Laçadora pretende se dedicar ao Breakaway por toda a vida

Depois de se aventurar nos Três Tambores, a competidora Laíse Malaspina Rossi se apaixonou pelo Breakaway, modalidade que pratica desde 2013

O laço não foi a primeira opção de esporte equestre de Laíse Malaspina Rossi. Inicialmente, ela tentou se aventurar no mundo dos Três Tambores e até comprou um cavalo próprio para treinar e competir nas pistas da modalidade espalhadas pelo país. O que ela não esperava é que o animal fosse se machucar, o que a afastou dos treinamentos e a deixou um pouco desanimada, ao ponto de vender o cavalo.

Mas o treinador dela na época, o José Garrido, não a deixou parar de vez com o esporte. Já enxergando o potencial da jovem para as modalidades equestres, sempre buscava motivá-la e até passou a emprestar cavalos para ela montar. E somente em 2013, Laíse foi apresentada ao laço, mais precisamente à categoria Breakaway, em uma prova que acompanhou na cidade de Avaré/SP, onde foi para competir Três Tambores.

Laíse Malaspina Rossi

Ela lembra que o treinador sugeriu que ela migrasse de modalidade, algo que, na época, considerou loucura. “Eu falei para ele que ele estava louco, que eu não ia conseguir, mas ele insistiu e no ano seguinte compramos corda, cabeça de bezerro para cavalete e eu comecei o básico, aprendendo a girar a corda”, conta a competidora que logo no primeiro contato com o laço já teve a certeza de que era aquele esporte que queria praticar pelo resto da sua vida.

Assim, em 2015, Laíse conheceu algumas competidoras da categoria Breakaway, que a convidaram para laçar no Congresso da ABQM de 2015, que seria realizado dentro de um mês. Apesar do pouco tempo de preparação que ela teria para a prova, não pensou duas vezes e aceitou o desafio. Com a ajuda do amigo laçador, Alexandre Spinola – que tinha acabado de montar um Centro de Treinamento, ela passou a se preparar para a competição. O amigo, inclusive, emprestou para ela cavalos que são treinados por ele.

Foram 30 dias intensos de treinos e estudos sobre o esporte. Se não bastasse o curto período para se preparar, Laíse ainda caiu do cavalo e chegou ficar dez dias parada, diminuindo o tempo de preparação para a prova. Mesmo assim, ela foi para o Congresso e, apesar do nervosismo, obteve um excelente resultado. “Lacei o primeiro bezerro com tempo de sete e alguma coisa. Voltei para o segundo e lacei com tempo de cinco e pouco. Daí dentre as 22 meninas, me classifiquei em 5º lugar na final, mas para mim foi como se tivesse ganhado em primeiro”.

Depois desta prova, Laíse teve mais do que certeza que ia levar o Breakaway para o resto de sua vida. “Hoje o Breakaway se tornou uma paixão. No começo achei que era só hobby, mas hoje vejo que quero evoluir mais, aprender mais, corrigir vícios que foram criador por eu aprender a modalidade com team ropeiros. Quero competir mais provas e ganhar mais títulos, como o primeiro lugar das provas da ABQM.  Terminei a faculdade e vou me dedicar mais ao Breakaway”, empolga-se a agora laçadora.

Além de ter corrido o Congresso em 2015, Laíse também participou da Copa dos Campeões 2015, Congresso 2016 e Campeonato Nacional 2016. “Pra mim, foi difícil participar de muitas provas quando comecei, por causa da faculdade, mas agora que terminei, estou tendo mais tempo pra me dedicar. Só que acho difícil conseguir acompanhar todas provas, algums são muito longe, em até outros estados, e a premiação não chega a pagar os custos das viagens. Ainda vou ver como vou fazer isso, o investimento é muito alto”.

Para seguir competindo na modalidade, a jovem se inspira na Gabriela Sávio. “Ela, além de ser dedicada em tudo que faz, humilde e ajuda quem precisa, a tenho como referência no esporte. Sou fã de carteirinha. E uma das mais motivadoras para a modalidade crescer. Tive a honra de participar do primeiro curso realizado por ela e realmente a menina é fantástica. Acho que tudo que vim buscando até hoje foi vendo ela se dedicar e não desistir. E eu vou fazer o mesmo”, finaliza.

Por Equipe Cavalus

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