Luciano Rodrigues, cavaleiro e pesquisador, conta aqui no portal Cavalus a história de Babieca
Muitos de nós deve conhecer a história do grande Cid Campeador. Contudo, poucos sabem a história de sua famosa égua Babieca. ‘El Cid’, ou mesmo ‘Campeador’, Rodrigo Díaz de Vivar viveu no século XI.
Eventualmente, quando a Península Ibérica estava dividida entre mouros e cristãos. Foi, sem dúvida, uma figura importante. Ora lutando pelos cristãos, ora lutando pelos mouros muçulmanos.
Uma figura icônica para a constituição do Reino Espanhol. Visto, acima de tudo, como herói. Ou como um guerreiro mercenário. Se bem quisto ou não, suas proezas e feitios não podem sem contadas sem a presença de outra grande figura: Babieca.
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Babieca e El Cid
Histórias e lendas são relacionadas às aventuras de Rodrigo e Babieca. Uma delas é seu nome. Dizem que El Cid foi levado a um monastério para escolher uma montaria. Na época, os monastérios aprimoravam a criação de cavalos.
Rodrigo escolheu uma égua tordilha de péssima morfologia. O mais feio dos animais. E a escolha determinou seu nome: Babieca. Com efeito, significa idiota ou tonto. Uma possível analogia a Bauçan. O nome do cavalo de Guillermo de Orange tinha a mesma tradução na época.
História
Babieca tem as raízes do cavalo Andaluz? Não se sabe ao certo. Há fontes que dizem que foi um animal do norte da África. A saber, época das invasões mouras no sul da Península Ibérica. Região conhecida como Andaluzia, descendentes da raça Berbere.
Todavia, Babieca foi parceira em todas as batalhas e conquistas. A égua tordilha, acima de tudo, acompanhou Dom Rodrigo por 20 anos. A importância da dupla era tamanha que, logo após a morte de El Cid em 1099 houve uma pequena revolução.
Os mouros se alegram, portanto, para a retomada dos territórios perdidos. Ocasião em que uma lenda se instaurou. Dizem que o corpo de Rodrigo foi amarrado a Babieca. Em seguida, levado para o campo de batalha. Isso fez com que levantasse a moral dos soldados. Mesmo morto, Campeador foi responsável pela vitória.
Babieca é um dos cavalos mais famosos da história. Contribuiu, antes de mais nada, para a constituição do território espanhol. A égua morreu dois anos depois da morte de Dom Rodrigo. Aliás, foi enterrada no Monastério de San Pedro de Cardeña, em Burgos, Espanha.
Cantar de mío Cid
As aventuras de El Cid foram eternizadas nos poemas ‘Cantar de mío Cid‘. De tal forma que é considerado o mais antigo poema épico hispânico e narra a história de Rodrigo em meio as batalhas de reconquista dos cristãos.
Sua autoria é desconhecida. Em suma, em seus 3700 versos narra a última trama da vida do cavaleiro Dom Rodrigo. A obra se encontra na Biblioteca Nacional de España.
REFERÊNCIAS:
SLY, Debby. Encyclopedia of Horses.Bath/UK: Parragon, 2008.
https://www.caminodelcid.org/
https://www.lgancce.com/web/
https://www.ancce.es
https://www.abcb.be/
http://www.revistaacontecesul.com.br/
https://www.ebiografia.com/
https://www.a-alvarez.com/
Colaboração: Luciano Ferreira Rodrigues Filho
Cavaleiro e Pesquisador | Campeira Dom Herculano | lu_fr@yahoo.com.br
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