Cavalgadas Brasil

Safari da Grande Migração no Quênia – última parte  

Nesta semana, na coluna Cavalgadas Brasil, Paulo Junqueira finaliza sua série de reportagem sobre a surpreendente cavalgada que realizou no Quênia, um passeio cheio de emoção, conforto e muitos animais selvagens

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Safari a cavalo – última parte

A África sempre teve um lugar especial no meu coração e é difícil colocar em palavras como me sinto quando estou lá no meio de um lugar cercado por tanta vida selvagem. É alimento para a alma!                                     

Quando estava planejando esse safári a cavalo no Masai Mara, minha mente se enchia de expectativas, relembrando experiências e momentos passados que tive o privilégio de fazer parte em outros safáris no continente.  

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Depois de dois dias no acampamento rodeado por belas acácias, o terceiro dia foi de mudança de acampamento e como a distância seria longa nosso guia avisou que teríamos que fazer vários longos galopes, alguns mais rápidos. Eu apenas confiei que Bardanay (meu cavalo) não tropeçaria se eu mantivesse meu equilíbrio e meu foco bem à frente.  

Boa parte do terreno era plano e sem muitos obstáculos ou animais, com exceção a alguns trechos aonde membros da tribo Masai pastoreavam seu gado. Foram muitas horas em que vimos como nossos cavalos são resistentes, fortes e firmes. Chegamos cansados, mas felizes em nosso novo acampamento, que já oferecia bem mais conforto que o primeiro. 

Esse segundo acampamento tem uma localização estratégica e foi o preferido da maioria de nosso grupo. Por ser um grupo fechado, nossa programação era flexível, sendo ajustada a medida do interesse do grupo. Além de cavalgar, no dia seguinte fizemos alguns safaris em Land Rover que permitiram avistamentos muito interessantes.  

Diariamente, sair do acampamento com a expectativa do desconhecido é uma sensação incrível e no quinto dia tive um dos dias de safari a cavalo mais bonitos que já fiz na vida.  

Estávamos numa bela área aberta e avistamos mais de uma centena de girafas espalhadas pelos campos. Tinha de todos os tamanhos, desde os grandes machos até mamães com girafinhas bem pequenas. Aquele grupo enorme se movendo lentamente mais parecia um filme em câmara lenta. Foi espetacular!  

Como se isso não bastasse, no final da tarde chegamos numa árvore frondosa no meio de um campo aberto e, uma bela surpresa nos aguardava, um jantar apreciando o pôr do sol. É impressionante a qualidade e o requinte que conseguiram oferecer num lugar remoto como aquele.  

O acampamento nas duas últimas noites foi num lodge luxuoso estrategicamente situado à beira do rio Mara, com vista para uma curva do rio que sempre tem muitos hipopótamos. Fazer as refeições com essa vista foi algo muito especial. Os hipopótamos, no entanto, são maus vizinhos matinais porque acordam muito cedo e começam a fazer seus ruídos altos.  

O Mara é uma área incrivelmente diversa, com muito a oferecer! Acordar e ouvir os hipopótamos no rio, o som distante dos leões chamando e os pássaros começando a cantar quando começa um novo dia é definitivamente uma das sensações desse lugar. 

Tenho o privilégio de todos os anos explorar muitos destinos. Cada um deles oferece algo diferente. Eu me sinto abençoado por de estar na posição de conhecer tantas novas culturas e ter novas experiências.  

Por: Paulo Junqueira Arantes
Cavaleiro profissional e Diretor da agência Cavalgadas Brasil

Foto: Divulgação

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