Saúde & Bem-estar

Dermatite de quartela: causas, sinais e tratamento

Umidade pode afetar, entre outros, a quartela do seu cavalo, ou seja, a parte inferior da perna entre a coroa do casco e o boleto

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Dermatite da quartela é o nome comum dado à doença de pele que afeta a porção distal do referido membro. Quartela é a parte inferior da perna do cavalo, entre a coroa do casco e o boleto, correspondente as duas primeiras falanges.

Portanto, a Dermatite de quartela nada mais é do que uma inflamação da pele causada por uma bactéria denominada Dermatophiluscongolensis. Por outro lado, ainda causam inflamação substâncias cáusticas, ácaros, fungos, alergias e fotossensibilização relacionadas à exposição a pastagens com ervas daninhas tóxicas.

A saber, sofrem mais com a dermatite por fotossensibilização áreas de pelos brancos e pele rosada da perna do cavalo. Algumas raças de tração, como Clydesdales e Shires tem ainda uma predisposição genética, extremamente rara em Quartos de Milha, por exemplo.

A doença, também conhecida como Dermatofilose, manifesta-se em animais que permanecem em precárias condições de higiene. Assim, a combinação de umidade e sujeira é prejudicial ao seu cavalo.

Como observar os sinais da Dermatite de Quartela

A forma mais branda começa com vermelhidão, queda do pelo e descamação ao longo dos metacarpos e calcanhares. Coça e dói em alguns casos. A forma mais grave se caracteriza por vermelhidão, queda do pelo e secreção. Essa secreção produz crostas espessas extremamente dolorosas ao toque e causar claudicação em alguns casos.

Há uma terceira forma da Dermatite de quartela, a forma crônica, que se caracteriza pelo desenvolvimento de tecido de granulação duro e cornificado na parte posterior dos metacarpos ou calcanhares. E, eventualmente, progride para cima na perna.

Dermatite de Quartela: umidade pode afetar, entre outros, a quartela, ou seja, a parte inferior da perna entre a coroa do casco e o boleto

Tratamento e prevenção

Em primeiro lugar, dê ao seu médico veterinário todos os detalhes da evolução da doença. Especialmente se você perceber quando apareceu pela primeira vez, se é sazonal ou afeta mais de um animal.

A fim de tratar, limpe bem a área afetada e procure reduzir umidade do local. Remova as crostas e use produtos de tratamento com xampus tópicos antibacterianos e antifúngicos. Lembre-se de que são lesões extremamente dolorosas, então tenha bastante cuidado ao remover as crostas.

Em casos graves, há a chance de precisar de antibióticos, bem como esteroides para controlar a infecção e reduzir a inflamação. Nos raros casos, administre organofosforados tópicos e/ou anti-helmíntico apropriado.

Certifique-se de somente parar com o tratamento medicamentoso quando dor e inchaço desaparecerem por completo. Bem como cheque tudo e confira se ainda há umidade nos ambientes que seus cavalos ficam. Preocupe-se, especialmente, com o período chuvoso. Local seco e estável é extremamente importante.

Evite ainda a exposição crônica do seu cavalo à lama e/ou água parada. Encontre uma fonte alternativa de cama para a baia se houver suspeita de alergia na pele. O prognóstico da dermatite metacarpos depende da identificação da causa subjacente e do tratamento precoce. A recorrência é comum, especialmente se a causa subjacente não for tratada.

Fonte e fotos: AQHA

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