Depois de três desafios e com 6.824 pontos somados na média geral, equipe verde amarela se despediu dos Jogos no sábado, 22
O equilíbrio, a beleza nos movimentos, o sincronismo entre atletas e o animal, garantiram o show da final da apresentação do Volteio. Esporte que remete a ginástica sobre cavalo teve sua conclusão no final da tarde do penúltimo dia de disputas dos Jogos Equestres Mundiais 2018, na Arena Christie’s International Real Estate.
Desde a estreia da modalidade no Tryson International Equestrian Center, na Carolina do Norte, Estados Unidos, o principal adversário do Brasil foi a Grã-Bretanha. As duas equipes disputaram ponto a ponto a posição na classificação nas três provas que participaram. O Brasil chegou a ficar à frente na segunda série de exercícios livres, e último desafio da modalidade, mas não foi suficiente.
Time Brasil de Volteio em ação no WEG 2018Com apenas 13 centésimos de diferença, os súditos da rainha Elizabeth levaram a melhor somando 6.837 pontos contra os 6.824 pontos do Brasil. Terminamos em nono 9º lugar na classificação geral.
A equipe brasileira, toda formada por representantes de São Paulo, contou com três volteadores que já tinham participado dos Jogos – Fernanda Dib Gabriel, Olivia Tavares Vieira da Cunha e Nicolas Martinez Valência – e três estreantes – Luana Maceiras Astolfi, Manuela Bastos Delgado e Manuela de Paula Souza Chade. Na reserva estavam Clara Zerwes Tremblay e Giovanna M. G. Pimentel.
Equipe brasileira deixando a arena após 1ª série Estilo LivreA disputa pelo pódio por equipes começou na terça-feira, 18, com a prova com movimentos obrigatórios e apresentação individual de todos os atletas. Nesta série o time Brasil somou 6.045 pontos e ficou em nono lugar.
A segunda reprise, na quinta-feira, 20, primeira da série de exercícios livres, conhecida como freestyle – apresentação acompanhada de um ritmo musical – a nota do time subiu para 6.992 pontos e o Brasil terminou a parcial em oitavo lugar.
Comemoração brasileira após apresentação no Estilo LivreNo sábado, 22, último desafio e a segunda série de exercícios livres, o Brasil com 7.436 pontos ficou em nono lugar, superando a nota dos britânicos (7.255), que caíram para a décima colocação. Perdemos na soma das três provas, a média final.
O aprimoramento técnico e a performance dos atletas foram destacados pela chefe da equipe brasileira, a ex-volteadora Maria Luiza Giugni. Malu enfatizou, ainda, que houve “evolução na nota de exercícios obrigatórios, que é muito importante”.
Treinada pela alemã Agnes Werhahn, detentora de vários títulos mundiais e alemães, a equipe brasileira contou como ‘lunger’ a norte-americana Kimberlly Wellmann. Ela é proprietária da égua Lunar Eclipse, montaria do time. Animal que já foi eleito o ‘melhor cavalo’ da equipe canadense de Volteio. A equipe verde amarela também contou com outra preciosa colaboração na organização, o canadense Todd Griffiths.
A Alemanha faturou a medalha de ouro por equipes, com 8.638 pontos; a Suíça com 8.433 pontos ficou com a prata; e a Áustria com 8.198 pontos levou o bronze. Os três países trocaram de posição desde o início.
Time da Alemanha. Foto: FEINa disputa individual, a Alemanha faturou quatro das seis medalhas. Entre as mulheres, com participação na final de 14 atletas de sete países, a medalha de ouro foi conquistada por Kristina Boe montando Don de La Mar, da Alemanha, com 8.388 pontos; a prata também ficou com outra alemã, Kanika Derks/Carousso Hit (8.374); e a medalha de bronze foi para a austríaca Lisa Wild/Fairytale (8.363).
Entre os homens, com participação na final de dez atletas de seis países, a medalha de ouro foi conquistada pelo francês Lambert Leclezio/Poivre Vert com 8.744 pontos; a Alemanha ocupou os outros dois lugares no pódio: a prata de Jannik Heiland/Dark Beluga (8.606) e o bronze de Thomas Brüsewitz/Danny Boy Old (8.533).
Time Brasil de Adestramento ParaequestreEssa foi a sexta vez que o Volteio do Brasil esteve nos Jogos Equestres Mundiais. Em Kentucky 2010, o sexto lugar por equipes foi o melhor resultado do Brasil até o momento.
Em tempo, o Time Brasil de Adestramento Paraequestre faz sua melhor campanha na ‘Copa do Mundo’ do cavalo com duas medalhas de prata individual, as duas de Rodolpho Riskalla, e sétimo lugar por equipes.
Colaboração: Assessoria CBH
Fotos: Luis Ruas/CBH