Três Tambores & Seis Balizas

Joyce Loomis fala como ser mais eficiente nos Três Tambores

Publicado

⠀em

A treinadora norte-americana é muito admirada pelos brasileiros. Confira as dicas que ela compartilhou em uma de suas passagens por nosso país

Compartilhar conhecimento é uma grande virtude. A multicampeã dos Três Tambores, Joyce Loomis, está sempre disposta a dividir tudo o que sabe sobre treinamentos de cavalos e o esporte com pessoas menos experientes. Prova disso é que ela ministra inúmeros cursos sobre o assunto.

Joyce no Brasil

Por diversas vezes ela esteve no Brasil e pôde passar seus ensinamentos. Em um desses workshops, ela citou cinco dicas para cowboys e cowgirls serem mais eficientes nos Três Tambores e aprimorarem a relação com seus animais para constituírem um ótimo conjunto. Confira!

  1. A chave é conhecer seu cavalo

“Tudo o que fazemos no tambor, precisamos preparar antes de entrar”, afirmou a treinadora, que reforçou que pegar o timing do animal e formar um conjunto leva tempo e é preciso experiência, ir para diversas provas até estarem em perfeita sintonia.

  1. Campeões seguram no pito da sela

É cultural no Brasil os competidores acharem que quem segura no pito da sela é um mau cavaleiro. “Eu nunca vi um campeão que não segura no pito da sela. Ao segurar no pito, os competidores ganham mais equilíbrio, ficam mais firmes e não saem do giro saltando na sela. Balançar na boca do cavalo e sair quicando em cima dos rins do cavalo é ser um mau cavaleiro”, afirmou Joyce. Entretanto, ela reforçou dizendo que se o competidor é acostumado a correr com as duas mãos nas rédeas e isso lhe traz bons resultados, ele deve continuar fazendo assim, e completou: “em time que está ganhando não se mexe”.

  1. Foco na transição

Transição, segundo a Joyce, é no momento do giro, quando o competidor reúne, alivia a pressão das rédeas, indica e auxilia com as mãos o giro. “Se a transição é brusca, o giro fica prejudicado. Não queremos ver a garupa rodar, queremos ver os pés acompanhando o rastro das mãos”, disse a treinadora.

 

  1. Ponto de equilíbrio

Existem posições corporais ideais para cada tipo de esporte, seja Futebol, Vôlei ou Três Tambores. “Quem monta também tem uma posição correta de corpo, e o equilíbrio é o ponto de gravidade do cavalo, ou seja, a cernelha. Se você joga seu corpo para um lado ou outro, para frente ou para trás, coloca seu cavalo em uma posição diferente. Por isso, a sela é importante para deixar os pés na linha do corpo, nem para frente nem para trás. Não queremos estar para trás nem para frente, queremos estar em cima, no ponto de equilíbrio. A sela é algo muito importante, ela não pode ser uma preocupação para o competidor. Ele precisa estar encaixado nela”, frisou Joyce.

  1. Auxilie seu cavalo

Joyce citou as ajudas naturais e artificiais que os cavaleiros podem usar para auxiliar seu cavalo na hora da prova. “As naturais são: voz, corpo, pernas e mãos. As artificias são: gamarra, espora e reio. “Não podemos auxiliar muito com os artificiais. Deve haver um equilíbrio no auxílio de ferramentas naturais e artificiais. E o mais importante é saber o momento certo de usar cada uma delas”, acrescentou a treinadora.

Quando foi campeã em 1970

As cinco dicas foram proferidas por Joyce durante uma clínica que ministrou no Haras Raphaela em 2016.

Joyce Loomis

A veterana nos Três tambores possui mais de 40 anos de experiência na modalidade. Seu primeiro título mundial foi conquistado na NFR de 1970. De lá para cá ela soma diversos ganhos, mais de cinco títulos mundiais, seis pela AQHA, entre tantos outros rodeios que se destacou. Joyce ministra cursos por todo Estados Unidos e em outros países. Já passou algumas vezes pelo Brasil, inclusive, incentivou a criação da Associação Brasileira dos Treinadores de Tambor e Baliza (ABTB).  Ela também escreve diversos artigos para a imprensa americana e estrangeira.

Texto e Fotos: Juliana Antonangelo

WordPress Ads
WordPress Ads