Sonho de ser cowboy permeia o imaginário de muitos meninos

Persistência, coragem e determinação são essenciais para entrar no sonhado mundo dos rodeios

Ver os grandes cowboys brasileiros brilhando nos rodeios nacionais e internacionais serve de estímulo para muitos jovens que sonham em um dia vencer uma grande prova ou quem sabe, uma etapa da PBR.

Encontrar um lugar ao sol não é nada fácil. Dar o primeiro passo rumo ao sonho exige muita persistência, coragem e determinação. O peão Alison Henrique de Lima de Nova Esperança (PR), está começando sua jornada nas arenas. Seu começo na profissão não foi nada fácil. Lesões e temporadas ruins quase o levaram a desistir.

Ainda criança, Lima assistiu uma propaganda de um cowboy com o nome de Adriano Moraes, montando em touros em um comercial que era exibido durante a PBR nos EUA.

Aquela imagem não saia da sua cabeça: ser peão de boiadeiro, e o jovem, ainda com 12 anos, começou a pensar no seu futuro e juntamente com um primo, começaram a orquestrar as primeiras montarias em touros.

Com 17 anos, Lima começou a participar de treinamentos para se tornar um cowboy. Alex Trindade, o Zequinha, o levava para treinar e ele agarrou a oportunidade. “Eu era menor de idade, e você sabe que, até para treinar, é complicado no começo, ainda mais quando você não é maior de idade”, relembra.

Até que certo dia, um amigo chamado Sidney Roberto montou uma arena e Lima começou a treinar com frequência. “Com dezessete anos, fui para o meu primeiro bolão em Astorga (PR), e de cara conquistei o quarto lugar”.

Porém, sem idade para montar, o jovem cowboy teve que esperar um pouco mais para sair para os rodeios. Só aos dezenove anos, conseguiu montar em seu primeiro rodeio profissional, na famosa arena coberta de Campina Grande do Sul (PR).

Começo nada fácil do cowboy no circuito de Rodeio

Como em tudo nessa vida, o começo da sua carreira não foi nada fácil. Falta de oportunidade e muitas contusões atrapalharam o desenvolvimento do atleta, que pensou seriamente em desistir.

“Não foi fácil, toda vez que eu machucava ou que não conseguia uma boa sequência de rodeios, eu pensava em desistir. Porém, o sonho sempre fala mais alto e eu continuei”, relembra.

Sua persistência, foi recompensada quando ganhou seu primeiro título de campeão na cidade de Rio Bonito do Iguaçu (PR). Foi o start que ele precisava para deslanchar sua carreira nos rodeios. Foi finalista em rodeios como São Cepé (RS), vice-campeão em Monte Castelo (SC), Mamborê (PR), Luiziania (PR), Mandaguaçu (PR) e Santa Fé (PR).

Pausa da Pandemia

Assim como tudo no mundo, a pandemia chegou e suspendeu as provas de rodeios. “Tive que me virar, fiz artesanato em couro para sobreviver enquanto esperava tudo normalizar”, relembra.

Com a flexibilização da pandemia, os Rodeios começaram a voltar e Lima soube aproveitar a oportunidade, sendo finalista em Atalaia (PR). Aos vinte e sete anos, continua ainda sem muitas oportunidades, porém, soube aproveitar as últimas duas que teve no mês de julho e espera poder engrenar, já que conseguiu bons resultados.

“Estou muito feliz por esses resultados, creio que novas oportunidades vão aparecer. Meus sonhos são iguais aos de todos, montar toda semana, montar em Barretos, montar nos EUA. Não vou desistir, pensei em parar, mas muitos não chegaram onde eu cheguei, e não vão chegar, então é seguir firme e perseverante”, finaliza.

Por: Camila Pedroso

Colaboração: Eugênio José

Fotos: Eugênio José

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