Cavalgadas Brasil

Safari da Grande Migração no Quênia – 3ª parte

Continuando a série de reportagem sobre o Safari no Quênia, nesta semana, na coluna Cavalgadas Brasil, Paulo Junqueira comenta sobre os passeios a cavalo em meio à natureza selvagem

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Chegamos no Masai Mara Safari no Quênia em um avião de 14 passageiros. O lugar parecia um set de filmagem. Até onde eu podia ver, haviam campos de grama onde vários rebanhos de animais selvagens estavam espalhados. Enquanto descíamos, vi uma moto percorrer a pista de pouso para “limpar a pista” (afugentar alguns animais que estavam lá). Na curta viagem da pista de pouso para o nosso primeiro acampamento já vimos girafa, gazela Thompson e zebras.

Simba no safari

Em nosso primeiro dia de safári, tínhamos acabado de atravessar um riacho e saído de uma ravina para um terreno plano aberto; eu estava no meio do grupo e o Simon nosso guia, estava um pouco à frente, quando ouvi a palavra SIMBA! Olhei para os arbustos a nossa esquerda e um leão estava passando a poucos metros de distância.

Foi muito interessante ver que os cavalos não tiveram nenhuma reação que nos colocasse em perigo e nosso guia manteve o controle da situação rapidamente. Essa situação confirmou a informação que a maioria dos animais no Masai Mara respeita seres humanos e os leões chegam a temer pessoas no Mara (mas não necessariamente em outras partes da África) porque durante muito tempo foram caçados pelas tribos Massai com suas lanças.

Embora a caça tenha sido proibida no Quênia em 1977, os leões não estão isentos de preocupação porque os Masais podem ataca-los para se defender e a seu gado. O resultado é que eles ainda são mortos por pessoas e, portanto, cautelosos com os humanos.

A maior ameaça para nós a cavalo, nesta ordem, são elefantes, búfalos e hipopótamos. No entanto, o hipopótamo só vai atacar se você o surpreender, ou ficar entre eles e suas lagoas ou se ele perceber uma ameaça aos seus filhotes.

Os elefantes podem atacar se chegarmos muito perto e os búfalos são criaturas rabugentas. Por isso os guias são cautelosos e recebemos instruções de segurança de como proceder em caso de qualquer necessidade.

Como o Simon já tinha explicado, normalmente, os animais podem nos ouvir chegando e se afastam para uma distância confortável. Como “arma” ele usa um chicote e se for necessário intimidar algum animal, produz com ele um som muito semelhante ao de um tiro.

Safari no Land Rover

Depois desse “encontro”, continuamos nosso safári a cavalo e vimos muitos gnus, algumas zebras e girafas, e também alguns Masai cuidando de gado e cabras, o gado tem sinos que dão trilha sonora à paisagem.

Depois retornamos ao acampamento e saímos num Land Rover para procurar aquele leão e poder vê-lo de perto em segurança.

Os animais do Mara estão habituados aos veículos de safári que estão em seu ambiente há muito tempo. Imagino que eles os vejam como parte do ecossistema, então chegamos a 2,5 metros dos leões e eles mal piscaram. Cheetah andou a menos de 1,0 metro de nosso veículo.

Os binóculos que trouxe foram muito úteis no safári que fizemos todos os dias nos veículos de safári. Eles acomodam 7 pessoas, incluindo o motorista. Está configurado para que todos tenham uma visão privilegiada. A melhor parte é que o teto se abre e é confortável sentar em cima com uma vista 360 graus. Uma localização estratégica para observar e fotografar animais, além disso, é divertido.

Por: Paulo Junqueira Arantes
Cavaleiro profissional e Diretor da agência Cavalgadas Brasil

Foto: Divulgação

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