Em uma Assembleia Geral Ordinária realizada na segunda-feira (22/01), na sede da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Árabe (ABCCA) em São Paulo (SP), Francisco Carrasco, conhecido como Paquito, assumiu a presidência da entidade para o biênio 2024/2025. Após uma gestão marcada por desafios, Rodrigo Foz Forte passou o bastão, e agora Carrasco assume a responsabilidade de dar continuidade aos projetos e objetivos estabelecidos nos últimos anos.
O novo presidente destacou que sua gestão será uma continuação do trabalho realizado por Rodrigo Forte, do qual ele fez parte da diretoria como vice-presidente de Exposições. “Há quatro anos, iniciamos um projeto para fortalecer o Cavalo Árabe montado. Infelizmente, nos dois primeiros anos da gestão do Rodrigo enfrentamos a pandemia da Covid-19, que assombrou o mundo inteiro. No entanto, mesmo diante desse desafio global, conseguimos realizar esse trabalho e percebemos que o cavalo montado está sendo mais valorizado. Queremos, então, dar continuidade a essa trajetória”.
Carrasco enfatizou que a ABCCA seguirá incentivando as exposições de Halter pelo Brasil, que é a principal modalidade disputada atualmente pelo Cavalo Árabe, mas que o foco dos trabalhos será o fortalecimento do Cavalo Árabe de esporte. “Para isso, precisamos cada vez mais aumentar a quantidade de usuários do Cavalo Árabe de sela e promover a sua participação em diversas modalidades em todo o Brasil. Acreditamos que conquistar esse espaço é de extrema importância”.
Principais desafios na presidência da ABCCA e reconhecimento internacional
O presidente reconhece o desafio econômico que o país enfrenta e destaca a necessidade de aquecer o mercado para impulsionar o consumo em atividades esportivas, incluindo a criação e utilização de cavalos. “O principal desafio da minha gestão, sem dúvidas, é a situação econômica do país, que desde a crise de 2015, não anda. Depois, tivemos ainda a pandemia e, desde então, está tudo meio travado. Então, o maior desafio não é nem nosso, seria do governo. Seria de aquecer o mercado para as pessoas poderem consumir mais em esporte, em atividade e no próprio cavalo”, pontua.
Quanto ao reconhecimento internacional do Cavalo Árabe brasileiro, Carrasco salientou que a criação nacional é respeitada mundialmente. “Os nossos cavalos são reconhecidos no mundo inteiro, tanto ganhando exposições, como ganhando também colocações boas em provas de Enduro, quanto também como reprodutores e reprodutoras. Então, nossa criação é muito conceituada no mundo inteiro”.
Para o futuro, ele expressou intenções de organizar eventos em colaboração com nações árabes, incluindo os Emirados Árabes e o Qatar. No entanto, é crucial superar desafios, como a prevalência endêmica do mormo em algumas regiões, para viabilizar a realização de eventos internacionais no Brasil.
“Estamos dedicando esforços para solucionar esse desafio e avaliar a realização de um evento, mesmo que isso envolva a necessidade de uma quarentena específica para o ocorrido. Estamos empenhados nesse trabalho, pois acreditamos que seria extraordinário ter um evento internacional com a participação de árabes, europeus e americanos aqui no Brasil, promovendo uma experiência conjunta. Isso se justifica, pois em nossas competições nacionais já observamos uma expressiva presença de participantes estrangeiros”, finaliza Carrasco.
O novo presidente se mostra otimista em seguir trabalhando em prol da valorização do Cavalo Árabe, especialmente o montado, visando expandir a presença da raça devido à sua destacada versatilidade e beleza. Para obter mais informações sobre a raça, visite www.abcca.com.br e acompanhe a ABCCA nas redes sociais através do @abccaarabe.
Por Natália de Oliveira/Agência Cavalus
Fotos: Divulgação/ABCCA
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