Roger Clark continua nesse artigo a abordar o assunto sobre a audição dos cavalos
Sendo a audição o segundo sentido dos cavalos mais desenvolvido depois da visão, é importante falarmos dela. No artigo da semana passada – clique aqui – começamos a abordar o assunto. Dessa forma que agora seguimos com o detalhamento do ouvido equino.
A orelha
Acima de tudo, a orelha é denominada adequadamente como órgão vestíbulo coclear. Não só permite que o animal ouça, mas também lhe confere um sentido de equilíbrio. Os estímulos mecânicos produzidos por ondas sonoras se transformam em impulsos nervosos na cóclea.
Dessa forma, a ação de pequenas quantidades de líquidos e cristais microscópicos em neuroreceptores dentro do vestíbulo proporciona ao animal uma percepção da atitude. Além disso, do movimento de sua cabeça em relação à gravidade.
Ambas as funções são efetuadas na orelha interna, a mais medial das três subdivisões da orelha como um todo. As outras subdivisões são a orelha média e a orelha externa sendo esta visível no animal e as outras contidas no osso temporal.
Orelha Externa
Ao passo que a orelha externa é composta de duas partes: aurícula e meato acústico externo. O pavilhão é a ‘orelha’, assim identificada para o leigo, a parte que se salienta na cabeça. O meato acústico externo é o canal que vai da base do pavilhão até a membrana do tímpano, distendido através de uma abertura do osso temporal. O pavilhão tem um formato de funil para receber o som e pode mover-se.
Orelha Média
Está contida no osso temporal e é, essencialmente, um pequeno espaço cheio de ar, conhecido como cavidade timpânica. A parte lateral da cavidade incorpora a membrana do tímpano. A cavidade timpânica pode ser dividida em partes dorsal, media e ventral.
Nelas são encontradas a cadeia de ossículos auditivos e músculos associados, na parte media encontra-se a tuba auditiva e na parte ventral a bolha timpânica que segundo estudos, pode melhorar a percepção de sons de frequências muito baixas e muito altas.
Orelha Interna
Os estímulos mecânicos produzidos pelo som e pelas alterações da posição da cabeça são transformados em impulsos nervosos na orelha interna. Esse é um mecanismo delicado que fica exposto a vibrações sonoras na superfície lateral.
Os impulsos em que estas vibrações são convertidas, deixam o osso em fibras nervosas que atravessam o meato acústico interno na superfície medial. Sua estrutura apresenta o labirinto membranático, ductos semicirculares, máculas que controlam a posição da cabeça em relação à gravidade e sua movimentação.
Com a finalidade de continuar falando do ouvido equino, semana que vem iremos abordar sobre frequência auditiva, localização e distinção de sons, Fique ligado!
Por Roger Clark
Médico Veterinário, Juiz e Inspetor Zootécnico ABQM e ABCPaint, Consultor em Comportamento e Bem-Estar Animal
Crédito da foto: Wag Walking
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