Neste sábado (21), na mais importante competição de Adestramento da França, o CDIO5* de Compiègne, João Victor Marcari Oliva, montando Escorial Horsecampline, registrou seu 10º índice rumo ao Campeonato Mundial, que acontece em agosto, em Herning, na Dinamarca.
Em uma disputa que reuniu 32 conjuntos, entre tops mundiais de 14 países, João Victor Oliva e Escorial Horsecampline foram os único representantes do Brasil no Concurso de Dressage/Adestramento Internacional, competição categoria 5 estrelas, a de mais alto nível da modalidade.
Até 2021, o cavaleiro olímpico já havia participado da competição, mas na categoria 3 estrelas. No Grand Prix, a dupla registrou 71,978% de nota média final, se posicionando em 7º lugar na classificação final.
Todos os cinco juízes 5* da FEI – Federação Equestre Internacional atribuíram ao conjunto notas acima de 71%: Mariette Sanders-van Gansewinkel, da Holanda (74,348%), o britânico Peter Storr (71,522%), Elke Ebert, da Alemanha, e Raphael Saleh, da França atribuíram a mesma nota, 71,739%, e a dinamarquesa Susanne Baarup, 70,543%.
Venceu o Grand Prix a jovem medalhista olímpica britânica Charlotte Fry, montando Glamourdale (79,435%). E em em segundo lugar ficou a mais premiada amazona olímpica, a alemã Isabell Weth, com DSP Quantz (76,870%).
Grand Prix Freestyle
No domingo (22), no Grand Prix Freestyle, também de categoria 5 estrelas, o brasileiro teve nota média final de 74,125%, garantindo o 6º lugar. Essa é uma prova com coreografia livre e música, e reuniu na França os 14 melhores conjuntos (cavalo/cavaleiro) de países diferentes, entre tops mundiais e medalhistas olímpicos.
A avaliação de João Victor Oliva e seu cavalo feita pelo júri do Freestyle foi ainda melhor que no GP: Susanne Baarup, da Dinamarca, atribuiu a dupla 74,600%, o francês Raphael Saleh 74,575%, o alemão Elke Ebert 74,200%, Magnus Ringmark, de Luxemburgo 73,750%, e a holandesa Mariette Sanders-van Gansewinkel, 73,500%.
Para o cavaleiro, a prova forte, o alto nível dos concorrentes e um júri exigente, todo formado por juízes 5*, “mostra que o entrosamento com Escorial está cada dia melhor.”
Sobre João Victor Oliva e Escorial Horsecampline
Atleta militar, Sgtº Oliva, o cavaleiro brasileiro do Hipismo Adestramento de 26 anos, radicado em Portugal, João Victor Oliva monta o Puro Sangue Lusitano Escorial Horsecampline desde setembro de 2020, com o objetivo de representar o Brasil nos Jogos de Tóquio. O objetivo foi atingido e a dupla registrou o melhor resultado do Brasil em Olimpíadas.
O próximo objetivo a ser atingido é integrar o Time Brasil no Campeonato Mundial de Dressage, que acontece entre 6 e 10 de agosto em Herning, Dinamarca. O processo seletivo estabelecido pela FEI começou em 1° de janeiro de 2021 e vai até o próximo dia 04 de julho.
E para se candidatar a vaga na equipe brasileira, o candidato precisa atingir o mínimo de dois índices com 66% de nota média final. Notas essas que devem ser atribuídas pelo menos por um juiz FEI 5*. A prova também conta, já que os índices válidos devem ser obtidos em um Grand Prix, em pelo menos dois concursos internacionais acima de 3 estrelas.
João Victor Oliva e Escorial Horsecampline já atingiram dez índices. Na fase pré-Olimpíadas, no CDI3* de Abrantes, em Portugal (69,130% e com três juízes FEI5*); no CDI3*de Compiegne, França (70,130% e com três juízes FEI5*). Os Jogos Olímpicos de Tóquio também contaram (70,419% e com os sete juízes FEI5*).
Pós-Olimpíadas, a dupla voltou a registrar índices. Primeiro, no CDI3* de Hagen, Alemanha (70,043% e com dois juízes FEI5*). Depois no CDI4* de Aachen, também na Alemanha (71,696% e com quatro juízes FEI5*).
Em seguida, foram para o CDI5* de Doha, Qatar (70,065% e quatro juízes FEI5*) e para o CDI3* de Jerez de La Frontera, na Espanha, onde venceu três das quatro provas que participou. Nessa última, o João e Escorial registraram 72,696% e 74%, recorde brasileiro, em dois Grand Prix, e com todos os cinco juízes que atuaram no evento.
Time Brasil em formação
Além de João Victor Oliva com Escorial Horsecampline, outros dois conjuntos já estão habilitados a integrar o Time Brasil de Adestramento para o Campeonato Mundial. Pedro Tavares de Almeida está na briga, com Famous do Vouga, somando seis índices. E também Nuno Chaves de Almeida, com Feel Good V.O, dois índices.
O objetivo da CBH – Confederação Brasileira de Hipismo é selecionar os conjuntos com os maiores percentuais (resultados isolados por prova), excetuando reprises Freestyle do Grand Prix e do Grand Prix Special. Levando ainda em consideração as condições do animal.
Essa avaliação deve ser feita o mais próximo do Mundial. Assim, a CBH definiu um período – entre 27 de abril e vai até 3 de julho – para observar e depois selecionar os conjuntos que vão integrar a equipe.
Sobre o Mundial de Adestramento
O Campeonato Mundial – ECCO FEI World Championships substiturá o World Equestrian Games, que entre 1990 e 2018 reunia a cada quatro anos os tops das oito modalidades regidas pela FEI. As disputas do Adestramento serão realizadas entre 6 e 10 de agosto, no Stutteri Ask Stadium, em Herning, na Dinamarca.
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Colaboração: Assessoria CBH
Fotos: Divulgação/Rui Pedrdo Godinho
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