Cavalo Árabe

Reflexões e legado: Análise da gestão, aprendizados e visão futura do cavalo Árabe com Rodrigo Foz Forte

Nesta segunda parte da entrevista especial, Forte faz uma análise profunda sobre a sua trajetória como presidente da ABCCA por dois biênios e os próximos passos da raça

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Reflexões e legado Análise da gestão, aprendizados e visão futura do cavalo Árabe com Rodrigo Foz Forte

Ao encerrar seu mandato à frente da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Árabe (ABCCA), Rodrigo Foz Forte fez uma avaliação da sua gestão, por dois biênios como presidente, em uma entrevista especial, que dividimos em duas partes. Anteriormente, ele falou sobre o impacto da pandemia logo no início do seu mandato, bem como do trabalho de valorização do cavalo Árabe de esporte.

Nesta segunda parte da entrevista especial, ele segue nos conduzindo por uma retrospectiva de sua gestão, compartilhando os principais aprendizados, desafios superados e sua perspectiva para o futuro promissor da raça no cenário nacional e internacional. Confira a seguir:

Entrevista Rodrigo Forte

Quais são os aspectos do seu trabalho que você espera que sejam continuados pelas próximas gestões?

Rodrigo Foz Forte: Espero que o trabalho siga firme em 3 pilares: 1º – Manutenção do alto nível da nossa exposição Nacional, atraindo estrangeiros; 2º – Manutenção do circuito de exposições da ABCCA com necessidade de pontuação para a Nacional, pois um circuito fortalecido é o que mantém o fomento em funcionamento, entre vários outros ganhos; e 3º – Foco no Cavalo Árabe de Esporte, nos usuários e, consequentemente, no mercado interno. Acredito muito que temos que seguir “democratizando” a raça e ampliando a nossa base. Aprendi que isso se faz muito mais com usuários do que com criadores. Usuários felizes e engajados consomem cavalos e muitos passam também a criar. Basta ver as demais raças que estão no topo.

Existe algum legado específico que você gostaria de deixar para a comunidade de criadores do cavalo árabe?

Rodrigo Foz Forte: Legado é uma palavra muito forte. Posso dizer que ao longo desses quatro anos eu e minha Diretoria, pessoas que admiro e agradeço muito, nos dedicamos ao máximo. Cometemos naturalmente os nossos erros, mas fomos humildes em reconhecê-los e consertá-los. Quando erramos, estávamos tentando fazer o melhor, tentando acertar, sempre pensando no todo, na raça, no coletivo, jamais colocando interesses individuais à frente dos interesses coletivos. Tanto é que tivemos anos de união da raça em todas as suas vertentes. Espero de coração que sigamos dessa forma. – Quais foram os principais aprendizados pessoais adquiridos ao liderar a Associação nesses quatro anos? Rodrigo Foz Forte: Aprendi e amadureci muito como pessoa e profissional ao longo desses quatro anos. Principalmente, consolidei o aprendizado de que o “espírito associativo” é fundamental para que você ocupe um cargo de liderança numa Associação, sendo necessário pensar no todo, no cavalo em primeiro lugar, mesmo em que muitos casos não se possa agradar a todas as pessoas. Mesmo que muitas das decisões finais caibam ao Presidente, é necessário ouvir e compor.

Existe algo que você faria de forma diferente se pudesse voltar no tempo?

Rodrigo Foz Forte: Acredito que não. Não me arrependo de nada. Se eu pudesse e quisesse seguir no cargo, eu naturalmente trabalharia no aprimoramento das nossas ações. Penso que tudo que fazemos, em qualquer área pode ser melhorado. Tenho certeza de que há espaço para isso e acredito que a nova Diretoria seguirá nessa linha.

Quais são os projetos ou ideias que você vê como importantes para o futuro da Associação? Há áreas específicas que você acredita que merecem mais atenção e investimento no futuro?

Rodrigo Foz Forte: Em geral agora é aprimorar a base construída até aqui. No cavalo, tudo leva muito tempo para construir e consolidar. O ideal é que o Cavalo Árabe tenha um plano único a se ser seguido e executado pelas diretorias. Precisamos de trabalho paciente e consistente.

Alguma mensagem final que você gostaria de transmitir à comunidade de criadores do cavalo árabe no Brasil, bem como a sua equipe que o acompanhou nestes anos?

Rodrigo Foz Forte: Só tenho a agradecer a todos. Minha Diretoria e colaboradores da ABCCA, que foram grandes parceiros nessa jornada. Gente que ama o cavalo e a Associação, que não mediu esforços para entregar tudo que era possível. E meu muito obrigado aos criadores, associados, parceiros da ABCCA e profissionais que sempre nos apoiaram. Me sinto honrado por ter ocupado esse cargo dessa tão respeitada Associação, dessa tão importante raça de equinos. Sigo agora como criador e associado, fazendo votos de que a próxima diretoria possa fazer ainda melhor.

Por Natália de Oliveira/Agência Cavalus
Fotos: Divulgação/ABCCA

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