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A força da mulher brasileira no meio equestre

Com o passar dos anos, as mulheres vêm conquistando, ainda mais, o seu espaço em diversos meios e no meio do cavalo isso não é diferente

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A força da mulher brasileira no meio equestre

Nesta sexta-feira, 08 de março, é celebrado o Dia Internacional da Mulher, uma data comemorativa oficializada pela Organização das Nações Unidas na década de 1970. Mais do que tudo, essa data simboliza a luta histórica das mulheres por direitos e condições semelhantes à dos homens.

Vale lembrar que essa data vai além de homenagens às mulheres, mas serve para lembrarmos de toda a luta que foi feita para que elas pudessem chegar aonde estão hoje. É claro que ainda há uma certa desigualdade, por isso essa luta deve ser constante.

Mulheres no meio do cavalo

E assim como em todos em setores, as mulheres também marcam presença no meio equestre, seja em provas, criação, empreendedorismo equestre e outras atividades relacionadas ao cavalo.

Jacira Oliveira é uma dessas mulheres, ela que está no meio do cavalo desde 1983, conta que se tornou atleta de provas equestres participando na Apartação, ganhando vários títulos importantes. “Eduquei meus filhos no meio do cavalo, construí um rancho e trabalho com cavalos, tenho uma escola de equitação, atendendo adultos, crianças, além de trabalhar com cursos de autoconhecimento, levando o que eu aprendi com os cavalos para outras pessoas”.

Para Jacira, a participação das mulheres nesse meio é muito importante. Ela relembra de quando começou nesse meio, com pouca presença feminina. “Hoje nós vemos mulheres fortes, que comandam os ranchos, mulheres que treinam cavalos. É muito lindo ver o desenvolvimento, a conquista das mulheres. Brasil a fora, mundo a fora, é muito lindo ver essas histórias de mulheres no meio”.

Jacira ainda complementa que a sensibilidade das mulheres contribui para esse trabalho, já que os cavalos também são sensíveis, com uma conexão muito forte. “A questão não é a força, e a mulher acaba saindo na frente e descobri isso quando comecei a trabalhar com doma, achava que nunca ia conseguir fazer e foi onde desenvolvi a percepção sobre todo esse trabalho. Eu amo o que eu faço e principalmente os cavalos”.

Outra mulher que representa a força feminina nesse meio é Marisa Iorio. A proprietária do Haras Lagoinha, localizado em Jacareí (SP) e que é considerado um dos maiores criatórios da raça Margalarga do Brasil.

E como reconhecimento dessa força, Marisa foi indicada para receber o prêmio Mulheres Maravilhosas 2024, um reconhecimento profissional por suas atividades que contribuem com o crescimento, social, cultural e empresarial do Brasil.

“Essa homenagem combina com os 40 anos dos Haras Lagoinha, estou muito feliz, é um caminhar muito engrandecedor como mulher que está à frente de um criatório nesses 40 anos. Me sinto duplamente honrada em receber esse prêmio”.

Marisa destaca que, neste ano, além da comemoração de 40 anos do haras, o criatório também comemora 25 anos de melhor criador da pelagem Pampa da raça Mangalarga, o que a deixa muito feliz, sendo um ano de grandes comemorações.

“A mulher à frente do Agronegócio tem grande destaque e cada vez mais esse engrandecimento tem sido bem importante, principalmente na equinocultura. Temos duas mulheres como presidentes de associações de equinocultura, eu recebendo esse prêmio como destaque nesse meio. Eu acho que esse é o caminho, que a mulher está buscando o seu destaque dentro do seu trabalho, sem perder a parte feminina, a parte de gerar vida, gerando empregos no meio rural, que é o grande destaque do Brasil”.

Para Andréa Real, o seu envolvimento com os cavalos é mágico, já que desde a infância eles a acompanham, transmitindo segurança e força. “Nosso destino foi traçado desde o primeiro contato, na troca de olhar puro de uma criança ainda. A mulher com certeza foi um divisor de águas na história desse amigo, o olhar doce e maternal proporcionou a mudança e o modo de enxerga-los”.

Além da força feminina no meio do cavalo, Andréa também representa a força de uma mãe. Mãe da paratleta Veri Real, Andréa não mede esforços para uma qualidade de vida melhor para sua filha, que nasceu com complicações devido a uma anóxia cerebral e lesões que a comprometeram numa tetraparesia espástica nível motor II, pitose bilateral, déficit de coordenação motora e falta de força muscular nos membros inferiores (MMII), estrabismo do olho esquerdo e déficit de memória.

Mas além das provas e criação, as mulheres também se fazem presente no empreendedorismo equestre. É o caso de Adriane Passos, Diretora do Grupo Cavalus, uma das maiores empresas de comunicação do meio.

“Penso há 25 anos atrás o quanto era difícil ser mulher nesse meio, quanto mais empreender. Hoje mudou muito, ocupamos um espaço completamente sem volta, o mercado equestre, o agronegócio é onde a mulher é completamente inserida e acho que essa inserção é devido a finesa no olhar que temos, que é muito profundo e seletivo e o cavalo precisa disso, dessa sensibilidade. Ser mulher no meio equestre é muito gratificante, sou muito feliz aqui como empreendedora e não escolheria outro lugar para estar, aqui é o meu lugar”, destaca Adriane.

Sem dúvida alguma, a mulher segue conquistando o seu espaço em todos os setores, se fazendo presente e contribuindo para um crescimento. O Portal Cavalus parabeniza todas essas mulheres, que alinham a força feminina sem perder a delicadeza nesse universo único que é o meio dos cavalos.

Por Heloísa Alves/Portal Cavalus
Foto de chamada: Reprodução/Pexel

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