A raça Mangalarga Marchador se despediu recentemente da maior lenda da marcha picada de todo os tempos. Trata-se de Haity Caxambuense, garanhão apontado pelos amantes da raça como o divisor de águas para a evolução da marcha picada no país.
De propriedade do Haras Zel, do Comendador Laurinho Megale, a morte de Haity Caxambuense foi anunciada na página oficial do criatório nas redes sociais. Antes de mais nada vale esclarecer que ele tinha 31 anos, era saudável e livre. “Mas chegou a hora dele”, foi a explicação dada aos seguidores pelo perfil do criatório no Instagram.
Em questão de pouco tempo do anúncio do falecimento do garanhão, muitos fizeram questão de prestar sua homenagem. “Simplesmente uma lenda”, disse um seguidor. “Cavalaço de temperamento, índole e beleza”, acrescentou outro. “A base de muitos haras do país. Ele deixou uma linda e brilhante história para ser passada de gerações a gerações”, enfatizou um terceiro.
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A perda de uma lenda
Pai do principal garanhão de Marcha Picada da Atualidade, Elfo do Porto Azul, Haity Caxambuense produziu os principais descendentes de marcha picada da raça. Além disso, também contribuiu expressivamente na criação do Haras Caxambuense, que é o criatório responsável pela sua criação.
Afinal, ele deixou por lá Princesa do J. Granado. Portanto além de ter sido um pilar na marcha picada, o garanhão também deixou na marcha batida grandes marchadores. Diante de tantos feitos, o Haras Zel fez questão de prestar uma linda homenagem a Haity.
“Em todas as lindas histórias que poderíamos viver aqui, ele estava. Ele foi o começo acertado, a aposta crua, o conhecimento adquirido ao longo dos anos. Quando seu José Lauro Megale o trouxe lá de Caxambu, talvez não tinha ainda a noção do tamanho de sua importância e da história que escreveria”, cita o comunicado.
E finaliza dizendo. “O Haras Zel cresceu ouvindo: temos o melhor cavalo do Brasil. E na verdade ele se tornaria ainda melhor. Foi ele que trouxe o primeiro título Nacional já no comando do Comendador. Foi ele que espalhou por todo o país a genética campeã e revolucionou a marcha picada. Ideal para o que sonhamos. Perfeito para nós. Ele é nosso passado, nosso presente e nosso futuro. Tivemos a honra de dar a ele a melhor condição até o último minuto. Tivemos a honra de sua companhia majestosa até o fim. Nossas lágrimas são de saudade, orgulho e gratidão. Obrigado, amigo Haity Caxambuense”.
Por fim, vale acrescentar que a perda foi grande, mas o legado de Haity Caxambuense é eterno. Agora, portanto, a lenda descansa.
Por Natália de Oliveira
Crédito das foto em destaque: Divulgação/ J.Oliveira
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