Com inúmeros títulos no Brasil, ídolo de várias gerações, a amazona saiu da sua zona de conforto ao mudar de país
Há dois anos nos Estados Unidos, Keyla Polizello começou a formar conjunto com Spotligh Ta Fame no final do ano passado. Chegaram até a ganhar um rodeio juntas, em Fort Worth, Texas. Com o começo de 2018 e a conquista do Card, que é o acesso permanente aos rodeios de elite da Professional Rodeo Cowboys Association, a brasileira comemora boas apresentações em diversas arenas diferentes nesse começo de temporada. “Qualquer rodeio que vamos é sempre muito apertado, muito cavalo bom e muita menina boa. Quando consigo uma boa passada, fico feliz demais, mesmo que não consiga ficar na zona de premiação. Evoluir com a Índia, formar conjunto, ganhar estrada aqui é muito importante também”, comenta ela.

Entre outros títulos, Keyla é hexacampeã do Barretos Internacional, compete há mais de 25 anos, mas lá nos Estados Unidos a disputa é contra campeãs mundiais, por exemplo. Competidoras que estamos acostumados a ver ganhando cem mil de premiação por um título. É preciso suar a camisa. “É muito difícil e qualquer erro, por mínimo que seja, tira a gente do dinheiro (chance de premiar)”.
Foram poucos rodeios nesses primeiros três meses, mas com boas corridas, e esse é justamente o motivo da felicidade de Keyla. Entre os rodeios que ela correu, está o Horse Show em Houston, Texas, uma das grandes provas dessa temporada de inverno. Ela acabou derrubando um dos tambores, mas seu tempo, limpo, lhe daria um quarto lugar, classificando a égua para o mundial. Dos rodeios que ela faz questão de citar, em Mercedes, Texas, marcou 15s54; em Goliad, Texas, sexto lugar no slack e no geral em 13°, 15s99; em Belton, Texas, o tempo foi 16s06; e em Lubbock, Texas, o mais recente, 14s32.

A rotina de treinos e viagens é intensa. Keyla e o noivo, o campeão mundial de Laço Individual Marcos Alan Costa, cuidam sozinhos dos cavalos nas competições e de todos os afazeres do rancho. “Eu conto com alguns patrocínios que me ajudam muito e meu próprio dinheiro para bancar os custos da minha égua e das viagens, inscrições. Chegar um rodeio e dar de cara com várias campeãs mundiais e ficar no meio, é muito gratificante. Eu choro, me emociono, pois me dedico muito a isso”. E os planos são de continuar trabalhando para que outros bons resultados cheguem!
Por Luciana Omena
Fotos: arquivo pessoal