Tão essenciais na vida dos cavalos, as ferraduras possuem seu surgimento muito difícil de se datar ao certo.
As primeiras evidências histórias são de 400 A.C., quando os egípcios e persas, ao domesticar os cavalos, perceberam a importância de proteger o casco do animal e passaram a produzir “ferraduras” de capim trançado e amarradas com cordas nos cascos do animais.
Os romanos também tinham a sua própria versão de ferraduras, chamadas “hipposandais”. Eram produzidas com couro e sola de ferro e eram amarradas ao redor do boleto.
Na Ásia, para aliviar os ferimentos sofridos em decorrência das atividades, os cavaleiros equipavam seus cavalos com uma espécie de sapatos feito de plantas trançadas.
Ferradura de ferro
O surgimento do ferrageamento com ferro e cravos é datado dos séculos VI e VII. Em várias partes da Europa, devido ao clima frio e úmido, os cavalos tinham dificuldade de se locomover neste tipo de terreno, dando origem ao sapato de metal. Não se tem descrito em qual região, pois devem ter surgido em várias ao mesmo tempo, uma influenciando a outra.
Tubalcaim, segundo o livro de Génesis 4-22, foi o primeiro ferreiro que se tem evidências.
Na China, em 2000 A.C., os Mongóis ferravam seus cavalos. Eles tinham muitas habilidades com o aço.
Já na Itália, em 300 A.C., na Ilha de Taranto, existia uma moeda esculpida com um cavalo com o casco sendo examinado, comprovando que a região estava atenta à importância de cuidar dos cascos no animal.
O exército Romano, entre os séculos VIII e IX D. C., possuía uma lista de matérias e equipamentos para ferrar seus cavalos, segundo evidências históricas.
Em 400 D.C., segundo historiadores, surgiram os primeiros vestígios de ferrageamento frequente nos animais. Até então, eram apenas adornos utilizados em cavalos e guerra.
Na Roma Antiga XXVIII D.C., Nero ordenava que seus cavalos fossem ferrados com ferraduras de ouro e os de sua esposa com ferraduras de prata. Na França século IX, indícios levam a crer que os cavalos só eram ferrados em ocasiões especiais ou para batalhas.
Por volta de 2500 A. C., os cavalos de guerra que eram normalmente amarrados em carros, tinham que ser equipados com algum tipo de equipamento de proteção para os pés produzido em couro.
Contudo, em 1000 D. C., principalmente na Europa, é que a prática de ferrar os cavalos se difundiu. Elas eram produzidas de ligas de bronze leves, tinham a forma recortada e seis orifícios para as unhas.
Com o passar do tempo, dois furos para as unhas forma adicionados ao formato da ferradura, resultando em uma forma mais ampla e pesada.
No século XIV, as ferraduras passaram a ser uma mercadoria comum, vendida em grandes quantidades na Europa medieval.
Produção em massa
Produção em massa fez a diferença na guerra
No século XIX, foi desenvolvido uma máquina que produzia ferraduras em massa, oferecendo uma enorme vantagem durante as guerras.
Em 1835, os Estados Unidos patentearam pela primeira vez uma máquina de ferraduras. Ela era capaz de produzir 60 unidades por hora.
Durante a Guerra Civil Americana ocorrida entre 1861 a 1865, a produção em massa de ferraduras foi uma vantagem significativa para o exército do norte. Eles adquiriram uma máquina de produção de ferraduras, deixando seus cavalos melhor equipados se comparados aos do sul, resultando em sua vitória.
As ferraduras se tornaram um sucesso comercial em 1900, devido ao surgimento da equitação esportiva. Durante os Jogos Olímpicos deste ano, o hipismo foi introduzido nos jogos, promovendo uma expansão nas vendas de ferraduras.
Por: Camila Pedroso
Fonte: mundoecologia.com.br/ comprerural.com
Fotos: Internet/ Pixabay
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