Competição aconteceu nos Estado Unidos e reuniu competidores de vários países
Não é de hoje que o talento brasileiro para os esportes equestres é confirmado nas maiores e mais importantes provas diversas modalidades em torno do globo. De 28 de outubro a 4 de novembro, aconteceu em Perry, na Geórgia, no Georgia National Fairgrounds, a 25ª edição do World Wide Barrel Racing NBHA, uma competição que recebe todos os anos competidores dos países filiados à National Barrel Horse Association.
O time brasileiro, que teve como chefe de equipe Marcelo Delchiaro, diretor internacional da NBHA Brasil, foi composto por Natália Cargnin Inácio e Luiz Carlos Bozza, da NBHA Acre, que encerram a participação com o segundo lugar no Mundial, pelo tempo acumulado de 32s650. A equipe campeã foi o Canadá por apenas 200 milésimos de segundos. O somatória de tempo deles foi 32s453. Em terceiro lugar terminou a equipe do Uruguai.
Naty e Chiru, como são carinhosamente chamados, conquistaram a vaga na seletiva da Copa dos Estados de Três Tambores, que acontece anualmente na Super Semana do Tambor que a NBHA promove no Haras Raphaela, em São Paulo. Os Três Tambores na região deles ainda não tem a evolução que os paulistas ou cariocas, por exemplo, já alcançaram. Então, poder representar o Brasil em uma competição como essa, foi uma grande vitória.
Aos 29 anos, Natália, que compete desde os dez, avalia essa como uma experiência maravilhosa. “Participar do mundial foi incrível! Nem acredito ainda que chegamos até aqui e poder ainda disputar uma final apertadíssima, foi muito bom. É diferente correr num cavalo que não conhecemos, mas a competição é muito justa, pois todos competidores estão na mesma situação. O jeito é tentar conhecer o animal nos poucos minutos antes e tocar sem medo. Ano quem vem estou classificada para correr a Copa dos Estados, dar o meu máximo para conseguir representar bem o Acre e voltar a representar o Brasil novamente no mundial”.
Para Luiz Carlos Bozza, 38 anos, que começou a competir em 2011, a vontade de participar de um mundial era grande. “Sempre quis vir, era um sonho. Para que isso acontecesse, trabalhei muito e precisei de muita disciplina com os treinamentos. Já fui campeão duas vezes da Copa dos Estados promovida pela NBHA e estou muito feliz de ter representado o Brasil nessa oportunidade”.
A dupla ia representar o Brasil no Internacional Cowboy Festival, realizado na China, em agosto, mas não conseguiu embarcar por conta do visto de Luiz, que não ficou pronto a tempo.
Todos os eventos de cunho internacional que a NBHA participa sempre volta com um saldo positivo, encerrando as competições entre os três melhores países. Segundo o presidente NBHA Brasil, Abelardo Peixoto, o êxito se repete e cada competição, seja nos Estados Unidos, no Panamá, México, na China. “Esses resultados mostram que o nível técnico dos nossos profissionais e dos nossos competidores, seja em que categoria for, está em alta. Estamos em pé de igualdade aos Estados Unidos. Só não temos o mesmo número de animais, mas no quesito técnica, estamos de igual para igual. Para nós é uma felicidade poder participar de todos esses momentos, que só agregam e contribuem para a nossa evolução”, afirma ele, lembrando que esse intercâmbio internacional é algo recorrente na NBHA Brasil, que em 2016 realizou o NBHA Cup com a presença de 23 países, por exemplo.
Por Luciana Omena
Fotos: Divulgação