Participantes tiveram aulas, práticas e teóricas, com Aluísio Marins e juízes da modalidade
A Universidade do Cavalo (UC), situada em Sorocaba/SP, promoveu neste sábado (19) e domingo (20) uma Clínica de Equitação de Trabalho exclusiva para competidores amadores.
As vagas para a clínica foram limitadas a apenas oito conjuntos, sendo que estes foram divididos conforme o nível de experiência e equitação na modalidade.
Proprietário de um cavalo, Francisco Melo Siqueira Junior, da capital paulista, fez questão de participar da clínica. Ele ainda não é praticante da modalidade, mas tem interesse de iniciar e, por isso, resolveu primeiro adquirir conhecimento.
“Eu acho que é uma coisa importante você adquirir conhecimento acadêmico e prático. Atualmente, eu prático a Equitação de Trabalho apenas empiricamente, fazendo alguns exercícios naturalmente em propriedades rurais, mas eu tenho interesse em participar. Eu procurei vir me informar primeiro antes de ir iniciar no esporte”, explica.
Outra participante da clínica foi a Adriana Menezes do Carmo, que é dona de um centro de treinamento em Florianópolis/SC. Apesar de não ser praticamente da modalidade, ela optou por participar das aulas na UC para levar a Equitação de Trabalho para o seu CT.
“Desde que eu comecei a ouvir sobre Equitação de Trabalho me interessei bastante por ser um outra maneira da gente lidar, interagir com o nosso cavalo. Além de não ser muito agressivo para eles, que também aproveitarem a prova”.
Pontos abordados na clínica
De acordo com o reitor da UC, Aluísio Marins, durante as aulas os participantes puderam ter uma noção melhor sobre mapeamento do picadeiro de ensino e ainda fizeram um estudo das reprises de outros competidores amadores da modalidade.
Aluísio Marins montou no cavalo de todos os participantes da Clínica de Equitação de Trabalho – Imagem: Divulgação/HorsewayAlém disso, Aluísio ainda passou dicas de reconhecimento de percurso da maneabilidade para mais sucesso em notas e, por fim, passou técnicas de percurso para provas de velocidade.
“A Equitação de Trabalho é uma modalidade de muito detalhe e de uma necessidade de qualidade de equitação, de montada, de cavalos bem colocados na mão. Então, não vimos só os obstáculos, o percurso de rédeas, mas, principalmente, nos preocupamos em trabalhar a qualidade das coisas que o cavalo faz com cavaleiro, para que o juiz olhe e te dê nota”.
O Aluísio ainda fez questão de montar em todos os cavalos dos participantes durante os dois dias da clínica. O objetivo foi ajudar em alguma dificuldade que eles os animais possam ter ao passar pelos obstáculos e fazer as manobras.
Olhar do juiz na clínica
Além disso, o reitor da UC também chamou dois juízes de Equitação de Trabalho – Alberto Guerra Rodrigues e Rodrigo Azevedo – para eles abordarem a parte do regulamento da modalidade com os participantes.
“A gente chamou o Alberto e o Rodrigo para dar o olhar do juiz na prova. Porque se não a gente fica só com o olhar do cavaleiro e, às vezes, a gente tem uma tendência a enfrentar o juiz, mas, na verdade, você está apenas construindo a sua nota. Então, é importante ter o olhar do juiz, o que o juiz quer da gente quando estamos competindo”, frisa.
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Durante a sua conversa com os participantes, Alberto explicou os critérios de julgamento e o que os juízes buscam olhar no desempenho em pista.
“Apresentei os obstáculos e as etapas da prova, como ela funciona, qual é o formato dela e principalmente, que é uma prova acessível para todo mundo, tanto para o cavalo quanto para o cavaleiro. É uma prova aberta, não tem pré-requisito, qualquer cavalo e pessoa faz, e é uma maneira divertida de evoluir a sua equitação e evoluir o seu trabalho”.
Olhar do juiz também foi um dos temas abordados na Clínica de Equitação de Trabalho na UC – Imagem: Divulgação/HorsewayAinda segundo o juiz da modalidade, durante as provas uma das principais dificuldades dos conjuntos é montar uma estratégia correta e administrar a adrenalina.
“As duas etapas de julgamento, que são subjetivas, os conjuntos apresentam uma dificuldade maior de se controlar para que o resultado aconteça dentro da pista. É necessário ter controle emocional e montar a estratégia correta dentro dos obstáculos da pista. E, assim, o cavaleiro mostra o tanto que ele conhece o seu cavalo. Então, equalizar tudo isso é o grande desafio da prova e é o que o torna divertida também”, finaliza.
Por Natália de Oliveira
Crédito da foto: Natália de Oliveira