Qualidade do colostro deve ser avaliada para garantir a saudabilidade do potro

O potro começa a compor o seu sistema imunológico logo após o nascimento, com a ingestão do colostro. Ao contrário de outros animais, as éguas não transmitem seus anticorpos, também chamados de imunoglobulinas, através da placenta, essa transferência é realizada pelo colostro e o animal deve ingerir este leite logo após o nascimento, pois seu intestino terá a capacidade de absorver estes anticorpos apenas nas primeiras horas de vida. Por isso, é preciso estar muito atento a este momento do parto.

Segundo o médico veterinário e inspetor técnico da ABQM, Thiago Nitta, um dos recursos existentes para se averiguar a qualidade do colostro é através do colostrômetro, um aparelho que avalia a qualidade do colostro.

Entretanto, alerta o especialista, não basta apenas saber a qualidade do leite da égua, existem outros fatores que interferem na absorção destes anticorpos como quantidade de leite ingerido pelo potro e a capacidade do intestino dele de absorver os anticorpos.

Qualidade do colostro deve ser avaliada para garantir a saudabilidade do potro
Os primeiros momentos de vida do potro devem ser analizados pois são cruciais para a saudabilidade dele

Os potros ingerem 75% do colostro de uma égua nas primeiras oito horas de vida e tudo nas 12 primeiras horas. “Se após o nascimento, o potro não estiver em pé, mamando ativamente em duas horas, é preciso procurar a ajuda de um médico veterinário para avaliar o caso”, alerta Nitta.

Uma das formas de avaliar a ingestão de colostro dos potros é através de um exame de sangue para avaliar o IgG (anticorpos séricos). Esse exame deve ser realizado nas primeiras 12 horas após o parto. “Um animal saudável, que nasceu sem nenhuma complicação e está ingerindo bem o colostro deve ter como resultado do exame 800 mg de níveis de anticorpos”, afirma Nitta.

Qualidade do colostro deve ser avaliada para garantir a saudabilidade do potro
“Se após o nascimento, o potro não estiver em pé, mamando ativamente em duas horas, é preciso procurar a ajuda de um médico veterinário para avaliar o caso”, alerta Nitta.

Se o potro não consegue mamar, explica o especialista, seja por ser prematuro, ter alguma doença, é necessária uma resposta imediata, com a ingestão de colostro seja por banco de colostro ou plasma disponível em forma oral ou intravenosa.

Para se ter um banco de colostro em sua propriedade, observe o lado que o potro mama, e ordenhe o úbere do lado oposto. Um copo de leite é suficiente e este deve ser congelado em uma geladeira que não descongele automaticamente. “Este leite terá a validade de três anos se bem armazenado”, finaliza Thiago Nitta.

Por Camila Pedroso . Redação Cavalus

Fotos: Reprodução / Pexel

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