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Cavalos Garranos usados no Império Romano estão ameaçados de extinção em Portugal

Além da espécie de cavalos que têm registros desde pinturas em cavernas, lobos ibéricos também conta com poucos exemplares vivos

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Cavalos Garranos usados no Império Romano estão ameaçados de extinção em Portugal

No norte de Portugal, para algumas espécies a vida se segura por um fio. A região é lar de lobos e cavalos selvagens que se mantêm desde tempos pré-históricos, mais precisamente, o período paleolítico, que se encerrou há cerca de 12 mil anos. Contudo, com populações muito pequenas em comparação ao que já foram, estes animais vivem sob ameaça de desaparecer.

Cavalos Garranos

Os cavalos garranos, raça típica de Portugal, usada pelo Império Romano e também na era de ouro das grandes navegações portuguesas, hoje enfrentam um encolhimento devido a uma crise de função, substituídos nas fazendas por tratores e carros.

“Um cavalo precisa de uma função”, afirma José Leite, veterinário que atua como assessor técnico da Associação dos Criadores de Cavalos Garrano (Acerg). “Sem isso, eles estão condenados a desaparecer. E foi o que estava acontecendo aqui. A necessidade do cavalo como ferramenta agrícola acabou e, assim, esta criação intensiva também cessou”, afirma o especialista, em entrevista ao jornal The Guardian.

Reprodução/Internet

Na década de 1940, estima-se que existiam entre 40 mil e 60 mil garranos em Portugal. A população total da espécie hoje é calculada entre 1.500 e 3 mil desses animais.

Uma das possibilidades para dar aos garranos um novo lugar na sociedade, ajudando assim a preservar a espécie, seria no combate aos incêndios florestais, um mal que Portugal enfrenta a cada verão, e vem intensificando-se com a mudança climática.

Em julho, temperaturas acima dos 40°C causaram mais de 20 incêndios florestais simultâneos no país, mobilizando milhares de bombeiros. A Acerg assinou um acordo com a maior empresa de infraestruturas elétricas de Portugal, REN, para fornecer 280 cavalos que irão limpar o mato sob torres de energia, pastando em 4 mil hectares de encostas de montanha.

Fonte: Um Só Planeta
Foto: Divulgação/Patrícia de Melo Moreira – Getty Images

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