Maior competição do Hipismo, o WEF distribuiu ao todo mais de US$ 9 milhões em prêmios

A principal disputa do último final de semana do Winter Equestrian Festival teve Brasil no pódio. Competições começaram dia 10 de janeiro e foram encerradas no domingo, 1° de abril, no Palm Beach International Equestrian Center, em Wellington, Flórida. Ao lado de representantes de mais de 40 países, a participação brasileira – que esse ano contou com cerca de 35 cavaleiros e amazonas entre profissionais, amadores e jovens talentos – já é uma tradição. E semana a semana os nossos atletas mostraram que o talento é nato. Em todas as 12 semanas, teve brasileiro no pódio. Seja em provas de menor calibre como as de premiação mais alta e grande visibilidade.
Para encerrar, vimos as cores da nossa bandeira tremular com importantes qualificações. No sábado, 31 de março, no GP 5* Rolex, a 1.55/1.60 metro, com U$ 500 mil em jogo, a maior fatia dos mais de US$ 9 milhões distribuídos ao longo dessa temporada, o top brasileiro Luiz Francisco de Azevedo, o Chiquinho, 33 anos, teve um grande resultado. Montando Comic, em sua segunda competição após uma após uma lesão que o tirou das pistas por um ano, garantiu o vice cruzando a linha de chegada sem faltas no desempate em 42s52.

Estiveram em pista 40 conjuntos top mundiais dos quais seis habilitaram-se ao desempate com armação da pista do brasileiro Guilherme Jorge, course-designer dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Na temporada passada (2017) do WEF, maior e mais longa competição do hipismo mundial, Luiz Francisco e Comic, um garanhão sela holandês filho de Verdi em Heartbreaker, de 11 anos, foram vice no GP Fidelity Investments, durante a quinta semana do evento. Logo depois, Comic se lesionou e ficou um ano longe das competições. Em seu retorno às pistas há uma semana, em 24 de março, garantiu o sexto posto no GP FEI 4*, a 1.60 metro.
“Meu sentimento hoje é realmente inacreditável, porque no ano passado também tive um ótimo resultado com esse mesmo cavalo”, comentou o brasileiro, um dos herdeiros do medalhista olímpico Luiz Felipe de Azevedo, o Felipinho. “Mas ele teve um pequeno acidente e tivemos uma longa interrupção. Certamente o Comic ainda não está em sua melhor forma, mas ao ficarmos em segundo lugar nessa prova, mostra o quão especial ele. Isso é uma grande vitória para mim”. Chiquinho reforça que o cuidado foi extremo na hora de escolher a melhor data para volta-lo às pistas. O objetivo dele é integrar o Time Brasil nos Jogos Equestres Mundiais.

Sagrou-se campeã neste GP a norte-americana e aniversariante Margie Engle, em plena forma aos 60 anos, apresentando Royce, pista limpa, 39s356. Em terceiro lugar chegou o irlandês Conor Swail, com Rubens Ls La Silla, uma falta, 40s179.

Na abertura da 12ª semana, na quarta, 28, com Magnolia Mystic Rose, José Roberto Reynoso Fernandez Filho venceu prova FEI 5*, a 1.45 metro, e com Zambia Mystic Rose, foi em primeiro lugar em em prova FEI 5*, a 1.40 metro. Ambas as éguas são de propriedade do Haras Rosa Mystica, de Nilson Leite, e foram formadas no Brasil pelo cavaleiro Bartholomeu Bueno de Miranda, o Totty. Passaram para o medalhista olímpico Doda Miranda em outubro 2017 e há cerca de um mês estão com Zé Roberto.
Foram 66 conjuntos top mundiais em pista na prova FEI, 1.45 metro, 39 habilitaram-se ao desempate e nada menos que 25 voltaram a zerar. Zé Roberto levou Magnolia Mystic Rose, filha de Zirocco Blue VDL em Majorca Toc, à vitória cruzando a linha de chegada na imbatível marca de 25s711. “A Magnolia ainda não tem muita experiência em GPs, mas é muito boa”, destacou Zé Roberto, que está no WEFE pelo segundo ano consecutivo. “Eu gostaria de conseguir competir aqui todos os anos e se tiver um bom patrocinador, fico. Esse evento é incrível, um dos melhores do mundo, pode estar aqui é um sonho que se tornou realidade”.
Na sexta-feira, 30, a tropa de elite do hipismo brasileiro dominou o placar na prova de velocidade FEI5*, a 1.45 metro. Montando a craque Sharapova Império Egípcio, uma filha de Baloubet du Rouet, Francisco Musa, tetracampeã brasileiro senior top, garantiu a vitória sem faltas em 58s08, único conjunto que andou abaixo da casa dos 60 segundos. Em segundo lugar chegou o cavaleiro olímpico do Brasil Eduardo Menezes, apresentando Caruschka 2, pista lipa, 60s97. Em mais um importante resultado para o Brasil, Yuri Mansur apresentando Vitike foi 6º colocado, sem faltas, 62s97. Participaram da disputa 48 conjuntos top mundiais.
Colaboração: Assessoria CBH
Fotos: PBIEC