O que se passa na cabeça do cavalo?

Mestre, Doutor e Professor Ulysses Fernandes Ervilha ministra um workshop que debate o tema e aponta a importância de conhecermos e compreendermos o cavalo para absorvermos o seu melhor. Inscrições ainda estão abertas

Hoje, o entendimento de que o cavalo é um ser vivo, e que se você o reconhece como tal e respeita suas características, consegue obter o melhor da sua performance, cresce entre os praticantes de esportes equestres.  Para isso, entender como a cabeça e o emocional deles funciona se faz mais que necessário.

Neste sábado (25), o Professor Livre Docente em Biomecânica pela Universidade de São Paulo; Professor orientador no Programa de Doutoramento em Ciências do Desporto na Universidade do Porto (Portugal) e em Ciências da Atividade Física (USP); Ulysses Fernandes Ervilha ministra o workshop “O que se passa na cabeça do cavalo? – A neurociência do comportamento equino”.

Professor Ulysses Ervilha e os cavalos

Mestre e Doutor em Biomecânica pela USP; Ph.D em Engenharia Biomédica pela Universidade de Aalborg (Dinamarca); Pós-doutorado em Biomecânica pela Universidade do Porto (Portugal), o Professor Ulysses é praticante de equitação há 40 anos e estudioso do comportamento e formas de comunicação entre homem e cavalo há mais de 15 anos.

“Os cavalos são criaturas exuberantes, pujantes e altivas. A simples presença deles gera fortes emoções mesmo naqueles que têm nenhum ou pouco contato com eles. Conhecer como eles pensam, enxergam o mundo, fazem conexões com outros cavalos e com outras espécies, o que os acalma, os assusta, o que fazer para torná-los corajosos e colaborativos, dentre tantas outras informações, são fundamentais para lidar com eles”, explica o professor que complementa, “neste workshop apresentaremos teoria e prática de como lidar com cavalos considerando a maneira como o cérebro de presa deles funciona, bem como o nosso de predador, nas mais diversas situações”.

Ainda, segundo o Professor Ulysses, tudo o que vemos, ouvimos e sentimos, desde os odores, o tato ou gosto será utilizado por nosso cérebro para elaborar as reações e respostas de interação com o meio em que vivemos. O mesmo ocorre com os cavalos.

Contudo, como eles enxergam, sentem cheiram, escutam e ouvem o mundo é bem diferente de nós humanos. Por exemplo, a visão de um carro se aproximando por trás pode gerar em um cavalo uma reação de fuga descontrolada. Por outro lado, um simples suspiro nosso perto deles pode despertar uma descarga de neurotransmissores que os levam ao relaxamento. Por isso, a importância de entendermos o que se passa pela cabeça deles, para compreendermos seu comportamento”, frisa o professor.

“Quero dividir com vocês conceitos que mudaram meu modo de lidar com pessoas e com o cavalos com os quais tenho o prazer de compartilhar essa jornada”, complementa.

O workshop “O que se passa na cabeça do cavalo? – A neurociência do comportamento equino” será ministrado em Caçapava, interior de São Paulo. As inscrições podem ser realizadas pelo telefone (12) 9923-1019.

Por: Camila Pedroso

Fotos: Divulgação

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