É importante termos equilíbrio para externarmos as nossas melhores versões, explorando as potencialidades, independentemente das limitações
Os estragos causados pela pandemia da covid-19, sob todos os prismas, estão amainando. Mas, em nossa Era, nunca fomos tão pressionados e colocados à prova. Foram poucos os que demonstraram serenidade e equilíbrio. Por conta disso, acho pertinente questionar o Sistema Brasileiro de Ensino. Já não é de agora que acredito ser de extrema importância a inclusão na grade curricular das escolas três áreas da Educação: Emocional, Financeira e Geopolítica (Macroeconomia). Ambas com visão holística.
Em situações do dia a dia, tenho visto pessoas à beira de ataques de nervos, sejam adultos, adolescentes ou crianças. O ser humano moderno não tem paz de espírito. “O amor é a chave-mestra que abre os portões da felicidade”, já ensinava Oliver Wendell Holmes, médico e escritor norte-americano, falecido em 1894. Para elucidar o que digo, notemos o grau de infelicidade dos cidadãos pelas ruas, algo que no Brasil é potencializado pelo falso “bem-viver” das redes sociais. E o trânsito das cidades grandes? Cada vez pior! Os motoristas estão à flor da pele, prontos para explodirem em surtos de raiva, partindo para a violência.
Em tempos de frenética rapidez e alta facilidade – “tudo na mão”, alguns jovens “influenciadores” são colocados em pedestais, tendo voz ativa perante os seus contemporâneos. O que me assusta é que, salvo raras exceções, a maioria absoluta desses novos formadores de opinião tem pouca bagagem cultural, quase nenhuma experimentação real. Eles não saíram de casa, não sofreram a confrontação da rua e acabam ditando regras (esdrúxulas) dentro da fortaleza de seus quartos, cuja conta de luz ainda é custeada pelos oprimidos papais.
Observo que a nova geração é perspicaz, capaz de executar várias tarefas de maneira simultânea, diferentemente da turma da minha idade (os quarentões); destoante da faixa etária dos meus pais, e totalmente desconexa da dos meus avós. Ao passo que também noto nessa moçada falta de vontade, resiliência, humildade, resignação. Quando escutam “o não”, que é tão valoroso na formação do caráter do cidadão de bem, eles sucumbem, desabam, não aguentam o tranco. Faltam-lhes o brio, o ranger de dentes e aquele querer mais.
Não se trata de comparativo entre gerações, mesmo porque cada qual está inserida dentro da própria realidade, moldada pelos costumes da sociedade de seu tempo. O que pretendo é jogar luz ao fato de que boa parte daquilo que estudamos no colégio não tem aplicação prática no cotidiano. Daí a inclusão das áreas supracitadas na Educação: Emocional, Financeira e Geopolítica. Para embasar esta coluna, faço menção a três livros de Paulo Vieira, criador do método CIS – Coaching Integral Sistêmico. São eles: “12 princípios para uma vida extraordinária” (Ed. Gente/2019), “O poder da ação” (Ed. Gente/2015) e “O poder da autorresponsabilidade: A ferramenta comprovada cientificamente que gera alta performance e resultados em pouco tempo” (Ed. Gente/2017). Vale lembrar que, em pleno 2022, o referido autor bateu a marca de 10 milhões de livros vendidos no Brasil. Como poeta e editor, aplaudo efusivamente tal conquista, pois sei quão difícil é atingi-la.
“Você é o único responsável pela vida que tem levado, portanto, somente você pode mudar as circunstâncias”, escreve Paulo Vieira em “O poder da ação”. Quer mudar as circunstâncias da sua vida? Mude a si próprio. “O que eu não tenho é pelo que eu ainda não sei, porque, se eu soubesse, eu já teria”.
