Jogos Equestres Mundiais é a ‘Copa do Mundo’ do Cavalo e acontece até amanhã em Mil Spring, Carolina do Norte, Estados Unidos
Competindo no Adestramento Paraequestre desde 2016, ano em que integrou o Time Brasil nas Paralimpíadas do Rio, Rodolpho Riskalla montando Don Henrico levantou a torcida no Tryon International Equestrian Center.
Rodolpho em ação com Don Henrico no trote alongadoNa terça, 18 de setembro, ele conquistou a primeira medalha da modalidade para o Brasil em Jogos Equestres Mundiais. O conjunto participou da primeira disputa na programação do Adestramento Paraequestre, a prova técnica Grau IV, registrando o 73,415% de aproveitamento.
Menos de um ponto atrás da campeã Sanne Voets/Demantur N.O.P, da Holanda, que fechou sua apresentação com 73,927%. O bronze ficou com Susanne Jensby Sunesen/CKS´s Que Paire (73.146), da Dinamarca. Participaram da disputa 12 atletas de dez países.
Com clima oscilando entre fortes chuvas e muito calor, ainda sob efeito do furacão Florence, Rodolpho comentou sua conquista. “Estou até sem palavras. Foi perfeito. Fiquei com um pouco de medo do meu cavalo se cansar com a umidade e as altas temperaturas, mas ele foi ótimo”.
Merecida comemoração do medalhista Rodolpho RiskallaAgora ele só quer comemorar! Rodolpho integra o Time Brasil ao lado dos medalhistas paralímpicos Sérgio Froes Oliva e Marcos Fernandes Alves, o Joca, e Vera Lúcia Mazzili, amazona mais velha a postos no Adestramento Paraequestre em Tryon.
Estreante em Jogos Equestres Mundiais, Riskalla compete no Adestramento desde os oito anos, incentivado e treinado por sua mãe, a juíza e treinadora Rosangele Riskalla. Bicampeão Sul-americano, tricampeão Brasileiro e único atleta do país em uma F.E.I. World Breeding Dressage Championships for Young Horses (2013), Riskalla sonhava em integrar a equipe brasileira nos Jogos do Rio 2016.
Conseguiu, mas na Paralimpíada, em uma história de coragem e superação. Depois de passar temporadas na França e na Alemanha em busca de aperfeiçoamento técnico, em 2015 Riskalla contraiu meningite bacteriana. A luta pela vida foi intensa, inicialmente fazendo tratamento em São Paulo e depois em Paris, onde teve que amputar a parte inferior das duas pernas, a mão direita e parte dos dedos da mão esquerda.
Brasil muito bem representando no 1º pódio do Adestramento ParaequestreOutro atleta que competiu no mesmo dia foi Marcos Fernandes Alves. Montando Vladimir representou o Time Brasil Paraequestre no Grau II, registrando 64,412% de nota média final e o sexto lugar na disputa que reuniu nove atletas de nove países.
O Brasil encerra sua participação no WEG de Tryon 2018 com disputas no Salto. Todas as informações: www.tryon2018.com ou www.fei.org.
Colaboração: Assessoria CBH
Fotos: Luis Ruas/CBH