Pedro Tavares de Almeida alcançou o seu segundo índice no mesmo evento
Cavaleiro com o melhor aproveitamento até o momento, João Victor Macari Oliva atingiu a nota média final de 66,283% durante o Grand Prix do Concurso de Dressage Internacional (CDI3*) de Cascais, em Portugal. Dessa forma, o brasileiro atingiu seu terceiro índice olímpico.
Antes de mais nada, é válido saber que o Brasil tem apenas uma única vaga garantida para a disputa do Adestramento, modalidade do Hipismo, nos Jogos de Tóquio 2020. Os que desejam concorrer a essa chance precisam, portanto, registrar índice mínimo exigido pela FEI.
O índice olímpico – Requisito Mínimo de Elegibilidade -estabelecido pela Federação Equestre Internacional é de 66% de nota média geral. Ao mesmo tempo que tem que ser marcado por juiz FEI 5* em provas de Grand Prix em Concursos de Dressage Internacional (CDIs) acima de 3*.
Dito isso, a média final de João Victor Oliva no último dia 6 de março foi a soma das notas dadas pelos juízes categoria 5* da FEI, a russa Irina Maknami (69,022%) e o britânico Clive Halsall (66,957%).
Foi nesse mesmo evento, que na semana anterior o brasileiro havia conquistado seu segundo índice. Registrou 68,217% de nota média final e 69,565% com o juiz dinamarquês Leif Tornblad.
A saber, o início dessa corrida de Oliva por uma vaga foi registrado em outubro, no CDI3* Le Mans, na França. 66,239% na nota média final e 67.500% com Clive Harsall. O atleta militar tem montado F-Aron de Massa e retorna às pistas em outros três CDIs em Portugal: CDI3* Abrantes (abril); CDI3* Alter do Chão (abril) e CDI3* Companhia das Lezírias (maio).
Projeto olímpico
João Victor Marcari Oliva e o garanhão Puro Sangue Lusitano F-Aron de Massa fazem parte de um projeto olímpico instituído no segundo semestre de 2019. Logo depois que o cavaleiro paulista de 23 anos, radicado na Alemanha desde 2014, conquistou sua segunda medalha de bronze pan-americana por equipe nos Jogos de Lima.
O conjunto foi formado em setembro a partir do convite dos donos do cavalo, Leonardo dos Anjos, da Coudelaria do Luar, com sedes na França e Bélgica, e Rodrigo Guedes da Cunha, radicado em Williston, na Flórida, Estados Unidos.
“O F-Aron de Massa não poderia estar em melhores mãos. Acreditamos muito no João Victor Oliva e que os dois chegarão juntos ao mais alto nível do esporte”, comenta o carioca Rodrigo Cunha.
Criação de Sylvain Massa, da Elevage Massa – referência na criação do cavalo Lusitano de Dressage na França – F-Aron de Massa (Qing X Xixirita e neto paterno de Riopele), garanhão nascido em abril de 2010, foi montado e preparado até o nível de Grand Prix pela francesa Laetitia Isselin.
Pedro
Pedro Tavares de Almeida também está em Portugual e, assim como seu companheiro de modalidade, vem na briga pela vaga brasileira do Adestramento olímpico. Montando Xaparro do Vouga, Pedro registrou seus dois índices no CDI3* de Cascais.
O mais recente na sexta (6), onde a dupla computou 66,217% na média final e com os dois juízes FEI5*. Com a russa Irina Maknami recebeu 68,043% e com o sueco Magnus Ringmark, 67,174%.
O primeiro índice do conjunto havia saído uma semana antes, 66.000% de nota média geral e 66.848% com Leif Tornblad. De maneira idêntica, Luiza Tavares de Almeida esteve no evento, com Baluarte do Vouga. Também retornou aos Internacionais em 2020 em Cascais, mas dessa vez ainda não registrou índice, fechando com 63.848%.
Colaboração: Assessoria de Imprensa e CBH
Foto de chamada: João Vitor Macari Oliva e F-Aron da Massa | Crédito: Rui Pedro Godinho