Se você é responsável por cuidar de outro ser vivo, uma premissa indispensável é conhecer a fundo tudo que o envolve. Dessa forma, conseguirá evitar problemas e tratá-lo com todos os cuidados necessários. Equinos estão nesse grupo de seres vivos sob a atenção dos seres humanos.
Entre outros pontos, os equinos apresentam singularidades importantes em relação ao seu sistema digestivo. Assim, o conhecimento básico é fundamental para o manejo alimentar da espécie.
O estômago dos equinos é pequeno em comparação a outras partes do aparelho digestivo. Sua capacidade de ingestão é bastante regulada, forçando o animal a se alimentar em pequenas porções, por muito tempo, ao longo do dia.
Por exemplo, um equino de 500 kg tem a capacidade de armazenar cerca de 130 litros de alimento ao longo de todo o seu aparelho digestivo. O estômago se limita a apenas 12 litros dessa capacidade. Em outras palavras, um cavalo solto a pasto se alimenta por um período de 13 a 18 horas por dia.
Alguns cuidados:
- Os equinos são animais monogástricos, ou seja, possuem um compartimento no estômago. Diferente dos bovinos, que são ruminantes, com vários compartimentos no estômago.
- Não possuem a capacidade de vomitar. Desse modo, não se deve oferecer alimento em quantidade exagerada, deteriorado ou fermentado. Isso mitiga o aparecimento de cólicas ou outros distúrbios intestinais.
- Cavalos não arrotam. Então, todo o cuidado deve ser tomado no intuito de não oferecer alimentos que favoreçam a formação de gases.
- Seu estômago ainda pode sofrer ruptura se estiver muito cheio de sólidos (alimento), líquidos ou gases.
Anatomia do aparelho digestivo dos equinos
Os cavalos são herbívoros e apresentam no tubo digestivo segmentos ampliados que são importantes para a decomposição da celulose pelas bactérias ali alojadas. O canal alimentar começa na boca, que no cavalo é uma longa cavidade cilíndrica. Quando fechada fica quase toda preenchida pelas estruturas nela contidas.
Na boca há os lábios, bochechas, gengivas, palato duro, assoalho da boca, língua, dentes e glândulas salivares. Em seguida, há o palato mole e a faringe, que também faz parte do aparelho respiratório, além de ser onde se encontra a glote, que coordena a passagem dos alimentos para o esôfago, evitando que eles cheguem à traqueia e aos pulmões.
O esôfago possui entre 125 e 150 cm de comprimento e se estende da faringe ao estômago, este último sendo uma grande dilatação do canal alimentar. É possível definir o estômago como um saco em formato de um 1 muito encurvado e não muito grande.
Há, ainda, os intestinos delgado e grosso. O intestino delgado liga o estômago ao intestino grosso e possui comprimento médio de 22 metros, com capacidade de 40 a 50 litros. O intestino grosso estende-se até o ânus, com comprimento aproximado entre 7,5 e 8 metros e é dividido em ceco, cólon maior, cólon menor e reto.
O reto é a parte terminal do intestino e seu comprimento é de aproximadamente 30 centímetros. Além disso, ele se liga ao ânus, que é a parte terminal do canal alimentar e é fechado pela contração de músculos.
Também fazem parte do aparelho digestivo o pâncreas e o fígado, glândulas digestivas. O pâncreas é importante por secretar quase todas as enzimas necessárias para a degradação das substâncias alimentares.
Fonte: Equideocultura: manejo e alimentação/SENAR e Criação de Cavalos
Crédito das fotos: Divulgação/Pexels
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