraca, com uma privada em cima de um buraco. A outra, do banho, é compartilhada com mais uma barraca. Os banhos quentes estão disponíveis a qualquer hora, é só pedir para quem atende minha barraca trazer os 20 litros de água quente, que são colocados em uma bolsa estanque que está suspensa numa árvore e tem um bico de chuveiro.

As outras quatro noites foram divididas em 2 noites em um lodge muito aconchegante já com toda estrutura de um hotel de selva, e as últimas noites num lodge com requintes de hotel de luxo.

Sons da natureza

Uma das memórias inesquecíveis de um safari a cavalo é o concerto de ruídos noturnos que acompanham nossos sonhos, os chamados cadenciados de um bando de hienas caçando à distância, às vezes, o rugido profundo e vibrante de um leão. Há sempre um ruído de fundo indistinguível de miríades de pássaros e animais que nos embalam para dormir. Felizmente, no Masai Mara tem poucos insetos, as temperaturas diurnas são agradáveis e as noites frescas.

Os Cavalos

Minha tenda estava localizada bem próximo de onde os cavalos dormiam, e eu acordava com os ruídos deles quando começavam a ser tradados as 5h30. Os quenianos nativos que cuidam dos cavalos são chamados de syces. Eles amarram uma corda de cerca de 3 metros acima do solo, entre duas árvores, e os cavalos são amarrados a ela. São cordas bem grossas (tipo daquelas de ancora de navio) e são esticadas com a tração do caminhão dos cavalos.

Dois vigias ficam a noite toda rodando o acampamento, um deles na área dos cavalos. Três vezes ao dia os cavalos são alimentados e de manhã, após a refeição, são selados e ficam prontos para sair.

Da mesma forma que nas barracas, cada cavalo/cavaleiro tem um responsável que vai nos atender durante toda a semana. Para montar sempre usamos uma plataforma e nosso syce fica segurando o cavalo. Idem para quando voltamos, entregamos o cavalo e ele assume a partir daí.

Simon Kenyon

Nosso guia principal, Simon Kenyon, nasceu no Quênia e cresceu em uma fazenda em Laikipia, perto do Monte Quênia. Estudou na Inglaterra e se formou em Zoologia pela Universidade de Leeds. Tem guiado safaris por todo o Quênia nos últimos 10 anos. Ele começou como guia de apoio para Tristan Voorspuy e logo depois começou a liderar safaris a cavalo. Passou 5 anos como guia-chefe e gerente no Sosian Lodge em Laikipia antes de voltar a liderar safaris no Mara e em Laikipia. Simon também trabalhou em viagens a cavalo na Argentina e no Delta do Okavango, no Botswana.

Seus amigos dizem que ele tem um conhecimento “elefantinho” da flora e fauna do Quênia. Ele sabe o que é preciso para dar aos seus grupos a melhor experiência de safári a cavalo. A paixão de Simon pelo que faz é contagiante e seu amplo conhecimento e entusiasmo pelo Quênia proporcionam uma experiência única e especial.

Certificação do Guia

No Quênia os guias não andam armados, eles usam um chicote que se necessário é usado para intimidar os animais com um ruído parecido com um tiro. Nossa “segurança” está na qualificação de nosso guia.  O Simom é um guia com a Certificação Prata concedida pela associação Kenyan Professional Safari Guide Association (KPSGA).

Para pertencer à associação, os guias devem estudar e passar nos exames. Eles precisam esperar três anos entre os exames enquanto continuam trabalhando no setor, obtendo as habilidades e conhecimento de vários assuntos de vida selvagem.                             

O exame escrito tem 100 perguntas, e abrange uma ampla variedade de tópicos incluindo: aves, mamíferos, plantas, insetos, aracnídeos, répteis anfíbios, culturas e tribos, geografia, história, atualidades, conhecimentos gerais, conservação e primeiros socorros.

Por: Paulo Junqueira Arantes
Cavaleiro profissional e Diretor da agência Cavalgadas Brasil

Foto: Divulgação

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Cavalgadas Brasil

Safari da Grande Migração no Quênia

Nesta semana, na coluna Cavalgadas Brasil, Paulo Junqueira começa uma nova série de reportagem sobre sua viagem ao Quênia

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Safari da Grande Migração no Quênia

Começo uma série de textos do recente safari a cavalo que fiz no Masai Mara – Quênia.

“Cavalo da Somália – aquele que alimenta seu mestre”

Sempre que viajo para algum país novo, procuro conhecer a(s) raça(s) de cavalos locais. Em meu safari da Grande Migração, no Quênia, aproveitei para cavalgar alguns dias num cavalo da raça Somali, que tem origem na Somália, pais da África Oriental, vizinho do Quênia.

Lá eles são criados por várias tribos, principalmente pela tribo Dolbanhanta. Também chamados de Sunaari, eles possivelmente têm alguma ascendência árabe. Com cascos extremamente duros, podem galopar e ter bom desempenho sem ferraduras por causa da natureza de seus cascos.

São extremamente resistentes e perfeitamente adaptados ao ambiente hostil em que vivem, podem ficar alguns dias sem água e se alimentar apenas de grama. Foram selecionados para uso em combates intertribais e as éguas eram as mais valorizadas para este fim.

Até a repressão das autoridades coloniais britânicas na década de 1920, muitos pastores somalis possuíam cavalos de guerra que eram usados exclusivamente para ataques a rebanhos de camelos de outros clãs ou para defender os seus próprios. Mesmo um pequeno clã podia ter cem ou mais cavalos.

Os somalis mostram grande bondade com seus cavalos, criando e cuidando deles com notável cuidado. Um homem fala com sua montaria e canta para ela. Os pastores somalis raramente montam seus cavalos por esporte, reservando as energias e os serviços de seus queridos animais para os momentos mais importantes.

As áreas de preservação dos Masai no Quênia

Nosso safári a cavalo começou num acampamento cercado por acácias, na beira do riacho Olare Lamun, no Vale do Rift. Durante cinco dias, percorremos a cavalo áreas de preservação da Mara North Conservancy, Enonkishu, Ol Chorro e Lemek Conservancy.

Num decisão muito inteligente, grandes áreas que pertencem aos Masai foram arrendadas para recuperação do ecossistema, gerando recursos para os proprietários e a preservação da vida selvagem.

A Ol Kinyei Conservancy foi a primeira área de preservação estabelecida dentro do Grande Ecossistema Masai Mara. Foi resultado de uma parceria entre 171 proprietários de terras Masai e um operador de safári. Nela, como nas outras áreas de preservação aonde cavalgamos, a vida selvagem é livre para percorrer grandes áreas sem ter cercas ou outras barreiras feitas pelo homem.

Os esforços de conservação resultaram em uma crescente população de animais selvagens que pudemos ver a cavalo e em alguns safaris de jipe (“game drives”).

Por: Paulo Junqueira Arantes
Cavaleiro profissional e Diretor da agência Cavalgadas Brasil

Foto: Divulgação

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