A 41ª edição da prova aberta de Team Roping mais rica do mundo aconteceu em Reno, Nevada, de 18 a 21 de junho
Quando a bandeira baixou validando o tempo do round final da categoria The Feist, no Bob Feist Invitational 2018, um pezeiro de 24 anos, de Las Vegas, Novo México, fez a volta da vitória em frente a uma multidão que lotou a arena do Reno Livestock Event Center. A prova que iniciou o evento aconteceu no primeiro dia de competições, 18 de junho, entre 40 duplas dos melhores laçadores do mundo. Cade Passig entrou para receber os prêmios e fazer as fotos iniciais depois de conquistar a maior vitória de sua jovem carreira. A dupla somou 43s34 em seis rounds e levou US$ 122.000,00.
Tudo o que ele conseguia pensar era que precisava ligar para seu pai, Shotgun. Antes de voltar para a arena para as dezenas de entrevistas e fotos que se seguiriam, Passig saltou do cavalo, com as mãos na cabeça, e ficou olhando, tentando descobrir o que acabara de fazer. Conseguiu finalizar os seis bois junto com Chris Francis e ficou paralisado. Depois dos minutos iniciais, ficou sozinho no corredor e os outros laçadores, como Joel Bach, o cercaram de parabéns.
Chris Francis“Eu não sabia o que fazer”, disse Passig. “Eu estava tentando ligar para o meu pai, mas ele não atendia o telefone. Fiquei tentando assimilar o que tinha acabado de acontecer”. Francis e Passig chegaram ao short go e olharam para o lado, só feras, incluindo as duplas que acabaram ficando em segundo, terceiro e quarto lugares, respectivamente, Bubba Buckaloo e Tyler Worley, Clay Smith e Paul Eaves, Kaleb Driggers com o brasileiro Junior Nogueira.
“Apenas continuamos fazendo o que sabíamos e tudo continuou funcionando”, disse Francis. Os dois representaram a Mathews Land and Cattle, do proprietário Oren Mathews, para quem eles trabalham domando potros e correndo provas como as etapas da World Series of Team Roping e USTRC. Eles se conhecem desde que Passig tinha dois anos e Francis tinha 16 anos, e trabalham juntos há cinco anos. As famílias são amigas, e quando Francis estava na faculdade, mudou-se para morar com os Passigs.
Quando o pai de Passing finalmente atendeu o telefone, a emoção foi grande. Quando o jovem decidiu que queria seguir essa carreira, teve total apoio da família, começou a treinar em casa, o pai comprou um trailer maior. Como não tinham outra fonte de renda, tinha que ganhar dinheiro nas provas para continuar no circuito. Francis e Passing tiveram Shotgun como o grande mestre deles, nos treinos e nos muitos meses de estrada em competições. Para o BFI 2018, o chefe deles, Oren, foi outro grande apoiador. Foram para a prova com menos pressão que nos demais anos e deu tudo certo.
Cade PassigPassig montou um castrado que ele chama de Doc Holliday, que ele treina desde potro e que esteve com ele sempre nas suas viagens pelo país com seu pai. O cavalo é o único que ele já montou no BFI. Francis se apresentou em um castrado de 12 anos chamado Dude, que ele comprou do seu amigo Kaleb Driggers.
A programação deles é para ir a dez rodeios agora depois de Reno, mas ficarão mais perto de casa nesse verão, indo a jackpots e não a muitas etapas da PRCA. Para eles, é uma questão de grana mesmo. Precisam focar mais em seu trabalho e ficar meses fora de casa não é uma opção. Mas certamente todos agora sabem quem são Chris Francis e Cade Passig depois desse 18 de junho de 2018.
Foram US$ 800.000,00 de prêmio só para essa categoria, contando a premiação das 15 duplas finalistas e também os prêmios dados em cada round. Além do brasileiro Junior Nogueira que terminou muito bem em quarto lugar, essa prova também teve nomes como JD Yates, Dennis Watkins e Mike Beers, que estiveram em todas as 41 edições, Matt Sherwood, Clay Cooper, Clay Smith e Paul Eaves, os líderes do ranking mundial, entre outros.
Os resultados completos e os campeões das demais categorias no www.bfiweek.com.
Por Luciana Omena
Fonte: Chelsea Shaffer/ The Team Roping Journal
Fotos: The Team Roping Journal