Utiliza-se o termo conservante a fim de se referir a produtos que têm a função de atrasar a deterioração de um alimento. Do mesmo modo que o mantém em um estado já existente impedindo a ação de agentes químicos, físicos e biológicos. Na alimentação animal, fungos e bolores afetam a qualidade dos alimentos.
Antes de mais nada, tal fato é prejudicial à saúde dos cavalos devido as substâncias tóxicas que produzem. Submete-se com freqüência os volumosos fornecidos aos animais a diferentes métodos de conservação. A ideia é preservar para posterior armazenamento. Dessa forma, ficam expostos a diferentes fatores que favorecem a proliferação fúngica.
Especialmente as forrageiras estão constantemente sujeitas a sofrer alterações de qualidade. E o que interfere são alguns fatores, como tipo de solo, clima da região cultivada, estação do ano, entre outros. Portanto, passam por processos de conservação como a fenação e a ensilagem. Assim, oferece-se aos animais um volumoso de qualidade o ano todo e independente das condições impostas à plantação.
Porque usar um aditivo conservante para alimentação animal?
Os fungos são responsáveis pela deterioração aeróbia dos alimentos. Assim, gera-se uma perda de elementos nutritivos e de energia. Além do risco à saúde dos animais em consequência da ingestão de micotoxinas, que são as substâncias tóxicas que estes produzem.
A intoxicação fúngica pode ser a causa de problemas no sistema imunológico, distúrbios reprodutivos, produtivos. E até levar o animal à morte em casos mais graves. Além de reduzir a ingestão de matéria seca, a performance e aceitabilidade do alimento pelo animal.
Por isso, o aditivo conservante impede o crescimento de fungos e colônias potencialmente prejudicial para os animais.
Como os fungos deterioram os alimentos?
Quando em contato com o oxigênio, os microrganismos aeróbios consomem o produto da fermentação. Como resultado, gera calor e aumento do pH, o que resulta em deterioração indesejada. Causa alta perda de nutrientes, redução no consumo e palatabilidade para os animais. Um prejuízo econômico, pois leva ao descarte dos alimentos.
Assim, o uso de um aditivo conservante preserva o valor nutritivo da cultura; proporciona melhor qualidade fermentativa; reduz a frequência de tratos. Usado, sobretudo, nos ambientes que armazenam os alimentos ou diretamente nos alimentos armazenados. Posteriormente, há o fornecimento aos animais como os fenos, pré-secados, silos de grãos, superfície de silo e silagem de grão úmido.
O aditivo conservante age com o uso do ácido propiônico e o benzoato de sódio, ácidos orgânicos que apresentam a capacidade de reduzir a proliferação de leveduras e fungos. Por meio da forma não dissociada penetram facilmente a membrana celular dos fungos e diminuem o pH do meio intracelular através da liberação de prótons.
Preste sempre atenção nos ambientes onde armazena os alimentos e também nos alimentos armazenados. A ideia é a de preservar qualidades nutricionais até que sejam fornecidas ao animal e não prejudiquem sua saúde.
Fonte: Tamires Lima, medicina veterinária e membro da equipe técnica e de relacionamento com os clientes da Univittá Saúde Animal
Crédito das fotos: Divulgação/Freepik
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