Em Paris 2024, Juliana Maria Ramalho de Freitas, veterinária da Federação Equestre Internacional (FEI) desde 2007 e nível 4 máximo desde 2022, é a única brasileira integrante da comissão veterinária marcando sua quarta participação olímpica. Juliana, diretora veterinária da Confederação Brasileira de Hipismo entre 2017 e 2020 e chefe veterinária do Brasil na FEI de 2017 a 2021, atuou na comissão veterinária nos Jogos Equestres Mundiais 2022, na Dinamarca, foi Gerente de Serviços Veterinários no Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 bem como integrou a equipe de serviços veterinários nos Jogos Olímpicos de Londres 2012. Juliana também foi a veterinária oficial do Time Brasil de Hipismo Completo durante os Jogos Olímpicos de 2008 na China e nos Pan-americano 2017 no Rio de Janeiro.
Juliana falou de suas expectativas para os Jogos, especialmente, abordando a importante perspectiva veterinária. “Para o hipismo, as Olimpíadas representam um momento crucial de reconhecimento e valorização, destacando-se como o único esporte que depende da sinergia entre um atleta humano e um atleta animal. A visibilidade oferecida pelos Jogos contribui significativamente para o crescimento do hipismo, inspirando novas gerações de cavaleiros ao redor do mundo”, resume a brasileira que chegou em Versailles, local do hipismo nos Jogos, em 24/7.
“No entanto, sabemos que a prática do hipismo vem sendo cada vez mais questionada em termos de bem-estar animal e a grande visibilidade dos Jogos também traz um público que não é familiarizado com o esporte, o que torna esse questionamento ainda maior. Neste contexto, a presença e o trabalho dos médicos veterinários são essenciais. Nossa responsabilidade vai além do cuidado clínico: somos os guardiões da saúde e do bem-estar dos cavalos, garantindo que suas necessidades físicas e emocionais sejam atendidas. É nosso dever assegurar que os cavalos compitam em condições seguras e justas, protegendo-os de qualquer forma de abuso ou exploração”, ressalta Juliana.
Importância da comissão veterinária nas Olimpíadas
“O papel do veterinário no hipismo é vital para o futuro do esporte. Nossa atuação é a garantia de que o hipismo pode continuar a ser praticado de forma ética e sustentável, respeitando os animais que o tornam possível. Este compromisso com o bem-estar animal sustenta a integridade do hipismo e assegura sua continuidade e evolução. Sinto-me profundamente honrada e consciente da grande responsabilidade que me foi confiada. Representar o Brasil em um evento de tamanha importância é um privilégio e um compromisso com a excelência e a dedicação ao bem-estar dos nossos incríveis atletas equinos”, garante Juliana.
“Minhas expectativas para os Jogos Olímpicos são elevadas. Estou ansiosa para contribuir com meu conhecimento e experiência, trabalhando ao lado de colegas internacionais para garantir que cada cavalo receba o melhor cuidado possível. Acredito que juntos podemos promover o hipismo de forma ética e responsável, reforçando a importância do bem-estar animal em todas as nossas ações”, complementa a conceituada profissional, formada pela UFMG e mestrado na UNESP de Jaboticabal. “Esta será minha quarta participação em uma Olimpíada, mas cada vez é especial à sua maneira. Paris 2024 tem um significado único para mim, tanto profissionalmente quanto pessoalmente, e estou profundamente grata pela oportunidade de contribuir para o sucesso e o bem-estar dos nossos cavalos.”
Por Assessoria de Imprensa CBH
Foto: Divulgação/CBH
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