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O ângulo certo com Beto Negrão

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Um dos profissionais que mais cresceu no meio do cavalo registrando as emoções de importantes provas

Há alguns anos, via-se o fotógrafo sentado em uma cadeira, sob guarda-sol, com máquina fotográfica. Estes três objetos eram transformados em escritório por Carlos Roberto Escolástico de Souza Negrão, o famoso Beto Negrão.

Na lateral das pistas de Três Tambores e Seis Balizas, o rapaz nascido em Botucatu, interior de São Paulo, registra os melhores ângulos dos conjuntos, as situações engraçadas que acontecem nas provas e o público nas arquibancadas.

Para que os clientes possam comprar as fotografias durante o evento, Beto monta um pequeno estande com computador para depositar todos os cliques e impressora para fazer cópia no papel das imagens.

Hoje, o equipamento está muito mais sofisticado. Ele não precisa mais do guarda-sol, pois as provas acontecem em pistas cobertas. Ainda tem o serviço de imprimir as fotos na hora. E incorporou a transmissão ao vivo das provas e vídeos das passadas ao seu portfólio.

Beto em ação

Leonardo, amigo de Beto, era titular do Haras Queen (Sorocaba/SP), competia diversas modalidades, desde Tambor e Baliza, passando por Rédeas até Conformação. E apresentou os esportes equestres para o futuro fotógrafo que aprendeu a montar, mas não quis seguir carreira de cowboy.

A dupla organizava bailes country no haras, fazia divulgação pelas cidades da região e conseguia reunir os amantes do cavalo e universitários para dançar um bailão e curtir madrugada afora. “Achei uma câmera antiga de meu pai e comecei a fotografar os eventos realizados por nós”, recorda Beto.

A escolha para iniciar a carreira de fotógrafo foi durante um rodeio em Sorocaba. Beto conta aos risos que as fotos ficaram razoáveis até ele quase ser atropelado por um boi. “Achei melhor me aprofundar no assunto”.

O aventureiro matriculou-se no curso básico de fotografia no SENAC. Enquanto não recebeu o certificado, fotografava alguns animais colocando em prática as técnicas que havia aprendido durante as aulas.

Não demorou a Beto Negrão aparecer nas provas e criar sua marca. O rapaz não dorme no ponto quando o assunto é atualização. “Leio sobre novos equipamentos e dicas profissionais em revistas e sites especializadas. Gosto de acrescentar novidades ao meu trabalho”.

Ele adora registrar as provas, principalmente quando concluídas com agilidade. “A competição precisa ser agradável para todos e não monótona. Usar o tempo como aliado é fazer um evento de qualidade e credibilidade”.

‘Escritório’ montado na beira de pista

O fotógrafo carrega diversas histórias profissionais que rendem choros e gargalhadas. Certa vez em Jaguariúna/SP, percebeu que o garoto responsável pelo reparo da pista havia deixado a enxada encostada no segundo tambor. Beto deixou sua câmera e correu para retirar a enxada a tempo de não causar nenhum acidente.

“Quando vi, o conjunto havia entrado em pista e estava próximo do segundo tambor. Com a enxada na mão, fui girando atrás da garupa do cavalo conforme ele concluía o percurso. Lembro do silêncio da plateia e os olhares incrédulos do público com a curiosa cena. A tensão foi grande, mas graças a Deus, tudo terminou bem”.

O trabalho focando em eventos rurais colaborou para decisão de Beto Negrão morar na cidade de Sorocaba, interior de São Paulo e berço dos esportes equestres do Estado. “Estou perto dos melhores recintos do país”.

A estrada é amiga do fotógrafo, mas quando fica em casa ele aproveita para produzir anúncios publicitários. Isso mesmo, ele monta propagandas de animais ou conjuntos a pedido dos clientes que escolhem suas fotos.

“Meu trabalho é completo. Começa na pista e termina na revista”. Para dar conta da produção e atualização de seu site oficial – www.betonegrao.com.br -, ele senta em frente ao computador pela manhã e só encerra o expediente por volta das 21 horas.

Carismático e muito do bem, Beto gosta de reunir os amigos para contar causos e dar risadas. “Adoro tirar sarro”. É assim que ele consegue esquecer o trabalho. “Tudo em excesso faz mal. Sei relaxar e sei quando preciso voltar à ativa”. Para não entrar no ritmo frenético, o botucatuense gosta de um bom baile gaúcho e sertanejo. “Dançar mantêm a mente e espírito em paz”.

Além da esposa e da filha, os pais, Antonio Carlos e Roseli, e ainda as irmãs, Ana Paula e Ana Carolina, são seus maiores fãs. Para encerar, o fotógrafo agradece pela união de todo clã Negrão e Escolástico, amigos verdadeiros e clientes feitos durantes estes anos de estrada. “Fico feliz com o reconhecimento do meu trabalho. Muito obrigado”.

Fonte: Editora Passos
Fotos: Cedidas

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