Apesar de não ser muito comum a Queratoma é uma doença que acomete os cascos dos cavalos e que possui um processo de cura lento, sendo necessária a remoção cirúrgica da massa.
Segundo o médico e juiz de provas da ABQM Thiago Nitta, a doença é uma neoplasia benigna, que consiste no aparecimento de uma massa de queratina na parece dos cascos do animal, causando irregularidade e, em alguns casos, uma claudicação, o animal manca.
“Quando há formação de abcesso associado ao queratoma, a claudicação é muito exuberante. Em alguns casos, é possível que a massa deforme o bordo coronário do casco”, ressalta o veterinário.
A massa acaba comprometendo o crescimento dos cascos e a vasculização da região, comprometendo o local.
Diagnóstico
Geralmente, o diagnóstico é feito recorrendo às anestesias locais, radiografia convencional e com contraste, e eventualmente, ecografia em alguns casos.
Apesar de restarem poucas dúvidas do diagnóstico, este é confirmado com análise histopatológica realizada num laboratório.
Tratamento
A única forma de tratamento da Queratoma é a remoção cirúrgica da massa. Durante o procedimento, que pode ser realizado na propriedade, é aberta uma janela (buraco) no casco no animal para remover todo o tumor, para que o casco volte a receber sangue adequadamente e crescer.
Entretanto, com a remoção, a janela pode causar uma rachadura no casco no animal ou mesmo lesionar uma parte viva, a coroa, causando dor. Por isso, explica o veterinário, ao realizar o procedimento cirúrgico é necessário ferrar o animal. “A ferradura vai impedir que o casco se abra, se dilate, protegendo o local”, ressalta Nitta.
O crescimento do casco será continuo e só se estabelecerá quando toda a parte removida crescer. “É como uma unha, a parte que quebrou não cola novamente. Ela precisa ser retirada e só crescerá por igual quando essa parte for cortada novamente”, explica o veterinário.
A suplementação alimentar nestes casos é de especial importância, como exemplo a Biotina, para o crescimento saudável do casco.
Riscos
É um procedimento cirúrgico e como tal, contém riscos. “O casco pode rachar, ter algum problema de infecção devido à localização, por isso é preciso cuidar muito bem dos curativos”, afirma.
O principal problema é o tempo e recuperação. Sabe-se que o casco cresce 0,5 a 1 cm por mês, com isso, como no processo cirúrgico é removido aproximadamente 10 cm do casco, vai demorar quase um ano para o cavalo se recuperar normalmente.
Por: Camila Pedroso
Fotos: Arquivo
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