Nesta semana, um dos mais desafiadores eventos que compõe o tripé seletivo da raça crioula será iniciado. A Marcha Anual de Resistência, da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), que se encontra em sua 21ª edição, reúne, desde o final de maio, 53 animais, veterinários, criadores e ginetes que se preparam para percorrer 750 quilômetros até o dia 8/7. A largada será dada no sábado, 24/6.
Desde o dia 25/5, os participantes se concentraram em Jaguarão (RS), na Estância São Francisco. Os animais já passaram pela admissão, foram dosificados, pesados e realizados testes de frequência cardíaca e respiratória. Além disso, a concentração teve por objetivo colocar todos nas mesmas condições alimentar e sanitária por 30 dias. Desde terça-feira, 20/6, os participantes dão entrada no Sindicato Rural de Jaguarão onde receberão as ferraduras.
Amanhã (23/6), machos e fêmeas serão entregues aos cuidados de seus proprietários para tosa e ajuste de arreios. No sábado (24), a prova propriamente dita terá início. “Ela consiste em etapas semi reguladas e etapas livres”, explica Luiz Mario Diaz, coordenador da subcomissão da Marcha ABCCC. Segundo ele, na primeira semana o percurso é menor e o tempo maior. À medida em que os dias forem passando e os animais adquirirem condicionamento físico, o tempo diminui e a quilometragem aumenta, tornando o percurso um pouco mais rápido e mais dificultoso.
Em etapas reguladas e semi reguladas é percorrido o maior trecho da Marcha Anual de Resistência, com 600 quilômetros no total. “Nos últimos três dias, nós temos 150 quilômetros que são percorridos de forma livre. Quem chega primeiro e soma o menor tempo durante todas as etapas é o ganhador, desde que tenha condições clínicas”, detalha Diaz.
Categorias da Marcha Anual de Resistência
Luiz Mario Diaz conta, também, que todas as categorias da Marcha Anual de Resistência foram preenchidas: reprodutores, castrados, éguas menores de sete anos e éguas maiores de sete anos. Ele acredita que esta será uma marcha diferente dos anos anteriores pelo crescimento substancial nos participantes. Também houve acréscimo na procura por estrangeiros que vieram ao Brasil participar da Marcha. Ao todo, serão seis competidores da Austrália, Estados Unidos, Guatemala e Uruguai.
Nesta 21ª edição, a Marcha Anual de Resistência também registra uma mudança tecnológica. É que a partir desta edição, criadores poderão microchipar seus animais. Desta forma, a obtenção de informações sobre cavalos e éguas participantes de todas as modalidades da raça serão mais facilmente obtidas. A adesão ao microchip, este ano, foi opcional.
Por Divulgação/Assessoria de Imprensa
Fotos: Divulgação/Fagner Almeida
Leia mais notícias aqui.