Expedições a cavalo – Parte 3

Continuo apresentando as grandes Expedições de aventura a cavalo, destacando hoje o Mongol Derby

O Mongol Derby é uma prova de resistência equestre de mil quilômetros, tida como a mais radical e exigente do planeta. A próxima edição desta competição épica está agendada para agosto de 2019.

Ela percorre as montanhas e estepes mongóis desde 2009, recriando as viagens dos mensageiros a cavalo do sistema de correios desenvolvido por Gengis Khan no século XIII. Um enorme desafio de mil quilômetros (o percurso só é revelado poucos dias antes do início da prova), a ser percorrido em no máximo dez dias.

Mongol Derby

Média de 130 quilômetros/14 horas por dia, montando cavalos semisselvagens, que só foram montados duas ou três vezes antes da prova. Está prevista a troca de cavalos a cada 40 quilômetros, num total de 25 mudanças. Além disso, há vários perigos associados, porque os competidores acampam ao relento, sujeitos ao clima, à fauna local, como os perigosos lobos das estepes.

Para participar além do custo de inscrição equivalente a mais ou menos 15 mil Euros. Cada participante tem de angariar no mínimo 600 Euros para uma organização ecológica parceira do evento e outro tanto para uma instituição solidária à sua escolha. Mas, não é só querer participar e pagar, tem que passar por uma seleção, somente cerca de 35 são selecionados, entre centenas de inscritos.

Mongol Derby

Apesar de ser uma competição, o grande objetivo da maioria é conseguir chegar ao fim, pois quase metade dos participantes desiste no meio, devido às difíceis e incontroláveis condições da prova. Da Austrália e da África do Sul vem os competidores com mais sucesso no evento.

Os cavalos são alugados diretamente do povo mongol e, além de aceitarem uma sela e um bridão, não possuem quase nenhum adestramento. Em cada edição são utilizados mais de mil animais, já que cada competidor troca de montaria a cada 40 quilômetros.

Mongol Derby

Porque na Mongólia? Katy Willings, chefe da corrida, explica: “Eu diria que o principal interesse é aprender com uma das mais antigas culturas equestres, pois a Ásia é o lugar onde os cavalos foram primeiramente domados e montados. Os mongóis realmente admiram e respeitam os cavalos de uma maneira muito espiritual”.

Willings continua: “No entanto, apesar de sua profunda afeição por eles, eles não são animais de estimação e nem para diversão, são animais de trabalho e também parte integrante da família”.

Mongol Derby
A uruguaia Valeria Ariza no Mongol Derby de 2018

Por Paulo Junqueira Arantes
www.cavalgadasbrasil.com.br

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