Marcos Oliveira e a sua história no meio do cavalo e no treinamento de Laço – Parte 1

Treinador é considerado um dos mais renomados no Laço Cabeça e Pé, sendo uma referência em doma

A Revista Roper’s Sports apresentou em sua última edição uma reportagem especial com Marcos Roberto de Oliveira, treinador de Laço, uma referência no mercado equestre, que vai falar um pouco sobre o trabalho com os cavalos para o Laço Cabeça e Laço Pé. Entretanto, vamos antes conhecer a sua história.

Marquinho, como é conhecido, começou em 2000, quando conheceu o cavalo Quarto de Milha e tudo começou, atuou como auxiliar do treinador Valdomiro Efigênio, em Trindade (GO), local onde ficou por seis anos.

Em seguida, ao mudar para Morrinhos, ainda em Goiás, já treinava vários animais de clientes, sendo sempre cavalos de Laço em Dupla, com foco em provas cronometradas.

“No final de 2011 me mudei para Aragoiânia (GO), no Rancho Eldorado, foi neste ano que conheci o treinador Rodrigo de Matos Sobreira (Nabola) e comecei a ter contato com Laço Técnico. Desde então, participo dos principais eventos do Brasil de provas técnicas e cronometradas”, comenta.

Atualmente, o treinador é um dos mais requisitados em treinamentos, desde potros, até a iniciação na modalidade e apresentação, e para ele, o esporte segue em evolução, com oportunidades para novos treinadores.

“É uma profissionalização constante, onde me sustento devido ao crescimento do esporte. A demanda por treinamento cresceu muito onde não está se treinando somente os cavalos, mas também os clientes que buscam aprimorar a montaria”, explica.

Doma

Sabemos que um cavalo bom, precisa de uma doma racional bem-feita, sendo algo imprescindível, que requer tempo. Além disso, Marquinho destaca que é necessário ter um cavalo bem manso, bem guiado e atento aos comandos. O treinador ainda ressalta que além da paciência e acreditar no potencial do animal, a doma é um dos pontos mais importantes do treinamento.

“Para cavalo de Laço, na doma, também sempre recomendo não ter um cavalo com a frente muito baixa, para evitar dificuldades na iniciação no boi, e também ter o cavalo atento aos comandos das mãos, voz e perna”, explica.

Vale destacar que o processo da doma depende de cada animal, do temperamento e habilidade dele, podendo variar de oito a 12 meses.

Logo após este processo, o treinador comenta que gosta de começar a guiar o cavalo atrás do bezerro em pasto aberto, dessa forma ele apresenta o cavalo ao boi, sem pressão, de maneira natural.

“Quando sinto que ele começa a seguir o boi sem demonstrar medo e com mais atenção, aí sim, apresento a ele a corda. A partir deste ponto, eu trago o cavalo para a pista e simulo a mesma situação do pasto, já girando corda”.

Exercício de flexionamento

Iniciação no Laço

Para o treinador, não há uma regra definida para a iniciação do animal no Laço, já que a iniciação se dá logo no exercício em pasto aberto.

“Quando vamos para pista e com a corda já apresentada, já vou colocando o cavalo em posição próxima ao boi, neste ponto, quando percebo que o animal faz o exercício sem demonstrar reação, o próximo passo é levá-lo ao brete e começar a simular as corridas. Durante um período eu gosto de trabalhar com gado mais lento e vaquinha mecânica com o objetivo de ensinar ao cavalo: partida, posição e paradas solidas e consistentes”, explica.

Neste processo, Marquinho destaca que procura sempre manter os cavalos com os membros bem flexionados, bastante trote, um pouco de galope, alguns exercícios de esbarro e spin.

No sábado (04) você poderá conferir a segunda parte desta reportagem especial com Marcos Oliveiras, que vai falar das dificuldades, cavalo pronto para pista e algumas dicas de treinamento.

Por: Heloísa Alves/Revista Roper’s Sports
Crédito das fotos: Divulgação/MR Fotos e Produções

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