João Otávio Pereira aprimora seu laço nos Estados Unidos

Apaixonado pelo esporte equestre desde muito novo, por inspiração do pai e do irmão, o jovem treinador tomou a decisão de sair da sua zona de conforto e pegou um avião para a América

Não é fácil, mesmo que seja um sonho e que se tenha certeza de toda bagagem que vai ganhar, partir para outro País deixando para trás família e amigos. Mas João Otávio Pereira, 29 anos, natural e São João da Boa Vista (SP), treinador e competidor de Laço Individual, encarou esse desafio no começo de 2022.

“Minha vinda para os Estados Unidos aconteceu esse ano, ainda é recente. Foi uma decisão muito difícil de ser tomada, por ser uma mudança muito grande. Deixar família, namorada, amigos. Porém, foi uma decisão baseada na minha procura diária de melhora como laçador, como treinador, como pessoa e, principalmente, cristão”, conta João Otávio Pereira.

De acordo com ele, para que evoluir é necessário sair da zona de conforto. “Acredito que temos que nos colocarmos em situação desafiadoras. E é por isso que vim para cá. A ideia é procurar ser um pouco melhor a cada dia e honrar a Deus através de minhas atitudes e comportamentos”.

Para de fato embarcar rumo a esse sonho, João Otávio Pereira teve ajuda do amigo e laçador Renato Antunes. Foi ele que fez a ‘ponte’ entre o brasileiro e Blane Cox, ganhador de mais de US$ 500 mil pela PRCA. É com Blane e Abby Medlin que João está morando, na cidade de Stephenville, estado do Texas.

João Otávio Pereira aprimora seu laço nos Estados Unidos
Lucas Peres (de azul) e João Otávio Pereira nos Estados Unidos

“Eles abriram as portas do rancho deles para que eu pudesse vir para cá”, reforça o treinador, que hoje monta a égua Widow, de propriedade do Sweet Ranch. Todo o talento e dedicação mostrados nas provas e rodeios do Brasil já deram resultado nos Estados Unidos. João Otávio Pereira foi segundo lugar com 9s na etapa da PRCA em Nacogdoches, Texas.

“Está sendo uma experiência muito boa. É tudo muito diferente, a língua, os costumes, alimentação, cultura, mas estou bastante motivado e disciplinado para alcançar os meus objetivos”.

Em sua visão, morar nos Estados Unidos, apesar das dificuldades, é uma grande oportunidade como atleta. “Quero viver a minha vida fazendo o que eu gosto. E as oportunidades aqui são maiores, no meu modo de pensar. Aqui existe um maior incentivo e profissionalismo para com os competidores. E todo mundo sai ganhando com isso”, complementa João.

João Otávio Pereira aprimora seu laço nos Estados Unidos
João Otávio Pereira – Foto: Reprodução/Instagram

João Otávio Pereira segue os passos do pai e do irmão

Gostar de cavalos e de laço foi uma escolha de João Otávio Pereira. Mas ele mesmo admite que essa paixão foi inspirada por crescer ao lado de uma família que também ama cavalos e o laço. O pai, Marco Aurélio Pereira, o irmão mais velho, Marco Aurélio Pereira Filho, e a mãe, Cristina.

“Meu pai sempre gostou e teve contato com cavalos e meu irmão também é profissional do laço. Então, meu primeiro contato com cavalos veio desde criança, desde muito pequeno. Meu pai sempre foi um amante da modalidade e meu irmão também começou laçar muito novo”, relembra João, dizendo que não teve um momento em que decidiu tornar-se competidor.

“Como tenho contato com o laço e com os cavalos desde muito novo, foi um acontecimento natural. E meu pai sempre ressaltou a importância do aprimoramento e profissionalismo, que é o que eu busco até hoje. Tendo como principais inspirações meu pai, minha mãe e meu irmão”.

João Otávio Pereira aprimora seu laço nos Estados Unidos
Lelo, João Otávio, Cristina e Marco Aurélio – Foto: Arquivo Pessoal

E quem acompanha as provas de Laço Individual já se acostumou a ver a família toda, dentro e foras das pistas. Como organizadores e apoiadores da modalidade, estão sempre presentes. Ainda mais depois que os dois irmãos seguiram carreira no esporte equestre. Muitos foram os títulos e os cavalos apresentadores por eles.

Contudo, João Otávio Pereira destaca alguns momentos marcantes da sua carreira. ‘Foram vários, mas acredito que os que mais me marcaram foram momentos de superação e de bons momentos com minha família e amigos no esporte. As vitórias e derrotas passam, mas esses momentos de comunhão são os que ficam na minha memória e coração”.

Para finalizar, ele comenta que tenta aproveitar ao máximo cada segundo e curtir o seu dia a dia. “Procuro estar ao lado das pessoas com quem convivo e me inspiro, os bons animais que monto e cada oportunidade de laçar um bezerro, seja em um treino ou competição. Sou muito feliz por poder fazer o que amo.”

Por Luciana Omena
Crédito da foto de chamada: Divulgação/Rodolfo Lesse

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