Mesmo assim, a paratleta dos Três Tambores Veri Real garante que seus direitos não são respeitados. “Somos simplesmente esquecidos”, afirma
Todos são iguais perante a lei. Tanto que a Constituição prevê a igualdade material entre todos. Sendo assim, é de responsabilidade do Estado oferecer condições de acessibilidade àqueles que precisam, se colocando como promotor do direito individual através de políticas públicas de inclusão dos mais vulneráveis, seja por questões financeiras, econômicas e sociais, ou, por limitações motoras ou emocionais.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, cerca de 10% da população mundial possui algum tipo de deficiência. No Brasil, cerca de 45.606.048 milhões de pessoas têm algum tipo de deficiência, o equivalente a 23,9% da população geral, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Essa deficiência pode ser visual, auditiva, motora, mental ou intelectual. Ainda segundo o censo do IBGE de 2010, a deficiência mais recorrente no Brasil é a visual (18,6%), seguida da motora (7%), seguida da auditiva (5,10%), e, por fim, da deficiência mental (1,40%).
“Não somos respeitados”
No entanto, apesar do que a Constituição prevê muitas pessoas portadoras de deficiência garantem que não sentem que seus direitos são respeitados. Como é o caso da paratleta dos Três Tambores Veri Real. “Não somos respeitados nem na faixa de estacionamento, quem diria em filas. Somos simplesmente esquecidos, enquanto não houverem leis severas a coisa ficará assim ao Deus dará”.
De acordo com ela, onde ela mais sente falta de acessibilidade são nas calçadas e praças, não conseguindo, assim, a ter acesso a quase nenhuma lugar. “As pessoas que precisam andar sozinhas sofrem demais com toda essa situação. Veja no ambiente equestre é muito difícil você arrumar um lugar que tenha um acesso mediano, nas festas de rodeio então nem se fale. Não sei porque as pessoas pensam que não amamos a vida como eles, tudo é difícil demais”, acrescenta.
Na época da escola, Veri teve que lutar pelos seus direitos porque o prédio em que estudava não possui acessibilidade nenhuma. “Como eu era a única aluna portadora de deficiência, eles não estavam preparados com corrimões, banheiros e etc. Mas lutei pelos meus direitos e tudo foi se adequando”.
Veri ainda conta que, quando reivindica seus direitos, costuma a ser criticada pelas pessoas, que chegam a achar ruim e faltarem até com educação. Mesmo assim, ela garante que não irá desistir de lutar e sonha com um mundo ideal para todos os portadores de deficiência.
“Calçadas planas, corrimões nas escadas, pessoas educadas que respeitassem os direitos por nós adquiridos sem precisarmos brigar por tudo. A acessibilidade de uma maneira igual para todos #somostodoshumanoseirmãos”, finaliza.
Acompanhe a Veri Real pelo www.paratletaverireal.com.br, no Instagram @veri_realavidasemlimites e pelo Facebook Veri Real e no YouTube.
Fonte: AV Comunicação e Assessoria Equestre
Crédito da foto: Divulgação/AV Comunicação e Assessoria Equestre
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