Saúde & Bem-estar

Importante saber sobre o ganho de massa muscular em equinos

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Assim como a água as proteínas são componentes mais abundantes em todos os seres vivos

Participam da composição de todas as estruturas inclusive das células, via de regra 50% de cada uma célula é composta por proteínas. Imagine que as proteínas são como as notas musicais em uma música, um aglomerado de notas forma uma canção. É dessa forma que se define a participação das proteínas na estrutura do corpo de cada ser vivo.

Baseado nessa analogia podemos entender que temos diferentes proteínas em nosso corpo, muito mais que a quantidade de notas musicais em muitas músicas, estima-se que existam de 50.000 a 100.000 tipos de proteínas diferentes, onde cada uma desempenha uma função diferente, mesmo aquelas que compõem o mesmo tecido. É só ver as diferenças que existem entre cabelos, pele, músculos etc.

A participação das proteínas não se limita em dar estrutura aos tecidos, elas participam de funções metabólicas ativas, como na forma de enzimas, hormônios, fatores de coagulação etc. Dessa forma, podemos dizer que em uma música as proteínas não são somente as notas musicais, mas sim as notas, o ritmo, o instrumento, o músico, ou seja, compõe tudo e participa de tudo.

Um simplório exemplo de algumas proteínas e suas funções é evidenciado no famoso colágeno, que tem função estrutural sendo responsável por manter a união dos tecidos principalmente pele, cartilagens e ossos. Insulina, hormônio responsável pela entrada da glicose nas células.

Ferritina, proteína presente no fígado responsável por armazenar o ferro. Amilase, produzida no pâncreas é importante nos processos de digestão de carboidrato. Fibrinogênio, exerce um papel importante na coagulação. Imunoglobulina, fundamental na resposta imunológica. Actina e Miosina são reconhecidas como proteínas contrateis do músculo, responsáveis pela contração muscular.

ganho de massa muscular em equinos

O que compõe as proteínas?

As proteínas são compostas por aminoácidos, nos cavalos existem 22 tipos de aminoácidos combinados aleatoriamente entre si. Imagina um brinquedo de montar infantil com 22 peças diferentes, já parou para pensar o número de combinações diferentes poderia ser feito? Bom, partindo do princípio como já referido que o equino tem 22 moléculas de aminoácidos, isso cria algo em torno de mais de 100.000 proteínas diferentes, com funções, tamanhos, composições distintas uma das outras.

A proteína é formada por no mínimo 50 moléculas de aminoácidos e uma proteína pode chegar em até 30.000 aminoácidos. As proteínas formadas por menos de 50 aminoácidos recebem o nome de peptídeos e exercem funções importantes no organismo.

Existem algumas proteínas que são pequenas composta por apenas por apenas 51 aminoácidos como é o caso da insulina, primordial para entrada da molécula de glicose nas células, ela é a junção de dois peptídeos um com 21 e outro com 30 aminoácidos. Composta por 574 aminoácidos a hemoglobina é responsável pelo transporte de oxigênio sendo mais complexa e fundamental para a vida.

Além de sua composição a forma que uma proteína assume influencia na sua função, ela pode ser em hélice, linear, esférica ou até mesma dobrada. Mesmo contendo os mesmos aminoácidos, a forma que uma proteína se apresenta pode dar a ela funções distintas e trabalhar de diferentes formas no organismo.

O que são aminoácidos essenciais?

Com base de 22 aminoácidos que o corpo dos equinos tem para elaborar as proteínas 13 delas são produzidas pelo corpo do animal e 9 desses aminoácidos são obtidos exclusivamente através da dieta. Esses aminoácidos são: fenilalanina, Isoleucina, leucina, lisina, metionina, treonina, triptofano, histidina e valina. Esses aminoácidos são chamados de aminoácidos essenciais e a ausência de qualquer um deles pode causar problemas danosos ao organismo do animal.

A utilização de suplementação a base de proteína vem crescido demasiadamente em animais de esporte e se tem valorizado muito os aminoácidos essenciais para quem pretende criar músculos nesses animais. Aí vem a pergunta: Basta suplementar proteína para ficar musculado? Existe uma regra que vale a todo ser vivo que diz que o organismo só usa aquilo que precisa o resto e o resto pode ser armazenado caso haja carência futura ou via de regra excretado.

Mas o que estimula o ganho de massa muscular?

