José Caio Frisoni Vaz Guimarães e a paixão pelo enduro equestre

Aos 20 anos de idade, o jovem cavaleiro ostenta o título de uma das maiores promessas do esporte no país

Filho dos percursores do enduro equestre no Brasil, José Caio Frisoni Vaz Guimarães, de 20 anos, é apontado, atualmente, como uma mais maiores promessas do esporte no país. Afinal, o young rider (cavaleiro jovem, em tradução livre do inglês) – e como é chamada a sua categoria – soma em seu currículo diversos títulos, nacionais e internacionais.

Contudo, antes de entrarmos no mérito dos títulos conquistados por ele até agora, vamos, primeiramente, contar um pouco da sua história. Tanto no enduro equestre quanto com o cavalo Árabe. Raça pela qual, aliás, ele escolheu como seu fiel companheiro durante a prática da modalidade.

Em entrevista ao portal Cavalus, Caio – como é mais conhecido – conta que desde que nasceu tem contato com o mundo dos cavalos. Afinal, apesar de ter nascido na capital paulista, com apenas uma semana de vida foi morar no Haras Bluegrass, em Sorocaba/SP. Local, aliás, que vive até os dias atuais ao lado da família.

“Venho de uma família que sempre esteve no meio. Meus pais [José Carlos Vaz Guimarães e Mia Frisoni Vaz Guimarães] trabalham com cavalo. Inclusive, meu pai é proprietário da Vazamar, fazendo importação e exportação de cavalo. Então, temos e mantemos os cavalos, sempre com o Árabe no meio, seja anglo, cruza ou puro”, conta o cavaleiro.

Família do Haras Bluegrass, de Sorocaba/SP – Foto: Divulgação/Caio Vaz Guimarães

Percursores do esporte no país

Como dito anteriormente no início desta reportagem, Caio é filho dos percursores do enduro equestre no Brasil. Foi no ano de 1991, que seus pais e seus tios, Adolfo Naves e Malu Frisoni, criaram o enduro de planilha. Ou seja, uma adaptação do enduro de moto para o de cavalo, seguindo o modelo americano.

Sendo assim, Caio cresceu em meio ao esporte. Aos três anos, começou a montar. Depois, aos cinco, no ano de 2005, participou da sua primeira prova de 20 km, sempre ao lado de seu pai. “Desde sempre tive contato com esse mundo. Então, nunca pensei e nem penso em outra modalidade. O enduro está no meu sangue, não consigo me ver sem”.

Cavalo Árabe é o fiel companheiro de Caio durante as provas – Foto: Divulgação/Caio Vaz Guimarães

Relação com o cavalo Árabe

Para Caio, além de toda a beleza do cavalo Árabe, o que mais lhe encanta na raça, é, sem dúvida, sua extrema resistência. O que é, de fato, uma qualidade essencial para o cavalo de enduro.

“Cavalo Árabe é sinônimo de resistência, que por sua vez é sinônimo de enduro. Sempre no topo do mundo vemos cavalos Árabes, sejam eles puros ou misturados, um nasceu para o outro”, frisa o jovem cavaleiro.

Entre os animais da raça que mais o marcaram durante a sua trajetória no esporte está a égua cruza árabe VG Fame. “Pelo caminho, acho que o que mais marca são os cavalos, cada um tem uma história, cada um carrega uma essência. A VG Fame foi uma égua que me levou até os 120km, sem ela, afirmo que não estaria onde estou hoje”.

São inúmeros os prêmios acumulados pelo cavaleiro no esporte – Foto: Divulgação/Caio Vaz Guimarães

Títulos conquistados

Durante a sua carreira pelo enduro equestre, que já soma 15 anos, Caio soma vários títulos importantes. Mas, certamente, alguns marcam e emocionam muito mais do que outros. Como, por exemplo,  quando ele foi, por dois anos consecutivos, Campeão Brasileiro.

Além destes, o cavaleiro ainda acumula um 3º lugar no Ranking Mundial de 2014, 2º lugar no Ranking Mundial de 2017 e 1º lugar de conjunto no Ranking Mundial 2017. “Além de ter participado três vezes da equipe brasileira, afinal representar o nosso país é sempre uma emoção”.

Tais resultados, não seriam possíveis sem muita determinação e paixão, segundo Caio. “São horas e horas em cima de um cavalo. Se não houver paixão, não há resultado”, ressalta o cavaleiro que, para futuro, almeja voltar a correr na França e participar do campeonato Pan-Americano que será realizado em 2021, no Brasil.

Por Natália de Oliveira
Crédito da foto: Divulgação/Caio Vaz Guimarães

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