A PBR World Finals começou na noite dessa quinta-feira e emoções dentro e fora das arenas mexeram com a torcida brasileira. Antes de mais nada, seis brasileiros estão fora da disputa por conta da Covid-19. João Ricardo Vieira, que era candidato direto ao título mundial, assim como Maurício Moreira, Rafael Henrique, Junior Patrick, Claudio Montanha Jr e Paulo Lima (reserva).
Os testes foram adotados como protocolo para todas as etapas. Ficam inelegíveis os atletas com teste positivo e todos os que tiveram contato com alguém que testou positivo. O único (no momento que preparamos a matéria) que declarou o motivo de não estar mais no sorteio dos touros foi o João Ricardo Vieira, com um post em seu Instagram. Ele disse, inclusive, que fez prova, contraprova é mais um teste e todos deram negativos. Está assintomático e bem.
Nenhum dos outros citados confirmou o motivo oficialmente. Só foram tirados do sorteio e o Paulo Lima que deveria assumir uma das vagas também não entrou. Então só imagina-se que o motivo foi o teste para o novo coronavírus. Para a final, a PBR realizou dois testes antes do início das competições e ainda fará outro no sábado.
Round 1
A parte boa da noite foi que José Vitor Leme, líder do campeonato, e Kaique Pacheco, terceiro lugar, pararam em seus touros. Vitor depende só dele para ficar com o título e Kaique agora é o adversário direto para essa conquista. A nota de Vitor foi 87,50 em Total Feeds Bushwacked (empatado em 8°/9° lugar), enquanto Kaique marcou 87 pontos em Goodnight Robicheaux (10° lugar). Então, 17,50 pontos para Vitor a mais no ranking e 10 pontos para Kaique. O líder agora tem 1.359 pontos, ampliando um pouco mais a vantagem. Kaique segue em terceiro com 663,50 pontos.
É importante lembrar que o resultado final da etapa conta muito para o resultado final do campeonato, já que o campeão da etapa ganha 560 pontos. Para ficar com o título mundial, além de ir bem durante toda temporada, tem que fazer uma boa final, não tem jeito. Não só parar nos touros e pontuar, bem como se posicionar bem no resultado da etapa. Ao final da sua montaria, Vitor jogou o capacete no chão e todos viram a expressão de quem está focado.
“Tudo ficou ainda mais favorável a José Vitor Leme. Em especial porque ele parou em seu touro e também ficou a frente do seu principal concorrente que é o Kaique Pacheco. Mas é cedo para fazer projeções. Há dezenas de combinações de resultados diferentes até domingo”, comenta Abner Henrique, nosso colaborador e especialista em rodeio.
O melhor brasileiro da rodada foi Eduardo Aparecido, em segundo lugar, 91,50 pontos em Hocus Pocus. Silvano Alves ficou em 11° com 85,25 pontos, enquanto Luciano de Castro (reserva que ocupou uma das vagas no abertas por conta dos que foram cortados) foi o 12° melhor da noite com 83,75 pontos. Só 13 dos 39 atletas obtiveram nota.
Avaliação
De acordo com Abner, o round de hoje (sexta) é fundamental. “A partir dele já se pode fazer algumas apostas melhores. Porque, eventualmente, quem cair de dois touros está praticamente fora da disputa do título da etapa e quem parar em dois já entra como favorito”. O primeiro round foi sorteio, mas para o segundo os competidores escolheram os touros que irão montar. E quem marcou melhor na primeira rodada escolheu primeiro.
“Em outras palavras, a primeira noite foi fundamental também. Quem parou fez as primeiras escolhas e quem caiu teve que ‘ficar com a sobra’. Só para ilustrar, hoje pulam alguns touros jovens da ABBI muito rápidos e difíceis. Quem caiu ontem praticamente teve que escolher entre alguns dos mais difíceis da noite de hoje”, reforça Abner.
Derek Kolbaba venceu a primeira rodada com 92,75 pontos em Boogie Bomb. Foram 100 pontos e ele subiu uma posição no ranking, agora é o nono colocado. A boa apresentação de Eduardo Aparecido, ao mesmo tempo, o tirou de 14° para 11° no ranking mundial. Por outro lado, Daylon Swearingen (quarto colocado do mundial) e Jess Lockwood (quinto) não obtiveram nota e isso é bom para os brasileiros no topo da tabela.
PBR World Finals
A disputa da final mundial da PBR não só mudou de local como também terá um dia a menos. Acontece, portando, de 12 a 15 de novembro, no AT&T Stadium, em Arlington, Texas. 39 competidores montam nas três primeiras rodadas. A quarta rodada terá apenas os 30 melhores (com alguma parada). Por fim, somente os 15 melhores na soma das notas obtidas fazem o round final. Quatro dias e cinco rodadas, já que as duas últimas acontecem no domingo, dia da decisão do título. Dessas cinco rodadas, em três os touros são escolhidos por sorteio e nas outras duas a escolha é do competidor.
O campeão mundial da PBR 2020 ganha a cobiçada fivela de ouro e um bônus de premiação de US$ 1 milhão. O campeão da etapa, ou seja, aquele que somar mais pontos nos quatro dias, também ganha o bom prêmio de US$ 300 mil. Aliás, cada round vale pontos e dinheiro para conta dos atletas. De acordo com a ordem de notas, da maior para a menor, até o 15°, são agraciados. Por isso é tão importante parar nos touros durante a PBR World Finals.
Além dos competidores, o salva-vidas brasileiro Lucas Teodoro faz sua primeira final mundial na equipe principal de bullfighters. A capacidade nas arquibancadas está reduzida para o público externo, porém a torcida brasileira está desfalcada, pois os turistas ainda estão com a entrada nos Estados Unidos proibida. As competições são transmitidas ao vivo para o mundo todo através do App pago RidePass.
Por Luciana Omena
Fonte: PBR
Crédito das fotos: BullStockMedia/PBR
Veja mais notícias da editoria Internacional no portal Cavalus