A produção de músculos é incentivada pelo exercício físico e caso um músculo específico seja trabalhado o corpo automaticamente aumenta o aporte de proteínas a essas estruturas. Dessa forma, é fundamental garantirmos a boa ingestão de proteínas para servir de substrato para a produção de fibras musculares mais fortes.

Entendendo isso, fica a pergunta: sabendo que a fonte de todas as proteínas é também a dieta, e que a formação de proteínas dependem de varias combinações de aminoácidos, compensa suplementarmos somente alguns aminoácidos? Ou, compensa engessarmos os níveis de garantia desse ou daquele aminoácido em uma suplementação?

Não, essa é a resposta. O animal depende de toda uma variedade de aminoácidos para que possa selecionar o que está em carência para ser absorvido. O que pesa nisso é adquirir produtos onde temos ingredientes ou proteínas de maior valor biológico, fazendo com que o animal consiga aproveitar e absorver um maior número de aminoácidos.

O fato de definirmos esse ou aquele aminoácido dentro de uma suplementação não garante o ganho de massa muscular, pode garantir sim um desperdício de recurso e um comprometimento de algumas funções sistêmicas do animal.

Há suplementos desenvolvidos para auxiliar o ganho de massa muscular, mantendo o equilíbrio corpóreo esquelético e o aporte energético. Indicado para todos os equídeos em desenvolvimento e principalmente para aqueles submetidos a fortes cargas de exercícios físicos. Muitos defendem a suplementação desses aminoácidos para a construção de massa muscular magra.

A quantidade e a qualidade das proteínas corporais precisam ser adequadas nos tecidos para que o animal possa crescer e se desenvolver, sejam elas as fibras musculares, o epitélio intestinal, a pele. É a partir desses aminoácidos livres, presentes em todos os tecidos e em todos os líquidos do organismo, que a síntese proteica é realizada.

Assim, o teor em aminoácidos essenciais reflete a qualidade das proteínas dietéticas, a qual é substancialmente melhorada com uma suplementação de lisina à alimentação. Há produtos  utilizados para o ganho de massa muscular. Isto porque suas proteínas são de alto valor biológico e contribuem para a reparação do músculo, que sofre microlesões durante a prática de exercícios.

Com a ajuda da proteína do soro do leite a fibra muscular é reparada e fica maior e mais forte. São necessários dois mil litros de leite para conseguir retirar um quilo de soro do leite de boa qualidade e a proteína do soro do leite também possui aminoácidos como os BCAAs, glutamina e arginina.

No suplemento, o magnésio está envolvido em várias funções corporais dos equinos. Para começar, ele é um dos principais minerais ósseos – até 60% do magnésio do corpo está no esqueleto e está envolvido em mais de 300 reações enzimáticas, incluindo a geração de energia celular e a descodificação da informação genética.

Trabalhando em conjunto com o cálcio na transmissão nervosa e contração muscular, seu papel no relaxamento muscular é a chave para compreender os sintomas que indicam o porquê a sua suplementação pode ser necessária.

Analisando a influência da cultura de S. cerevisiae na digestibilidade e na taxa de passagem de alimentos em cavalos alimentados com concentrado e volumoso em proporções iguais, estudos concluem que a suplementação com levedura melhora a digestibilidade e consequentemente a conversão alimentar.

Com isso, a suplementação dos equinos resulta em uma melhor condição corporal, além de otimizar processos tanto produtivos quanto reprodutivos, e redução dos transtornos metabólicos como cólicas e laminites.

Buscando aumentar a segurança e garantir o desenvolvimento dos animais, a formulação tem MOS, um aditivo prebiótico que desempenha uma excepcional função de adsorção de micotoxinas, minimizando a ação dos fungos que são responsáveis por uma perda de aproximadamente 35% da produtividade.

E seu crescimento consome grande parte dos nutrientes que seriam voltados ao desenvolvimento do animal, mudando assim as características dos alimentos, fator de rejeição a ingesta, além de acarretar perdas desde as taxas reprodutivas até o desempenho atlético.

Por Allan Rômulo

Medico Veterinário, empresário fundador da Univittá Saúde Animal, pós-graduado em administração de empresas pela FGV. Formulador e desenvolvedor de tecnologias para nutrição animal, com experiência em marketing veterinário e venda de produtos de conceito

Foto: Cedida

 

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