São pequenos, semelhantes aos pôneis, mas seus registros apontam-nos como uma raça de cavalos
Descendente daqueles trazidos para a Islândia pelos vikings, mais de mil anos atrás, o cavalo Islandês continua a ser parte importante da cultura da Islândia. No século 10, os islandeses decidiram parar de importar cavalos. Desde então, tem sido totalmente proibida a importação de cavalos para o país.
Isto significa que os cavalos ficaram isolados e restritos a diferentes raças que formaram a raça de cavalos islandês até então. Os cavalos mais fortes e mais bem aclimatados sobreviveram. O islandês de hoje é muito bem adaptado às rigorosas condições do país. Um cavalo que deixa a Islândia, exportado, nunca mais pode voltar.
A Islândia tem mais de um cavalo para cada quatro habitantes, ou seja, são 80 mil cavalos para cerca de 300 mil habitantes. Quando os primeiros colonos partiram da Noruega para a Islândia, só puderam levar dois cavalos por navio. Então, selecionaram os melhores e os mais fortes. Os colonos, muitas vezes, faziam uma parada na Irlanda, Escócia ou nas Ilhas Shetland, por isso diferentes raças contribuíram para a formação do cavalo islandês.
Esta raça exibe duas marchas além da típica caminhada, trote e galope, geralmente exibidas por outras raças. Apesar de ser a única raça de cavalo na Islândia, também é popular internacionalmente. Há exemplares em número considerável em outros países da Europa e na América do Norte. A raça ainda é utilizada para o trabalho de pastoreio tradicional em seu país natal, bem como para lazer e competições.
Desenvolvida a partir de pôneis levados para a Islândia por colonos nórdicos, a raça é mencionada na literatura e nos registros históricos islandeses. A primeira referência a um cavalo aparece no século 7. Os cavalos eram venerados na mitologia nórdica, um costume levado à Islândia pelos primeiros colonos do país.
A criação seletiva ao longo dos séculos desenvolveu a raça em sua forma atual. A seleção natural também tem desempenhado um papel significativo no desenvolvimento da raça, pois o clima islandês contribuiu para que os mais fracos sucumbissem ao frio intenso. Na década de 1780, grande parte da raça foi varrida pelo rescaldo de uma erupção vulcânica do Lakagígar.
A primeira sociedade de raça para o cavalo islandês foi criada na Islândia em 1904, e atualmente é representada por organizações em 19 nações, que são associadas à Federação Internacional de Associações de Cavalo Islandês (FEIF).
Os cavalos islandeses pesam entre 330 e 380 kg e têm uma média de 1,32m e 1,42m de altura. Muitas vezes considerados como tendo o tamanho de um pônei. Várias teorias foram apresentadas sobre o porquê de esta raça ser classificada como um cavalo, entre elas as questões do temperamento e personalidade fortes. Sem contar na sua força óssea e muscular.
Entre as pelagens, castanho, alazão, preto, tordilho, palomino e branco intercalado com outras cores. Há mais de 100 nomes na língua islandesa para os padrões de pelagem. Além disso, apresentam cabeças bem proporcionadas, com perfis retos e testa larga. O pescoço é curto, musculoso e largo na base.
A cernelha é larga e baixa e o peito é profundo. Os ombros são musculosos e ligeiramente inclinados. Dorso comprido e a garupa larga, musculosa, curta e ligeiramente inclinada. Pernas fortes e curtas. Crina e cauda cheias de pelos grossos. A raça é conhecida por ser resistente e por poder viver com relativamente pouca comida. A pele dupla foi desenvolvida para isolamento extra em temperaturas frias.
Fonte: Cavalgadas Brasil e Wikipedia
Fotos: Wikipedia