Saúde & Bem-estar

Como corrigir cavalos que negam a orelha?

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O problema é que na maioria das vezes estas tentativas estão relacionadas com violência, submissão e coação

Animal levantando a cabeça

Agir dessa forma aumenta ainda mais o medo e o trauma dos animais acometidos por este problema. Assim, toda vez que uma pessoa levantar a mão em sua direção, o cavalo se lembrará da violência sofrida e irá ativar seu instinto de preservação, tentando fugir.

Mas o problema é maior quando o animal deixa de pensar em fugir e se defende atacando: empinando, dando manotada, mordida e às vezes pode até machucar pessoas ao balançar a cabeça. Um cavalo traumatizado sempre é perigoso para que tenha que lidar com ele.

A técnica descrita aqui se baseia no princípio de exercer pressão em resposta a atitudes negativas. E aliviar a pressão quando o animal responde positivamente. Inicialmente tentamos colocar a mão nas orelhas. Sendo que em geral o cavalo em correção para este problema não irá permiti-lo. Pois tem um histórico de não deixar colocar cabresto, cabeçada e muito menos deixar tosar os pelos das orelhas ou curá-las.

Além da violência, outros motivos que podem ocasionar o trauma são quando aparecem fungos, verrugas e feridas que causam grande desconforto e dor. Tudo isto pode se tornar um problema tão sério que o manejo dos cavalos fica muito dificultado, e seu valor comercial chega a cair.

Técnica passo-a-passo:

  1. Deve-se ter paciência e persistência, repetindo-se a técnica quantas vezes forem necessárias até que o problema acabe.
  2. Depois de uma tentativa frustrada de manipular as orelhas, colocar uma corda em uma das quartelas dianteiras do animal, passando-a por cima da cernelha em direção ao outro lado, depois entre os braços (encontro ou axilas), e retornando por cima da cernelha.
  3. Erguer a mão escolhida e amarrar firmemente.
  4. Novamente tentar levar as mãos até as orelhas do cavalo, e quando ele negar, fazê-lo trabalhar na guia em círculos, apenas com três membros tocando o solo, o que se torna extremamente difícil para ele. Não se deve usar de violência. A ideia é mostrar ao animal que sua reação indesejada causa um reforço negativo da parte do treinador.
  5. Chega o momento em que o animal vai começar a ceder e cooperar, deixando-se tocar, estando em pé, ajoelhado ou deitado, dependendo da intensidade do trauma. É aí que chega a hora da pessoa dar o reforço positivo para esta atitude positiva. A partir desse momento tenha movimentos suaves e sutis, faça carinho e massageie, mostre para o animal que não há motivos para ter medo e com a sequência da técnica ele se deixará tocar sem a necessidade da corda.

Por Leonardo Feitosa
Fonte: Editora Passos

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