Você conhece o Working Penning?

É, basicamente, uma variação do Team Penning e praticado no Brasil desde 2011

Os esportes equestres se desenvolveram nos ranchos americanos de trabalhos necessários para a rotina de tratamento dos animais, por exemplo. Fechar um lote de boi em um curral ou levá-los a uma determinada área da fazenda ou rancho é tarefa para alguns peões montados a cavalos, que ajudam no manejo.

Competidor com seu boi apartado já alcançando
o curral para finalizar a prova. Foto: cedida

Dessa ideia surgiu o Team Penning, por exemplo, onde team = equipe e pen = curral. Do Team Penning nasceu o Working Penning, que é um esporte com as mesmas regras, o mesmo princípio, só que disputado por uma só pessoa com um só cavalo.

O número do animal a ser apartado é sorteado no momento da prova. Quando a pista é liberada, o competidor deve separar um boi do lote – que tem dez bois numerados de 0 a 9 – e levar até o curral. O cronômetro para quando cavalo, boi e cavaleiro entrarem e o competidor levantar a mão.

O tempo começa a ser contado quando o focinho do cavalo cruzar a linha de partida e termina com quando o boi e o conjunto entram no curral. O tempo da prova é aferido por uma fotocélula automática e toda a regra é supervisionada por um juiz de pista, que também sinaliza a largada com uma bandeira. Uma diferença entre as duas modalidades, é que no Working Penning o curral fica grudado na cerca, deixando um caminho apenas para o competidor levar esse boi até o curral.

Primeiro campeão de Working Penning em
Barretos 2011. Foto: cedida

Uma coisa legal desse esporte, é que ele pode ser praticado por qualquer raça de cavalo e também por competidor de qualquer idade. Como Team Penning e Ranch Sorting, ele agrega as famílias, se não dentro da pista, competindo juntos, na arquibancada certamente todos estarão na torcida ou serão adversários por ocasião da disputa, mas a família pode e deve estar sempre unida nos eventos.

O principio de agilidade, habilidade, velocidade e estratégia é mantido no Working Penning. Algumas regras: o competidor que terminar sua passada deve ajudar a levar a boiada até o local de início para o próximo competidor poder entrar em pista rapidamente; é proibido bater o reio, gritar com o boi, falar palavreado chulo, tratar os animais com agressividade em qualquer momento e de qualquer forma; os competidores são divididos por handcap, separando, por exemplo, iniciantes, amadores, profissionais, jovens, kids; se entrar junto com o boi certo, outro boi não sorteado, será acrescido 10 segundos ao tempo final; se passar mais de três bois para o curral, a prova não é válida (SAT); o tempo máximo da prova é de 30 segundos.

O Working Penning veio para o Brasil pela iniciativa de Lié Gomes, Francês, Alex Saleta  e a primeira prova aconteceu no Rancho Terra do Cowboy, em Ribeirão Preto. Os três tivera ajuda de Rafael Barcelos, que entrou com todo o apoio para julgamento e organização dessa primeira prova. “O Working Penning evoluiu muito do início até hoje em dia, entre outras coisas, temos um curral que tem uma porteira ao fundo para facilitar a doma e a lida com o gado”, lembra Rafael, que organiza e julga provas da modalidade, tendo uma equipe completa para realizar os eventos.

Working Penning Barretos 2017. Foto André Monteiro

 

Por Luciana Omena

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