Ainda em “O poder da ação”, Paulo Vieira enfatiza: “Quando crescemos, fazemos um mundo melhor, inspiramos pessoas, subimos a régua das possibilidades de quem está ao nosso redor”. E reitera a importância da evolução constante: “O sucesso do passado não garante o êxito do futuro. Achar que está pronto para atravessar diferentes labirintos sem novos saberes é cair nos maiores motivos de desgraça: a arrogância e a autossuficiência”. Na referida obra, o best-seller valida o equilíbrio, para externarmos as nossas melhores versões, explorando as potencialidades, independentemente das limitações. “Acredite: se você busca vencer na vida, precisa se tornar um perito em distinguir atalhos de caminhos. As pessoas de sucesso trilham o melhor caminho, não o que chega mais rápido, mas o mais seguro, verdadeiro e justo. (…) Faça as escolhas certas, prestigie princípios e valores, tenha credibilidade, seja reconhecido por seu caráter. Use a peneira dos princípios e valores para filtrar pessoas, ambientes, circunstâncias destoantes”.
Paulo Vieira vai direto ao ponto. “O tempo é o bem ativo mais democrático que existe. Todos nós temos 24 horas em um dia, 07 dias em uma semana, e 52 semanas em um ano. O que diferencia uma pessoa de extremo sucesso de uma de extremo fracasso é como cada uma usa o próprio tempo. (…) Lembre-se de que o livre-arbítrio é a maior e a mais poderosa ferramenta que o ser humano tem, a decisão agora – no presente – de fazer a diferença. Faça diferente. Mude a sua vida enquanto há tempo”.
No livro “12 princípios para uma vida extraordinária”, Paulo Vieira ensina: “É por meio das crenças e dos modelos mentais elaborados ao longo de nossa vida que construímos o nosso mundo de possibilidades. Então, se você quer mudar a sua sorte, mude as suas crenças. Dessa maneira, você não apenas verá um mundo diferente, mas também criará uma nova forma de viver”. E o autor revela: “Quero lhe dar a dica de um milhão de dólares: quer mudar suas crenças? Cuide da sua comunicação o tempo todo para que seus pensamentos e sentimentos estejam sob controle e alinhados com a realidade que você quer”.
Humildade e vontade em aprender forjam o vencedor. “O meu melhor e maior comportamento de sucesso é reconhecer toda a minha ignorância; em outras palavras, aceitar quão pouco eu sei”. Doe-se, dedique-se, faça algo a mais. “Se você quer ter sucesso, seja diferente da massa, olhe como eles falam, observe o que eles dizem e seja diferente. Aja, execute, realize. Se acertar, colherá frutos. Se errar, aprendizado. Com mais conhecimento, poderá agir na direção certa”. Use o poder da cooperação. “Surpreenda, vá além, dê aos outros o que eles não esperam, criando assim memórias positivas que se tornarão sentimentos de gratidão. E, acredite, toda pessoa grata fará de tudo para retribuir. Isso se chama reciprocidade, um pressuposto de todos os humanos normais”.
Foco e persistência são comportamentos que levam à ação e à realização. Continuar ao longo do caminho, mesmo diante das adversidades, é a principal característica dos vencedores. “Nada garante mais autoconfiança do que realizar. É importante entender que a capacidade de realização se constrói passo a passo. Cada realização deve ser seguida de grande comemoração”.
Ler “O poder da autorresponsabilidade” é enriquecedor. O livro elucida a importância de aprendermos com os próprios erros. “É você quem constrói a sua sorte e o único responsável pela sua felicidade. Comemore cada vitória. Seja grato. Agradeça por estar vivo, por ter a capacidade de mudar a sua vida”.
Se há poder na ação, não espere que a mudança venha de fora. Seja a diferença que pode impactar o mundo. Haja positivamente. “Existe um vencedor em você. Você foi concebido para a vitória e criado para o sucesso. Acredite, você tem capacidade para fazer um mundo melhor e deixar marcas positivas para as gerações futuras”. A mudança é agora. Mude a sua atitude e você transformará o seu caminho. Faça o bem, para colher o bem. Seja generoso e tenha gratidão. Fé num mundo melhor.
Marcelo Pardini é narrador, poeta, jornalista, pós-graduado em Marketing e leiloeiro rural. Titular da marca Agro MP – A voz do Agronegócio.
E-mail: contato@agromp.com.br / Instagram: marcelopardinioficial
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