Crioulo

Freio de Ouro registra primeiro bicampeonato na história

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JA Libertador repete conquista de 2015 e vence pela segunda vez entre os machos enquanto entre as fêmeas o título ficou com a égua Independência do Espigão

O tempo colaborou para que mais de 30 mil pessoas prestigiassem na tarde deste domingo, dia 26 de agosto, a final do Freio de Ouro 2018, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio/RS, na região metropolitana de Porto Alegre. As provas finais de mangueira, bayard-sarmento e de campo foram realizadas por 28 conjuntos, sendo 14 machos e 14 fêmeas.

As provas, promovidas pela Associação Brasileira dos Criadores de Cavalos Crioulos, fizeram parte da 41ª Expointer, de 23 a 26 de agosto. A Feira, uma das maiores da América Latina para o setor agropecuário, termina só no próximo dia 2. Ao todo, competiram 104 conjuntos, sendo os 96 selecionados nas classificatórias e mais os oito melhores colocados na última ExpoFICCC.

Pela primeira vez em 37 anos de história do Freio de Ouro, um exemplar da categoria dos machos conquistou o bicampeonato da competição. JA Libertador já havia alcançado o título em 2015. O exemplar do Condomínio JA Libertador, formado pelos estabelecimentos HG, SNC, Solofino, Tamareira, Santa Larissa e Serrana, guiado pelo ginete Guto Freire, obteve média de 22,394.

Freio de Ouro

JA Libertador

Ele destacou que o campeão apresenta as qualidades que o Freio de Ouro busca selecionar. “Tem morfologia, andadura, temperamento, força, habilidade, é bem domado, cavalo com muita saúde”, afirmou. Onécio Prado Junior, da Estância Tamareira, lembrou que o cavalo ganhou o Freio de Prata da FICCC e agora com mais esta conquista, mostrando o seu potencial extraordinário alcançando uma pontuação fabulosa. “É uma alegria ganhar este título com um animal muito dócil, equilibrado e boa morfologia”, observou.

Colibri Matreiro, JA Libertador e Peñarol da Boa Vista eram os favoritos antes da competição começar, por seus desempenhos nas credenciadoras e classificatórias. E não decepcionaram, apenas trocaram de posições no ranking final. O segundo lugar ficou para Peñarol da Boa Vista, com média 22,151, apresentado por Fábio Teixeira. E Colibri Matreiro terminou em terceiro, com o ginete Gabriel Marty, teve média final de 21,601

Freio de Ouro

Colibri Matreiro entrou na competição com média superior a 22 pontos

A vencedora das fêmeas foi Independência do Espigão, da Cabanha Espigão, de Canoinhas/SC, guiada pelo ginete Daniel Teixeira, com média de 20,907. A emoção tomou conta do criador e expositor José Ademir Pereira, que vence pela primeira vez um Freio de Ouro, depois de dez anos competindo.

Sem conseguir conter o choro, afirmou ser emocionante estar em Esteio, o recinto do Cavalo Crioulo. “Mansidão e função ajudaram a nossa égua a vencer e com pouco treinamento. Estou muito feliz e dedico esta vitória à minha família”, destacou.

Freio de Ouro

Independência do Espigão

O ginete que montou Independência do Espigão, Daniel Teixeira, observou que a vitória é o resultado do trabalho de uma equipe. “Só quem vive o dia a dia sabe a jornada que traz até aqui e como é trabalhoso”, afirmou. “Ela é diferente, craque, aceita tudo, tem um temperamento impressionante, tem tudo que se procura numa campeã”, complementou.

AM Gaita e Carlota de São Pedro, as favoritas nas fêmeas, não chegaram entre as três primeiras colocadas. O Freio de Prata esse ano ficou para Cambraia Cala Bassa, apresentada por Marcelo Rezende Móglia, com 20,357. E o Freio de Bronze foi para Ambiciosa Dos Castanheiros, média 19,823, montada pelo ginete Mauro Villamor.

Para César Hax, jurado das fêmeas, o ponto forte da campeã Independência do Espigão é a sua regularidade. De acordo com Felipe Maciel, jurado dos machos, o mesmo fator colaborou para a vitória de JA Libertador. Para ele, além de manter notas altas, o exemplar destacou-se pelo temperamento dócil. Maciel lembrou que, pela exigência do Freio de Ouro, não é fácil vencer a prova duas vezes.

Em avaliação, o presidente da ABCCC, Eduardo Suñe, disse que o Freio de Ouro 2018 foi um evento para ficar na história, tendo pela primeira vez um cavalo ganhando o bicampeonato. Garantiu que a prova ficará na memória de todo o associado, de todo o criador, de todo o apaixonado pelo cavalo.

“É um evento que mexe muito com as pessoas e reúne um grande público. Para chegar até aqui, 23 mil exemplares correram esse ciclo passado e aqui foram sacramentados os quatro melhores machos e as quatro melhores fêmeas. É a maior competição hoje de cavalos do mundo e amanhã já estaremos pensando o Freio 2019”, sinalizou.

Outras informações: www.abccc.com.br.

Colaboração: AgroEffective Comunicação
Fotos: Fagner Ameida (Fêmeas) e Felipe Ulbrich (Machos)

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