Com Bruiser, Filipe Masetti Leite viajou 16 mil quilômetros do Canadá até o Brasil; o cavalo morreu de cólica essa semana em São Paulo
“Hoje eu perdi mais do que um amigo. Eu perdi um filho. Vai com Deus, Bruiser. Obrigado por mudar a minha vida. Eu te amo! O céu ganhou uma estrelinha nova e a terra nunca esquecerá de você, guerreiro”. Com essas palavras, Filipe Masetti Leite comunicou a todos o falecimento do seu cavalo Bruiser em 12 de outubro. Ademais, a notícia pegou todos os amigos e fãs do Cavaleiro das Américas de surpresa.
Bruiser, apelido de Going Perry (Top Perry x Going Merri, por Merridoc), foi doado a Felipe para sua primeira longa jornada. Uma vez que o cavalo da raça Quarto de Milha pertencia ao Cooper Spring Ranch, de Bozeman, Montana. Com efeito, ao lado de Frenchie e Dude, Bruiser foi companheiro do cavaleiro e jornalista quando ele cruzou em dois anos 16 mil quilômetros do Canadá até o Brasil.
Antes de mais nada, foi uma cólica que tirou a vida de Bruiser. O cavalo estava aposentado e vivia tranquilamente sob os cuidados de Filipe e sua família no Brasil. Para os fãs, e para seu ‘pai’, resta a saudade. Mas um pouquinho dessa saudade pode ser sanada no Monumento ao Cavaleiro das Américas dentro do Parque do Peão de Barretos. Trata-se de uma reprodução do jornalista Filipe Leite e seus três cavalos dessa primeira longa jornada. Assim como há outra estátua deles em Londrina/PR.
Como tudo começou
Em 2012, Filipe Leite, Frenchie, Bruiser e Dude partiram de Calgary com destino ao Brasil. Inspirado na história do suíço Aimé Tschiffely, o cavaleiro foi em busca de um sonho. Dessa forma, ao cruzar da América do Norte à América do Sul, atravessou desertos, rios, estradas, temperaturas diversas, enfrentou dificuldades, imprevistos e correu risco de vida. Bruiser estava com Filipe em todos esses momentos.
Aliás, em uma entrevista ao portal Cavalus em 2017, o Cavaleiro das Américas contou qual foi a parte mais difícil da sua primeira longa jornada: “Foi, certamente, cuidar dos cavalos. Meus filhos e meus heróis. Eles me ajudaram a fazer essa travessia. Sozinho, cuidar dos cavalos foi muito difícil. No deserto, no meio da selva, em montanhas, sem sinal de telefone, sem veterinário, só eu e os eles”.
Por fim, Filipe o reverencia: “O Bruiser era um cavalo especial! Muito inteligente. Forte. Resistente. Ele era o líder da manada. E sem ele eu não teria conseguido chegar até o Brasil durante a minha primeira jornada.”
Por Luciana Omena
Crédito das fotos: Arquivo Pessoal
Veja outras notícias no portal Cavalus