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Algumas raças de cães de pastoreio usadas na lida dos cavalos com gado

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Quem já presenciou um Border Collie ou um Kelpie tocando o gado em ajuda aos cavaleiros em uma propriedade, certamente, se apaixonou!

 Estamos acostumados a ver cachorros das raças Border Collie ou Australian Kelpie fazendo companhia para seus donos nos eventos equestres ou tocando boi em ranchos, fazendas ou centros de treinamento. Mas você conhece a história desses chamados cães de pastoreio? Origem e história do Border Collie? Se a resposta for não, continue lendo com atenção. Se a resposta for sim, adicione um pouco mais de conhecimento.

O Border Collie se originou na Grã-Bretanha, e na Escócia como muitos pensam. Quem nos conta é Liliane Morriello, especialista em adestramento de cães de pastoreio, do rancho Look North, em Ibiúna/SP. A razão porque tantas pessoas acreditam que essa raça vem da região da fronteira – Border -, é porque o nome Border Collie foi dado numa referência aos condados da fronteira, entre Inglaterra e Escócia.

A primeira evidência escrita sobre o Collie de trabalho é datada do século 15, em um documento que exalta o cão dos homens do campo e a grande ajuda que eles representavam ao dono. Nos séculos 15 e 16, a Grã-Bretanha estava em Guerra e as provisões para os grandes exércitos eram levadas a pé por cada batalhão, já que se tratavam de vacas, bois, ovelhas, cabras e galinhas. Esses animais eram conduzidos junto com as tropas abastecendo todos os combatentes. Sem a ajuda dos cães a organização desse formato teria sido praticamente impossível.

Na virada do século 18, muito se falava também que para a vida nas terras montanhosas da Inglaterra e da Escócia o Collie de trabalho era extremamente necessário, na condução dos rebanhos de ovelhas ao Mercado. Nessa época eram conhecidos como Collie Dogs. Os cachorros passaram a ser usados também, por volta de 1873, para competições. A primeira prova de pastoreio da história aconteceu no País de Gales, que acabou tornando-se referência para esse tipo de animal.

Em 1906 nasceu a International Sheep Dog Society, formada para governar o mundo do cão de trabalho. Com todo conhecimento adquirido ao longo dos anos, em 1918 o prefixo ‘Border’ começou a valer e a expressão Collie Dog desapareceu oficialmente. Anos mais tarde, em 1955, a formação da raça passou a ficar mais séria com a implantação do primeiro Stud Book oficial. Neste primeiro livro encontra-se o registro número um: Old Maid e o número nove, Old Hemp, dois cães considerados os avós dos Border Collies que conhecemos hoje em dia.

Só em 1970 os primeiros Border Collies foram exportados para a parte continental da Europa e, subsequentemente, para vários países ao redor do mundo. Os padrões raciais foram sendo definidos. Um salto para a raça foi o World Trial (campeonato mundial), em 2002, realizado com mais de 20 países e 240 cães competindo. O Collie Dog se desenvolveu simultaneamente em todo o território Britânico e tem toda diversidade de tamanho, pelagem e cores presentes na raça Border Collie atual.

Através do instinto, que é nato da raça, os Border Collies são apaixonados pelo trabalho de campo e tem um dom natural para conduzir rebanhos, seja de ovelhas, seja de gado, por exemplo. Há o trabalho de trazer o rebanho para perto do condutor e o outro em que o cachorro deve levar o lote para longe do condutor.

Os cães de Heading são os que arrebanham e trazem o lote para o condutor, visando a lida do rebanho no curral para pesar, vacinar, tratar, etc. Os cães de Driving devem conduzir o rebanho para longe do condutor, em qualquer direção desejada. Os comandos para que tudo isso possa dar certo são de voz ou apito.

Para manter um companheiro fiel e que ajude no trabalho do seu rancho, procure um adestrador e especialista, que irá te ajudar a treiná-lo da forma correta, para que ele permaneça saudável e ativo por muitos anos.

Por Luciana Omena
Colaboração e Fotos: José Couto Neto

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