Team Roping

Revendo algumas regras

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Tive pensando algumas coisas em relação a esse aumento, não de inscrições, e sim de categorias das provas

As inscrições são uma maneira que a própria associação – no caso estou falando da ABQM que é a entidade a que sou filiado – tem para que mantenha uma boa quantidade de competidores nos eventos.

Não sei até que ponto isso é viável, pois existem algumas categorias que na verdade não teriam necessidade de existir. Então, isso divide muito a premiação.

Estão diminuindo também os pontos dos cavalos. Todo mundo vai num evento da ABQM específico, ou em outros oficializados, para poder pontuar seus animais. O custo anda cada vez mais alto para quem tem o objetivo de pontuar.

Eu sempre comento a respeito desse assunto. Há bastante tempo atrás, para você correr um Campeonato Nacional, para você ser um Campeão Nacional, tinha que passar por várias etapas. Hoje, o pessoal corre um boi e já é um Campeão Nacional.

Não estou tirando o mérito dessa vitória, mas é muito pouco para tamanha honraria. E esse formato, gradativamente, vem diminuído muito os pontos que cada cavalo ganha caso esteja entre os classificados na zona de pontuação.

O que não é interessante para os proprietários, nem para os criadores, enfim…

Outro ponto que dificulta para os novos profissionais é a quantidade de animais por competidor em cada categoria. Não faz muito tempo, foi alterado para seis cavalos por competidor em cada categoria.

Isso só torna desigual em pista e fora dela. Um treinador top terá em média 20 animais para escolher e competir, tendo maior chance de ser premiado. Aí você pega um pequeno que está treinando, tem o CT, está correndo atrás da vida.

Tem uma bagagem de conhecimento e possui três ou quatro animais em treinamento. O que tem mais cavalos para decidir os seis que vai levar, levar mais chance do que os que têm menos. Se tivesse uma diminuição de cavalos por apresentador, isso ajudaria muito quem está começando.

Como a quantidade de cavalos por laçador é grande, os principais títulos acabam ficando na mão de poucos. E não vejo isso de forma interessante. Não só a curto, mas também em longo prazo.

Com passar tempo, à tendência é só diminuir. E eles levam o máximo de cavalo possível, porque a premiação do laço é 100% do treinador.

Agora temos que ressaltar o aumento de inscrições no Laço Técnico, isso é muito bom. Acredito que a Associação tem que criar uma maneira de manter esses animais em competição, um incentivo maior para que a Aberta Sênior ganhe força.

Será que a situação desse monopólio, a minoria com grande quantidade de cavalos, não faz com que as pessoas se afastem?!

Agora o Potro do Futuro é diferente. É único para animais de quatro anos e todos têm a mesma chance em pista, apesar de sempre existir favoritos.

Por Rodrigo de Matos Sobreira
Treinador de Laço Pé e Cabeça, ganhador das principais provas técnicas do Brasil.
É formado em Gestão Equinocultura pela Universidade do Cavalo. Tem seu próprio Centro de Treinamento, em Piracajuba/GO.

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