O tabelião se rendeu à modalidade Team Penning, tomou gosto pelas provas e hoje possui quatro animais de competição!
Orlando Ceschin Filho é tabelião e pecuarista, nascido na Fazenda em Bela Vista do Paraíso, no Paraná, desde cedo teve contato com os cavalos. Começou a trabalhar aos 11 anos de idade e com 17 anos comprou seu primeiro cavalo para fazer romarias e cavalgadas. E o Team Penning caiu de paraquedas em sua vida no ano de 2001, mas ficou de vez e Ceschin hoje compete em todas as provas do Campeonato da Liga Leste de Team Penning, além de também participar nos rodeios, com quatro animais de sua propriedade.
Orlando Ceschin FilhoCeschin forma trio com vários competidores, Mário Henrique da Silva, o Beiço, o sobrinho Giovani de Rosa, Homero Vicente Mollo Junior, Luiz Claúdio Nogueira Mollo, Fernando Vieira Prado e Leonardo Kioji Del Valle Chibata. Neste meio, o competidor se transforma, largando os trajes sociais e entrando no mundo western. Conheça mais um pouco de sua história.
Como iniciou sua história no meio equestre?
Ceschin: Acho que no nascimento, pois nasci em uma fazenda e morei em algumas outras, razão pela qual sempre estive próximo do cavalo. Aos 11 anos, já morava em São João da Boa Vista e trabalhava como Office Boy. Aos 16/17 anos de idade comprei um cavalo da raça Mangalarga, que o utilizava para cavalgadas, romarias e desfile de cavaleiros.
Como sempre gostei de competir, iniciei no Enduro Equestre, no qual utilizava cavalos da raça Árabe, disputando campeonatos por quase dez anos, só deixando de disputá-los por falta de tempo para treinar da forma como se exige para esse tipo de esporte, pois em provas cavalgava e galopava em torno de 40 a 50 quilômetros e nos treinos em torno de 20 quilômetros, aos sábados, domingos e à noite em alguns dias da semana.
Como foi passar do Enduro para o Team Penning?
Ceschin: Na realidade foi o Team Penning quem me escolheu, pois em novembro de 2001 fui convidado pelo amigo Pércio Reis, uns dos fundadores da Liga Leste, para uma reunião em sua chácara, que iria discutir sobre a fundação oficial da Liga. Sendo tabelião, tenho facilidade em organizar e elaborar a parte burocrática para a fundação de uma associação, tais como o estatuto social, regulamento de prova. Nessa reunião, que se prolongou até às quatro da manhã do dia seguinte, conseguimos aprovar o estatuto social, que rege a LIGA até hoje. Posteriormente, pelas informações passadas pelos diretores, redigi o regulamento de prova, o qual até hoje é utilizado, muito embora venha sofrendo atualizações ano a ano, e todas redigidas por mim.
Assim, como fiz o trabalho burocrático por amizade e como sempre gostei da atividade equestre, a Liga me presenteou com algumas passadas nas etapas do Campeonato de 2002. Comecei participando de algumas etapas, com cavalo emprestado e acabei tomando gosto pelo esporte, no qual estou até hoje. Em 2003, montei meu primeiro trio com os companheiros Pércio Silveira dos Reis e Fernando Barbosa, ambos de São João da Boa Vista, e até hoje tenho participado de todos os campeonatos. Nesse tempo, não deixei de participar de nenhuma etapa, bem como participo de algumas provas avulsas e rodeios.
E como é para você competir Team Penning?
Ceschin: Sempre participei de atividades competitivas, tais como futebol amador e de salão, festivais de música, escolas de samba e enduro equestre, entretanto, após iniciar no team penning constatei que o diferencial da modalidade com relação às demais atividades esportivas e provas equestres é na amizade e o convívio com outros competidores, pois muito embora todos queiram vencer, nas provas prevalece mais o companheirismo, a diversão e o respeito uns com outros.
Onde você treina?
Ceschin: Treino no Rancho FM, no mínimo uma vez por semana, diferentemente de quando iniciamos, quando não treinávamos, pois tínhamos os cavalos, mas não tínhamos pista e nem boiada. Hoje, além da pista, temos amigos competidores e boiada para treinamentos. Hoje possuo quatro animais em treinamento, três da raça Quarto de Milha, os machos de nomes Top Jet Child Li e Playchance Boy Dar, a égua Redd Jac Dunit, e um cavalo da raça Àrabe de nome Albatroz. Ficam alojados no Rancho FM, de propriedade de Fábio Mollo, localizado em São João da Boa Vista, e são treinados pelo Mário Henrique, o Beiço.
Como você vê a modalidade Team Penning?
Ceschin: Vejo a modalidade equestre Team Penning como uma das poucas que tem condições de crescer, pois qualquer pessoa que venha a se interessar terá condições de treinar e competir. Outros fatores que levam ao seu crescimento é a qualidade dos animais disponíveis no mercado e das boiadas hoje disponibilizadas em provas, tudo isso aliado ao fato de ser uma prova cronometrada, diferentemente de outras modalidades com decisões subjetivas, onde o critério de classificação é exclusivo dos juízes.
Além disso, o Team Penning difere das outras modalidades como laço, bulldog, montarias, entre outras que exigem treinamentos bem específicos, demandam um longo tempo para aprendizado e ainda sofrem com a perseguição maldosa e implacável das associações dos protetores de animais, que impedem suas realizações em algumas cidades.
Por Equipe Cavalus
Foto: cedida