Kiki Benevides ‘zerou’ no Congresso ABQM

Uma das atletas mais versáteis do Quarto de Milha, a amazona participou de provas em seis modalidades

Uma paixão avassaladora! Assim define Ana Cristina Benevides Chiattone, a nossa Kiki, sobre o seu recente contato com a modalidade Apartação. Nascida em uma família do cavalo, seu avô colocou a Fazenda Pantaleão em destaque, ela monta e compete desde muito cedo. Seu amor por cavalos a levou a conhecer pessoas, lugares e fazer muito amigos. Até o amor o cavalo lhe deu. E não somente pela competição e convivência com esses seres incríveis, mas falo de verdade mesmo, ela namora há dez meses José Pinfildi Neto, que é apartardor.

Mas a Apartação já rondou a vida de Kiki antes. Em 2006, curiosamente em um Congresso da ABQM, ela competiu a pedido de Kenny Knowlton, ficando em terceiro lugar. “Treinei duas vezes na bandeira e já fui para prova. Tinha uns 50 competidores e foi muito emocionante. Também fiz Rédeas esse ano e as pistas nem eram cobertas ainda”, relembra a competidora.

A ideia de voltar a entrar em uma pista da modalidade surgiu há pouco tempo. “Viajei um final de semana antes de fecharem as inscrições do Congresso para Conchas/SP, na fazenda do meu namorado. Ele faz Apartação e foi apartar, treinar, já que um dos treinadores dos cavalos dele mora na fazenda. Então o acompanhei no treino e montei também, treinei um pouco na bandeira. Fizemos também um pouco de Ranch Sorting, que eu também competi pela primeira vez esse ano no Congresso. Aí fiquei enlouquecida, me apaixonei”.

No Ranch Sorting

Há alguns meses ela vem frequentando as provas de Apartação e todo mundo sempre perguntando quando ela ia para a pista. A vontade ainda não tinha despertado até esse fim de semana. “Quando eu montei na casa do meu namorado, fiquei doida, e decidi que queria fazer de qualquer jeito. Ele me ofereceu o cavalo dele para eu competir na Principiante e fiz a inscrição”. Kiki acabou nem conseguindo treinar antes, pois o cavalo machucou e teve que se resguardar para recuperar a tempo. Ela montou um pouco em outro cavalo, só para não ir muito sem treinar nada para a prova.

No Performance Halter

E o dia para valer foi no seu aniversário, 29 de abril. Ela terminou o evento em terceiro lugar na Amador Principiante pensando que foi o melhor presente que poderia ter ganho. “No dia da prova foi sensacional, nem consigo explicar. Estava ansiosa, na expectativa para saber como ia ser. Foi a primeira vez que montei no Ace, pegando todas as dicas, comandos, pernas, mão. Não tinha ninguém com uma sela do meu tamanho, então arreamos uma sela do meu namorado, mas sentimos que ela estava grande. Trocamos, mas a outra sela não deu estribo. Uma correria, pois eu era a segunda a entrar, mas deu tudo certo”, conta Kiki dizendo que seu treino foi assistindo muito vídeo, conversando muito com o namorado, para saber o que tinha que fazer, como tinha que ser dentro da pista.

Além da ajuda incondicional do José, Kiki teve o auxílio da família Taboga. “Eles foram incríveis comigo, são sensacionais. O Rodrigo não é à toa que é o melhor do Brasil hoje, o profissionalismo dele e toda a ajuda que ele me deu. Entrou comigo na pista para rebater e me deu tanta dica, foi demais. Carlão também, um professor dez. Agradecer a paciência que eles tiveram comigo lá, porque eu não sabia de nada. Eu prestei atenção em tudo, em todos os detalhes, para fazer tudo que eles estavam me falando. Quando acabei a prova, coloquei a mão na boca e pensei: ‘meu Deus, o que foi isso, que maravilhoso que foi’”.

No Western Pleasure

Foi a primeira vez que ela competiu em tantas modalidades em um só evento da ABQM. Na segunda, Rédeas; na terça, Western Pleasure; na quarta, Ranch Sorting; no sábado, Três Tambores e Performance Halter; fechando o domingo com a Apartação. “Foi maravilhoso, não tem o que falar. Foi uma das melhores provas que já fui na minha vida, foi uma semana feliz. Entre erros e acertos, descobri o Ranch Sorting e a Apartação, que está sendo uma paixão descontrolada. É isso que eu amo, montar cavalo, participar de prova, não importa a modalidade. Foi tudo muito de coração e foi muito muito multo maravilhoso esse Congresso”.

Agora ela tem a certeza de que continuará se dedicando à Apartação, mas ainda não tem uma programação quanto as competições. Precisa de uma sela, em primeiro lugar, e depois de um cavalo. Mas a ideia e montar e treinar até que isso se resolva. Da nossa parte, esperamos vê-la novamente brilhando, seja em que modalidade for. A ‘cowgirl all-around’ mais dedicada, cavaleira e apaixonante que o público pode ver em ação!

Por Luciana Omena
Fotos: cedidas/ABQM/arquivo pessoal

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