Saúde e a produtividade dos equinos através do controle dos parasitas

Ao realizar o manejo da tropa devemos ter muita atenção e cuidados especiais ao lidar com esses animais

O Brasil é o quarto em número total de equídeos no mundo. Dados da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/Universidade de São Paulo mostram que temos quase oito milhões de equinos, muares (mulas) e asininos (asnos).

Os equinos, em contrapartida aos bovinos, possuem maior susceptibilidade e acabam contraindo vermes com maior frequência. Nos casos específicos e extremos, as parasitoses resultam em quadros de anemias, cólicas, tumores. Por outro lado, pode até levar animais a óbitos.

Além disso, algumas espécies de parasitas possuem longos ciclos evolutivos que tornam o tratamento mais difícil. Assim, médicos-veterinários capacitados produzem diagnóstico com auxílio de exames laboratoriais específicos, como é o caso do OPG.

Ao vermifugarmos corretamente a tropa, melhoramos o desenvolvimento do animal e eliminamos os parasitas. Sem o controle os parasitas, os animais apresenta cansaço, pelagem seca e opaca, perda de apetite (comprometendo a absorção de nutrientes pelo trato digestivo).

Bem como perda de peso, levando a um cansaço e queda no desempenho. Ao seguirmos o calendário de vermifugação adequado, facilitamos o controle desses parasitas. E os animais melhoram seu desenvolvimento e saúde.

Ao realizar o manejo da tropa de equinos devemos ter muita atenção e cuidados especiais ao lidar com esses animais que tanto amamos

Dicas para o bom manejo dos equinos e controle dos parasitas

  • Água: sempre limpa e fresca.
  • Nutrição a pasto: boas condições de pastagens, pois os animais costumam pastar entre 18 a 20 horas por dia.
  • Nutrição para equinos criados em baias ou cocheiras: ração de 2 a 3 porções diárias, feno ou capim cortados de boa procedência.
  • Suplementação mineral: diária e específica para equinos.
  • Exercícios: os equinos são muito ativos e adoram exercícios. Os animais criados em baia ou cocheira necessitam de rotina e exercícios frequentes.
  • Evitar ociosidade: os equinos que não recebem atenção e são criados em sistemas fechados (baias e cocheiras) tem a probabilidade de desenvolver comportamentos repetitivos (estereotipias) que prejudicam a saúde e o bem-estar.
  • Manejo sanitário: seguir rigorosamente um calendário de vacinação e vermifugação conforme orientação de um veterinário experiente
  • Trânsito de equinos: exames de Anemia Infecciosa Equina e exame para Mormo devem estar em dia, especialmente antes de serem movimentados para diferentes propriedades.

Colaboração: Fernando Polizel e Ingo Mello, Departamento Técnico da Ourofino Saúde Animal
Crédito das fotos: Divulgação/Pexels

Veja mais artigos de Saúde Animal no portal Cavalus